Surpresa para ninguém defender que a Toyota sabe fazer bem automóveis. Última prova disso a nova geração Corolla agora disponível em Portugal. Sem diesel, claro, um motor a gasolina (1.2 Turbo) e, pela primeira vez, duas opções híbridas (1.8/2.0). Tudo isto para três carroçarias, nas quais de destaca uma carrinha desenhada exclusivamente para a Europa. Equipamento considerável e preços razoáveis a partir dos 21 299 euros.

Nem sempre o gigante japonês tem sido feliz com o estilo dos seus modelos à luz do gosto europeu. Ora, o novo Corolla, pese a marca de família sempre especial, parece capaz de passar ao lado de grandes reparos no que respeita às formas. É um trio equilibrado, com pormenores interessantes, modernismo assumido até no conservador sedan (com dianteira específica de “inspiração” Lexus…) que deverá continuar a contar pouco no mercado nacional. A este nível da oferta é opção de que os portugueses gostam pouco.

Hatchback e Touring Sports, que partilham uma dianteira de estilo agressivo, e que só podia ser Toyota, são as opções preferidas e destas, para mim, destaca-se a carrinha, bem proporcionada, elegante e mesmo desportiva. Como toda a gama construída sobre nova plataforma, cresceu em comprimento (+5,8 cm para 4,63 m) e perdeu altura (-2,5 cm) ganhando silhueta chamativa. É daqueles automóveis modernaços que não passam despercebidos.

BREVE EXPERIÊNCIA AO VOLANTE DEU PARA PERCEBER NO NOVO TOYOTA COROLLA UM PRODUTO À ALTURA DA TRADIÇÃO: EQUILÍBRIO, RIGOR DE CONSTRUÇÃO E QUALIDADE, DINÂMICA AGRADÁVEL, CONFORTO E AINDA A MODERNIDADE DAS RECENTES OFERTAS DO GIGANTE JAPONÊS. NO CASO, EM TRÊS SOLUÇÕES PARA O MESMO PRODUTO.

Mais importante o facto de a distância entre eixos ter crescido significativamente, 10 cm que se refletem na habitabilidade traseira a valorizar a vivência de um ambiente simpático e confortável. Modularidade normal, um prático revestimento reversível no fundo da mala, para arrumar sem problemas objetos molhados, a importância de o rebatimento dos bancos, acionável através de alavanca na bagageira, permitir uma plataforma plana, tantas vezes útil quando é preciso explorar a capacidade de carga. E esta, na carrinha, é de 598 litros.

À frente, espaço suficiente e um tablier de conceção interessante, design moderno e simples, qualidade e rigor de construção habitual no emblema nipónico, com escolha de materiais a dispensar críticas. A dominar o ambiente, que pode ser marcado pelo digital logo no painel de instrumentos, o ecrã central tátil de 8 polegadas, tablet flutuante. Modernidade sem a tentação comum dos futurismos.

No Hatchback só muda a filosofia do espaço, no Sedan também o mesmo ambiente para viver num produto de outra filosofia. Uma questão de gosto, bem coberta pela diversidade da oferta.

Outra base e várias novidades

A nova plataforma é acompanhada de alguma novidades habituais: carroçaria mais rígida e mais leve, centro de gravidade mais baixo, também nova suspensão multibraços na traseira em toda a gama. Entre as opções, e pela primeira vez, um suspensão adaptativa no hatchback e na Touring Sports.

Neste particular, o Corola vai longe na panóplia de facilidades ao dispor de quem opte pela versões mais equipadas e nos diversos pacotes de equipamento disponível: head-up display, três soluções de faróis LED, máximos adaptativos, portão elétrico na carrinha, ecrã TFT a cores, assistência ao estacionamento com travagem automática, cruise-control adaptativo e assistência de condução inteligente, sistema de aviso de pré-colisão, reconhecimento de sinais. E tanto mais que pode dizer-se haver praticamente tudo quanto a tecnologia faculta hoje ao automobilista, num politica que começa a democratizar-se na tradicional hierarquia dos segmentos.

Dois híbridos em destaque

Quando se fala hoje na oferta da Toyota as atenções viram-se naturalmente para a oferta híbrida. Pois bem, o Corolla da 12ª geração (já lá vão mais de 50 anos de história…) junta à conhecida opção 1.8 de 122 cv um 2.0 de 180 cv. Para um e outro a conhecida caixa CVT e a sua “música” habitual… A diferença são 2870 euros. É claro que há diferenças, bem expressas, aliás, desde logo no binário (143 Nm contra 190 Nm) e nas acelerações de 0 a 100: 11,s no menos potente e 8,1 s no 2.0 litros. Um e outro têm os 180 km/h como velocidade máxima. Em termos de potência dos motores elétricos são 37 e 46 cv, respetivamente  e, no que concerne à bateria, temos voltagens nominais de 207 e 216 V e capacidades de 3,6 3 6,5 Ah; uma tem 56 elementos e a outra 118. Quanto a consumos e emissões: 3,3 litros/100 e 101 g/km (WLTP) para o 1.8 e 3,7 litros/100 e 106 g/km (WLTP) para o 2.0 litros.

O 1.2 T de 122 cv e caixa manual inteligente (iMT) de seis velocidades, disponibiliza 185 Nm de binário máximo logo às 1500 rpm, acelera de 0 a 100 em 9,8 segundos e é o mais veloz atingindo os 200 km/h. O consumo anunciado é de 5,2 litros/100 e as emissões de CO2 (WLTP) são de 132 g/km.

Breve experiência ao volante deu para perceber no novo Toyota Corolla um produto à altura da tradição: equilíbrio, rigor de construção e qualidade, dinâmica agradável, conforto e ainda a modernidade que marca as recentes ofertas do gigante japonês. No caso, em três soluções para o mesmo produto.

A gama portuguesa assenta numa oferta alargada a seis escolhas de equipamento a permitir quase um automóvel por medida, incluindo a opção bitom.

Os preços das versões de entrada com o motor 1.2 Turbo são de 21 299 euros para o hatchback e de 22 490 euros para a Touring Sports. No caso do 1.8 Hybrid, temos 25 499 e 27 190 euros, respetivamente; a motorização 2.0 Hybrid Dinamic Force custa mais 2870 euros. No caso do Sedan, motorizado pelo 1.8 Hybrid, a oferta inicia-se nos 28 250 euros.

Hatchback e Touring Sports promovidos pela Toyota numa onda especial

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