Ser referência em termos de conforto é um dos objetivos da Citroën para o C5 Aircross, SUV que é nova bandeira de uma gama renovada com o símbolo do Double Chevron. Lançado na China, chega à Europa no final do ano e, em Janeiro, estará em Portugal. Personalizado no estilo, sempre original por dentro será, em 2019, o primeiro híbrido plug-in do emblema francês.

O segundo SUV da renovada gama Citroën tem formas na linha de frescura iniciada com o C3, algumas referências associáveis ao mais pequeno Aircross, a suspensão hidráulica de duplo batente lançada no reinterpretado Cactus e os seus bancos Avanced Confort, combinação que potencia o conforto, valor tão caro à marca francesa. A tudo isto junta caraterísticas de modularidade invejáveis, designadamente através do banco traseiro tripartido com lugares iguais. Acresce uma mala sem paralelo entre a oferta deste nível: 590 litros.

Os três lugares do banco traseiro são deslizantes (15 cm), reclináveis, rebatíveis e escamoteáveis. Apenas pela sua inclinação e avanço, a bagageira pode aumentar de 590 para 720 litros; mas, prescindindo dos três lugares, a capacidade aumenta para 1630 litros numa superfície com fundo plano

Construído sobre a plataforma do Peugeot 3008 e sem pretender tornar-se seu concorrente, é um SUV do segmento C, aquele em que a “guerra” é mais acesa, tem 4,5 metros de comprimento  (1,84 de largura; 1,67 de altura) e uma distância entre eixos (2,73 m) que promete bons índices de habitabilidade. Concorrentes assumidos e posicionamento de preço, estão no segredo de quem manda…

Enfim, duas motorizações a gasolina da família Pure-Tech, o 1.2 de três cilindros com 130 cv e um novo 1.6 de quatro cilindros a debitar 180 cv. A oferta diesel, assenta nos 1.5 e 2.0 BlueHDI, com idênticas potências. As versões mais musculadas estão associadas à caixa automática de oito velocidades já conhecida (da japonesa Aisin); as outras utilizam a transmissão manual de seis velocidades.

Estilo bem trabalhado

Este é o retrato genérico do C5 Aircross. Importa agora pormenorizar e começando pelo estilo há que referir o interessante trabalhado efetuado na personalização de um rosto conhecido. Este SUV tem a origem estampada na frente mas exibe caráter próprio. O friso elevado que projeta o símbolo da marca e integra agora as luzes diurnas e os piscas, filiformes, enquadra e sublinha uma grelha de conceção original que cumpre o preceito de “aborver” os faróis e garantir a iluminação em dois patamares que se tornou cartão de visita Citroën. O conjunto está bem ligado e transmite a força que se deseja num SUV. Interessante.

O perfil dá continuidade à ideia de força e contempla a versão reduzida dos airbumps na proteção que envolve a base da carroçaria comum nos veículos de lazer. A traseira é suficiente simples para valorizar o trabalho e destaca-se por um pormenor: os grupos ópticos com quatro filamentos quadrangulares que produzem assinatura curiosa e, no fundo, replicam a lógica do design dos faróis dianteiros. Para rematar, um tejadilho flutuante que, pelo efeito do pilar traseiro (negro), reforça a dimensão da superfície vidrada, sobre a típica cintura elevada e bem vincada.

Uma série de soluções originais, resultado de outra curiosidade. Este Aircross foi desenhado a par com o show-car que o precedeu para ser mostrado nos grande salões, desenvolvido em simultâneo em Xangai e Paris com um objetivo: conseguir um automóvel global. E é capaz de ser…

No interior, seguiu-se lógica complementar, também na base de princípios da casa: tablier trabalhado a toda a largura, verticalizado, curvilíneo também. Vistoso e bem ligado à consola, grande e elevada, integrando um apoio de braço com abertura em borboleta para um espaço de arrumo considerável – é refrigerado e comporta uma garrafa de 1,5 litros.

Autonomia de nível 2 e muita tecnologia

Painel de instrumentos TFT com 12 polegadas e um ecrã central tátil capacitivo, como habitualmente tipo tablet traz a imagem high-tech para bordo de um automóvel que propõe 20 tecnologias de apoio à condução, incluindo a condução autónoma de nível 2, além de seis tecnologias de conectividade. Grip Control, é claro, e Hill descent Assist, como é desejável num SUV que, com 23 cm de distância ao solo, permite pensar nalgum desafogo no fora-de-estrada, estão na lista de equipamento. Esta inclui ainda a travagem ativa e pós-colisão, detetor de ângulo morto, cruise control adaptativo com função stop&go e, entre outros, reconhecimento de sinais. Mais mordomias; câmara de 360 graus, portão da bagageira motorizado, parqueamento automático, arranque mãos livres e travão de parque elétrico. Não falta o tejadilho panorâmico de abrir e com cortina.

A modularidade é o complemento que pode ser visto como cereja no topo do bolo para quem quer um SUV versátil. Os três lugares do banco traseiro são deslizantes (15 cm), reclináveis, rebatíveis e escamoteáveis. Apenas pela sua inclinação e avanço a bagageira pode aumentar de 590 para 720 litros; mas, prescindindo dos três lugares, a capacidade aumenta para 1630 litros numa superfície com fundo plano. A abertura é ampla e com os bancos rebatidos podem transportar-se objetos com 1,90 m de comprimento.

Tudo isto vai ser proposto em sete cores e a par com um conjunto de elementos de personalização que permitem 30 combinações diferentes incluindo quatro tipos de jantes entre as 17 e as 19 polegadas.

Durante a apresentação, fizemos um curtíssimo percurso em versões pré-série. Não chega para formular um juízo além da opinião de que o C5 Aircorss propõe um ambiente agradável e moderno e parece à altura em termos de da habitabilidade.

É assim que a Citroën vê a promoção do C5 Aircross

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