Elétrico, feito na Europa e a pensar nos europeus o Jeep Avenger tinha de ser diferente, mesmo mantendo o ADN. A junção de tudo isto foi conseguida e a verdade é que um primeiro contacto deixa imagem positiva e explica o sucesso do arranque do modelo. Por cá chega a meio de Junho, com preços a partir de 39 700€.
Já distinguido com o título de Carro do Ano Internacional, dando continuação à saga elétrica do concurso europeu, o Jeep Avenger tem um estilo refrescado na tradição da marca americana mas, sem dúvida, mais orientado para o gosto preponderante no Velho Continente. Tem formas mais elaboradas e sem perder, pelo contrário a imagem de robustez – significativa num carro com 4,08 metros – consegue associar-lhe um equilíbrio e até uma elegância invulgares no em blema norte-americano.
O interior é um interessante exercício de simplicidade, com um tablier linear, integrando uma prática prateleira, e sobre o qual assenta o ecrã do infoentretenimento, e que alarga para receber um pequeno painel de instrumentos digital. Um e outro com a informação suficiente e adequada a um automóvel elétrico. O suficiente com grafismo atraente.
A consola, com um grande compartimento fechado – o espaço para arrumos é muito bom -, liga ao tablier e tem no topo aquilo que, para mim, é mais controverso por ser menos prático: o comando, numa barra de teclas, do seletor de marcha. Não dá jeito nenhum! Nesse plano, saúdem-se as teclas físicas do ar condicionado e do bonito volante multifunções.
O ambiente é jovem, com o tablier na cor da carroçaria e uma decoração interior adequada.
Já premiado e muito bem recebido, o primeiro Jeep elétrico, feito à medidas dos europeus, promete carreira interessante. Tração dianteira com 156 cv e 260 Nm de binário o Avenger, apenas com 4,08 metros, anuncia uma autonomia que vai dos dos 400 aos 550 quilómetros e pode carregar a 100 KW
Em termos de espaço, um compromisso ajustável às dimensões, logo nada que possa surpreender, até por atrás não faltar o túnel que rouba sempre espaço. E espaço é o que também não é muito na bagageira, com 355 litros de capacidade, apesar das baterias estarem sob os bancos.
Construído sobre a plataforma já usada no Peugeot 2008, Opel Mokka e DS3, o Avenger é um tração dianteira alimentado por um motor elétrico de segunda geração, com 400V e a debitar 156 cv e 260 Nm de binário máximo. Tem uma bateria de 54 kWh (produzida pela Strellantis) localizada sob os bancos dianteiros e traseiros e no túnel central.
A autonomia anunciada, na norma WLTP, varia entre os 400 quilómetros, no ciclo combinado, e os 550, em cidade, e a média prometida é de 15,4 kWh, valor para o qual a Jeep releva o peso de 1 500 kg. Para este conjunto de valores contam a melhoria da autonomia em 5% graças ao motor, um benefício de 12% dado pela nova bateria e mais 5% obtidos trabalhando na aerodinâmica, relação de transmissão e pneus. Além disso, a bomba de calor, oferecida de série, também contribui, uma vez que aumenta a autonomia até 10% em condições extremas de calor ou frio. Grão a grão…
Suspensão bem afinada e cómoda
Um primeiro contacto com o Jeep Avenger revelou um cómodo rolador, com um bem afinado compromisso de suspensão, direção Marcha suave, reposta pronta ao acelerador, como é normal, tem prestações ajustadas à oferta: 9 segundos na aceleração 0-100 e 150 km/h em velocidade de ponta.
Ficou a ideia de que a anunciada média de 15,4 kWh/100 km está longe de ser uma miragem, até porque num primeiro percurso, misto de cidade e estrada, o computador de bordo marcou 14,4 kWh/100 km antes de chegar à autoestrada. Aí, velocidade nos 120, começou, naturalmente, a subir na proporção em que diminuia a autonomia. Trivial!
Fora de estrada, um Jeep é o que é e não surpreende a desenvoltura, tanto mais que a altura ao solo (20 cm) e os ângulos de ataque (20 graus de entrada e 32 de saída) propiciam capacidades a considerar e que permitem alguns atrevimentos. E pela primeira vez, um Jeep de tração dianteira conta para isso com o sistema Seletc Terrain (ajustável para circular em areia, lama e neve) a juntar aos três modos de condução habituais: Eco, Normal e Sport.
Carregamento rápido até 100 kW
Com um carregador de bordo apto para receber 100 kW de potência em corrente contínua, o Avenger, num posto rápido, sobe dos 20 a 80% de carga em 24 minutos. Usando 11 kW em corrente alternada, como numa estação pública, atinge o “pleno” em cinco horas e meia.
O Avenger é proposto em três níveis de equipamento: Longitude, Altitude e Summit. Todos contam com um ecrã de 10,25 polegadas para o infotainment, com navegação actualizável sem intervenção do condutor, e de série são ainda. na versão de entrada jantes de liga leve de 16 polegadas (vão até às 18 polegadas) e sensores de estacionamento traseiro, “Select Terrain” e “Hill Descent Control” e sistemas de segurança de nova geração, tais como a travagem de emergência autónoma, reconhecimento de sinais de trânsito e assistência à manutenção na faixa de rodagem. O nível Altitude acrescenta bancos Premium que combinam com o painel de instrumentos e detalhes interiores prateados, e porta da bagageira elétrica mãos-livres. Por fim, o Summit, topo de gama, inclui: luzes full LED, luz ambiente multicor, condução autónoma de nível 2, sensores de estacionamento de 360 graus e câmara traseira com visão do tipo drone. A paleta de cores – correspondentes aos elementos da natureza – é composta por Ruby (vermelho), Volcano (preto), Stone (cinza areia), Lake (azul-claro) Sun, Granite e Snow. Todas as cores – exceto a Volcano – podem ser combinadas com um tejadilho preto.
A versão Longitude terá o preço de 39 700€; para subir na escala, pagam-se 41 700€ pelo Altitude e 43 700 pelo Summit (dois mil euros por degrau).
Já premiado e muito bem recebido, o primeiro Jeep elétrico, feito à medidas dos europeus, promete carreira interessante. Tração dianteira com 156 cv e 260 Nm de binário o Avenger, apenas com 4,08 metros, anuncia uma autonomia que vai dos dos 400 aos 550 quilómetros e pode carregar a 100 KW.