Mais uma solução para a grelha tradicional e muita personalidade (Foto Stellantis)

Proteção integral da bem proporcionada carroçaria (Foto Stellantis)

Traseira remata bem uma imagem de robustez (Foto Stellantis)

Simples e original o tablier na cor dominante do carro (Foto Stellantis)

Pequeno painel de instrumentos digital (Foto Stellantis)

Ecrã do infoentretenimento conta com navegação atualizável automaticamente (Foto Stellantis)

Consola tem compartimento que contribui para o muito espaço dedicado aos arrumos (Foto Stellantis)

Seletor de marcha numa barra de teclas é pouco prático (Foto Stellantis)

Bagageira oferece capacidade vulgar: 355 litros (Foto Stellantis)

Integração das luzes e da grelha bem conseguida (Foto Stellantis)

Jantes em liga entre 16 e 18 polegadas bem europeias no estilo (Foto Stellantis)

Elétrico, feito na Europa e a pensar nos europeus o Jeep Avenger tinha de ser diferente, mesmo mantendo o ADN. A junção de tudo isto foi conseguida e a verdade é que um primeiro contacto deixa imagem positiva e explica o sucesso do arranque do modelo. Por cá chega a meio de Junho, com preços a partir de 39 700€.

Já distinguido com o título de Carro do Ano Internacional, dando continuação à saga elétrica do concurso europeu, o Jeep Avenger tem um estilo refrescado na tradição da marca americana mas, sem dúvida, mais orientado para o gosto preponderante no Velho Continente. Tem formas mais elaboradas e sem perder, pelo contrário a imagem de robustez – significativa num carro com 4,08 metros – consegue associar-lhe um equilíbrio e até uma elegância invulgares no em blema norte-americano.

O interior é um interessante exercício de simplicidade, com um tablier linear, integrando uma prática prateleira, e sobre o qual assenta o ecrã do infoentretenimento, e que alarga para receber um pequeno painel de instrumentos digital. Um e outro com  a informação suficiente e adequada a um automóvel elétrico. O suficiente com grafismo atraente.

A consola, com um grande compartimento fechado – o espaço para arrumos é muito bom -, liga ao tablier e tem no topo aquilo que, para mim, é mais controverso por ser menos prático: o comando, numa barra de teclas, do seletor de marcha. Não dá jeito nenhum! Nesse plano, saúdem-se as teclas físicas do ar condicionado e do bonito volante multifunções.

O ambiente é jovem, com o tablier na cor da carroçaria e uma decoração interior adequada.

Já premiado e muito bem recebido, o primeiro Jeep elétrico, feito à medidas dos europeus, promete carreira interessante. Tração dianteira com 156 cv e 260 Nm de binário o Avenger, apenas com 4,08 metros, anuncia uma autonomia que vai dos dos 400 aos 550 quilómetros e pode carregar a 100 KW

Em termos de espaço, um compromisso ajustável às dimensões, logo nada que possa surpreender, até por atrás não faltar o túnel que rouba sempre espaço. E espaço é o que também não é muito na bagageira, com 355 litros de capacidade, apesar das baterias estarem sob os bancos.

Construído sobre a plataforma já usada no Peugeot 2008, Opel Mokka e DS3, o Avenger é um tração dianteira alimentado por um motor elétrico de segunda geração, com 400V e a debitar 156 cv e 260 Nm de binário máximo. Tem uma bateria de 54 kWh (produzida pela Strellantis) localizada sob os bancos dianteiros e traseiros e no túnel central.

Fora de estrada, o Jeep elétrico, mesmo em versão 4×2, tem sempre comportamento especial (Foto Stellantis)

A autonomia anunciada, na norma WLTP, varia entre os 400 quilómetros, no ciclo combinado, e os 550, em cidade, e a média prometida é de 15,4 kWh, valor para o qual a Jeep releva o peso de 1 500 kg. Para este conjunto de valores contam a melhoria da autonomia em 5% graças ao motor, um benefício de 12% dado pela nova bateria e mais 5% obtidos trabalhando na  aerodinâmica,  relação  de transmissão e  pneus. Além  disso,  a  bomba  de  calor, oferecida de série, também contribui, uma vez que aumenta a autonomia até 10% em condições extremas de calor ou frio. Grão a grão…

Suspensão bem afinada e cómoda

Um primeiro contacto com o Jeep Avenger revelou um cómodo rolador, com um bem afinado compromisso de suspensão, direção Marcha suave, reposta pronta ao acelerador, como é normal, tem prestações ajustadas à oferta: 9 segundos na aceleração 0-100 e 150 km/h em velocidade de ponta.

Ficou a ideia de que a anunciada média de 15,4 kWh/100 km está longe de ser uma miragem, até porque num primeiro percurso, misto de cidade e estrada, o computador de bordo marcou 14,4 kWh/100 km antes de chegar à autoestrada. Aí, velocidade nos 120, começou, naturalmente, a subir na proporção em que diminuia a autonomia. Trivial!

Fora de estrada, um Jeep é o que é e não surpreende a desenvoltura, tanto mais que a altura ao solo (20 cm) e os ângulos de ataque (20 graus de entrada e 32 de saída) propiciam capacidades a considerar e que permitem alguns atrevimentos. E pela primeira vez, um Jeep de tração dianteira conta para isso com o sistema Seletc Terrain (ajustável para circular em areia, lama e neve) a juntar aos três modos de condução habituais: Eco, Normal e Sport.

Carregamento rápido até 100 kW

Com um carregador de bordo apto para receber 100 kW de potência em corrente contínua, o Avenger, num posto rápido, sobe dos 20 a 80% de carga em 24 minutos. Usando 11 kW em corrente alternada, como numa estação pública, atinge o “pleno” em cinco horas e meia.

O Avenger é proposto em três níveis de equipamento: Longitude, Altitude e Summit. Todos contam com  um  ecrã  de  10,25  polegadas  para  o infotainment, com navegação actualizável sem intervenção do condutor, e de série são ainda. na versão de entrada jantes de liga leve de 16 polegadas (vão até às 18 polegadas) e sensores de estacionamento traseiro, “Select Terrain” e  “Hill Descent Control” e sistemas de segurança de nova geração, tais como a travagem de emergência autónoma,  reconhecimento de sinais de trânsito e assistência à manutenção na faixa de rodagem. O nível  Altitude acrescenta bancos Premium que combinam com o painel de instrumentos e detalhes interiores prateados, e porta da bagageira elétrica mãos-livres. Por fim, o  Summit,  topo  de  gama,  inclui:  luzes  full LED,  luz ambiente  multicor,  condução  autónoma  de  nível  2,  sensores  de  estacionamento  de 360 graus e câmara traseira com visão do tipo drone. A  paleta  de  cores – correspondentes  aos  elementos  da  natureza – é composta por Ruby (vermelho), Volcano (preto), Stone (cinza areia), Lake (azul-claro) Sun, Granite e Snow. Todas as cores – exceto a Volcano – podem ser combinadas com um tejadilho preto.

A versão Longitude terá o preço de 39 700€; para subir na escala, pagam-se 41 700€ pelo Altitude e 43 700 pelo Summit (dois mil euros por degrau).

Já premiado e muito bem recebido, o primeiro Jeep elétrico, feito à medidas dos europeus, promete carreira interessante. Tração dianteira com 156 cv e 260 Nm de binário o Avenger, apenas com 4,08 metros, anuncia uma autonomia que vai dos dos 400 aos 550 quilómetros e pode carregar a 100 KW.