Rosto inconfundível sempre em evolução (Foto Stellantis)

Compromisso elegante para as formas de um SUV (Foto Stellantis)

Desenvolvimento original das luzes dianteiras para a traseira (Foto Stellantis)

Imagem sempre desportiva e outra qualidade (Foto Stellantis)

Grandes patilhas e ignição associadas ao volante multifunções (Foto Stellantis)

Digitalização aplicada aos tradicionais mostradores (Foto Stellantis)

Ecrã tátil discreto e com grafismo cuidado (Foto Stellantis)

Acabamento cuidado, aqui com as colunas Harman/Kardon (Foto Stellantis)

Efeito da iluminação interior em LED (Foto Stellantis)

Luzes LED Matrix com máximos automáticos (Foto Stellantis)

Rasto luminoso empresta diferença a solução cada vez mais vulgar (Foto Stellantis)

As jantes dos cinco círculos com 20 polegadas no Veloce (Foto Stellantis)

O Alfa Tonale não trai a expetativa que rodeou o seu lançamento. Tem aquela imagem inconfundível, o ambiente a condizer e os 160 cv da versão Veloce encontram a resposta capaz na dinâmica e no envolvimento da condução. Um Mild Hybrid que traz outras vantagens e, neste caso, tem preço elevado, 55 200€.

É um SUV que, sem surpresa, conquista pelo estilo. Reunindo todos aqueles pormenores  – grelha e jantes, por exemplo, matrícula dianteira à esquerda – que constroem o imaginário do design tão especial da marca, o Tonale dispensa grandes comentários. Equilibrado e bem proporcionado, conseguido está no lote daqueles automóveis nos quais se reconhece caráter, num combinado de elegância com modernidade. O peso oferece-lhe muito do que faz dele um produto prometedor. A ver vamos.

No interior, a clara aposta numa imagem premium. Os dois grandes círculos do velocímetro e do conta rotações, digitais é claro, com a tradicional pala, remetem-nos para uma história de desportividade, o resto, até na simplicidade do ecrã central assente no tablier, é o bom gosto hoje desenvolvido sobre uma qualidade percebida que faz esquecer outros tempos e dá corpo a uma imagem que justifica uma afirmação na marca também por tudo o mais que não sejam os grandes motores, as prestações, o sucesso desportivo. São os materiais, o acabamento e os pormenores, uma escalada no testemunho que procura não deixar dúvidas quanto ao futuro.

 SUV com génes especiais o Alfa Tonale É um mild hybrid diferente, com consumos interessantes mesmo na versão de 160cv, potência que não excitará os indefetíveis da marca mas sempre puxa para o envolvimento especial na condução. A qualidade vê-se, o espaço é razoável e a firmeza da suspensão respeita o conforto. O preço desanimará alguns…

Em termos de espaço, uma oferta razoável, sem cotas que surpreendam. A bagageira alinha pelo mesmo diapasão: 500 litros, o suficiente para uma família viajar, e um plano de carga alto, como é hábito nos SUV. Os bancos são de filosofia alemã, durinhos, mas nada que leve quem viaja atrás a fazer reparos. À frente, em posição naturalmente alta, o prazer de um banco envolvente e, para quem conduz, o volante multifunções bem dimensionado, pega agradável e aquelas grandes patilhas em alumínio ao estilo das grandes máquinas.

A (pouca) diferença de andar elétrico

Bom, é isso, no entanto, que o Tonale não é, seguramente, aos olhos dos alfistas, mas haverá no desenvolvimento da gama, outras propostas mais performantes do que este 1.5 MHEV, com 160 cv. Ainda assim, capaz de números interessantes, como acelerar de 0 a 100 em 8,8 segundos e de atingir os 212 km/h em velocidade de ponta. Mas lá iremos…

Construído sobre a plataforma do Jeep Compass, o Tonale é um Mild Hybrid especial que, ao contrário dos outros, até consegue arrancar e rodar em modo elétrico, mesmo que sem resultados que surpreendam, rolando devagar e por pouco tempo. A máquina assenta no bloco de quatro cilindros 1.5, com turbo de geometria variável, e conta ainda com um motor elétrico de 48 V, integrado na caixa de velocidades, a debitar mais 20 cv e o binário de 55 Nm. A completar o sistema, uma bateria de 0,8 KWh montada sob os bancos dianteiros.

Imagem desportiva, bom pisar, presença, um SUV conseguido (Foto Stellantis)

Com uma caixa automática de dupla embraiagem e sete velocidades, o habitual sistema de modos de condução DNA (Dinâmico, Normal, Avançada Eficiência), e a possibilidade de anular as ajudas, o Tonale encontra a expressão adequada ao seu emblema no D. A firmeza da suspensão (adaptativa), que nem penaliza o conforto, a direção muito direta, como é timbre, e a pronta resposta ao acelerador ainda sobram para a capacidade de um motor generoso que caixa e binário (240 Nm)  deixam fluir bem. É um SUV raçudo a curvar, agressivo na trajetória, frente bem mandada. Desafia e inspira confiança. Os travões Brembo (com pinças vermelhas) são argumento a ter em conta!

Consumos interessantes e bom equipamento

Mas como a vida, mesmo de um alfista, não são apenas corridas, e considerando que o “A” é demasiado penalizador, conduzindo em modo N – aliás a regulação assumida por defeito –, e aceitando que no meio está a virtude, conseguimos um interessante compromisso que até valoriza o lado económico, os consumos. Com quatro adultos e conduzindo em todo o tipo de condições, incluindo cidade, registei 7,4 litros aos 100, o mesmo valor da medição em autoestrada aos 120 km/h regulamentares. É um consumo razoável mesmo perante a promessa de 6,1 da Alfa Romeo. Falo, claro, em ritmo de passeio. Não há milagres nesta matéria de consumos.

Esta versão Veloce, está bem equipada. A saber: luzes full LED Matrix com máximos automáticos, cruise control inteligente, travagem de emergência ativa, assistente de manutenção na faixa de rodagem,  sistema multimédia com navegação, carregador wireless, áudio com seis altifalantes, leitura de sinais de trânsito, sensores de chuva e luz e estacionamento, câmara de marcha atrás, travão de estacionamento elétrico, pedaleira em alumínio, estofos em pele e alcantara, ar condicionado automático, luz ambiente em LED, vidros escurecidos. Aversão ensaiada acrescentava os estofos ventilados e com comandos elétricos à frente e o sistema áudio Harman/Kardon (2 500€), condução autónoma de nível 2 (560€), jantes de 20 polegadas em cinzento grafite (1 600€). Bancos e volante aquecidos (500€), além da pintura metalizada (1 000€) e do kit Fix&Go (50€). Mais 6 200 € que ajudam muito à diferença…

Um SUV com génes especiais o novo Alfa Tonale, um mild hybrid diferente, com consumos interessantes mesmo na versão de 160cv, potência que não excitará os indefetíveis da marca mas sempre puxa para o envolvimento especial na condução. A qualidade vê-se, o espaço é razoável e a firmeza da suspensão respeita o conforto. O preço desanimará alguns…

FICHA TÉCNICA

Alfa Tonale 1.5 Hybrid 160cv Veloce FWD

Motor: 1 469 cc, turbo de geometria variável, injeção direta, gasolina

Potência: 160cv

Binário máximo: 240 Nm

MHEV: sistema de 48V com motor elétrico de 20 cv e 55 Nm; bateria de 0,8 kWh

Transmissão: caixa automática de dupla embraiagem e sete velocidades

Aceleração 0-100 km/h: 8,8 segundos

Velocidade máxima: 212 km/

Consumo: 6,1 l/100 km

Dimensões: c/l/a – 4,528/1,841/1,601 m

Peso: 1600Kg

Bagageira: 500/1500 litros

Preço: 55 242€, versão ensaiada; Veloce, desde 47 700€;entrada de gama, motor de 130 cv, 38 800€