Eles não param e estão em todas. Depois de mostrado em Genève, o modelo a hidrogénio da Hyundai, um SUV designado Nexo, já está à venda na Coreia do Sul para continuar a saga iniciada com o adaptado ix35 Fuel Cell, o modelo do género mais vendido na Europa.

Híbridos, elétricos, hidrogénio – o que se quiser. O grupo Hyundai não descarta soluções –prepara o lançamento de 15 modelos ecológicos até 2020 – e tem respostas para todas alternativas à mobilidade do futuro. Agora, chega a vez de comercializar nova proposta a hidrogénio, sucesso no mercado interno, com mais de um milhar de unidades encomendadas. E uma promessa para meados deste ano mercado europeu.

O Nexo junta à pilha de combustível (95 kW) que alimenta um conjunto de baterias de 135 kW um motor elétrico de magnete permanente que debita 163 cv e o binário de 395 Nm. Os depósitos para o hidrogénio são três e totalizam 156,6 litros de capacidade. Atestar o depósito demora cinco minutos.

O novo Hyundai já cumpriu um troço de 190 quilómetros em autoestrada, a uma velocidade entre os 100 e os 110 km/h, seguindo o fluxo do tráfego e sem intervenção do condutor. Mudou de faixa e ultrapassou de acordo com as ordens da navegação, entre portagens

Em termos de eficiência os resultados nos testes NEDC apontam para um consumo médio de 3,9 litros aos 100 e uma autonomia de 800 quilómetros. Quanto a emissões, já se sabe – zero e água… As prestações não surpreendem: 9,2 segundo de 0 a 100 e 179 km/h em velocidade de ponta.

Outro dos aspetos que colocam o Nexo na primeira linha da evolução tecnológica é o nível 4 em matéria de condução autónoma. O novo Hyundai já cumpriu um troço de 190 quilómetros em autoestrada, a uma velocidade entre os 100 e os 110 km/h, seguindo o fluxo do tráfego e sem intervenção do condutor. Mudou de faixa e ultrapassou de acordo com as ordens da navegação, entre portagens.

A Hyundai anuncia durabilidade considerável para o Nexo, comparativamente com um veículo de combustão: dez anos ou 160 mil quilómetros.

Com 4,67 metros de comprimento e uma distância entre eixos superior em 15 cm à do ix 35 Fuel Cell, o Nexo oferece habitabilidade razoável e uma bagageira com 461 litros. O equipamento, como seria de esperar, é completo no que respeita aos auxiliares de condução e sistemas de segurança. Tem praticamente tudo o que consta do “catálogo” de maravilhas dos topos de gama. Cereja no topo do bolo, um sistema automático de estacionamento com controlo remoto (ver vídeo).

Proposta nova

No que respeita ao design, estamos perante proposta totalmente nova, um SUV bem proporcionado e desenvolvido com grandes preocupações em matéria de aerodinâmica. Há uma série de pormenores interessantes, como os fechos das portas retrátreis, e não faltam as entradas para as cortinas de ar na dianteira. Aqui pontifica a proeminente grelha em cascata, a marcar o rosto (e a potenciar a refrigeração) e a emprestar-lhe o “ar de família” do emblema sul-coreano. Novidade, a assunção de um tejadilho flutuante, solução cada vez mais utilizada.

No interior, realce para a consola suspensa, a qual permite um melhor aproveitamento do espaço no habitáculo.

A Hyundai não revelou os números de produção estimados para o Nexo, mas a “guerra” do hidrogénio parece instalar-se a Oriente. A Toyota aposta forte no Mirai,  o qual tem uma cadência de produção de três mil unidades ano, com expetativas que apontam para 30 mil veículos a sair da linha já em 2020.

O automóvel a hidrogénio é uma revolução em marcha, cujo êxito depende, fundamentalmente, da expansão de uma infraestrutura de distribuição do hidrogénio.

Vai levar uns anos, ninguém duvida, mas existe um compromisso que envolve muitos países e não custa admitir que o projeto tem rodas para andar, até porque ganha força o lóbi que está a crescer e junta a estas marcas como BMW, Daimler e Honda, além de uma série de grandes empresas ligadas ao hidrogénio e à sua distribuição.

Muita tecnologia ao serviço da segurança e do conforto

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