Box, o citadino que promete animar a concorrência (Foto Dongfeng)

Interior cuidado e ousado para entrada de gama (Foto Dongfeng)

Courage, SUV que promete preços alinhados com a concorrência (Foto Dongfeng)

Dream e Free, expoentes do luxo da Voyah (Foto Dongfeng)

MHero, um TT que obriga a carta de pesados (Foto Dongfeng)

Dongfeng é mais uma marca chinesa a que vamos ter de nos habituar. Tal como a BYD e a XPeng, chega através do Grupo Salvador Caetano e arrasta com ela mais duas submarcas: Voyah (premium) e MHero (todo-o-terreno). Para já, tudo 100% elétrico. Mas na calha oferta completa: HEV, PHEV e motores a combustão.

Com 55 anos de experiência e 2,42 milhões de unidades vendidas em 2023, a Dongfeng, um dos maiores construtores chineses, projeta-se para já como um forte concorrente no segmento dos citadinos, através do Box, um carro de quatro metros, com uma bateria de 42,3 kWh e autonomia prometida de 310 quilómetros. O motor debita 95 cv e a velocidade máxima está limitada a 140 Km/h.

Bem parecido, revela construção cuidada e uma série de equipamentos pouco comuns a este nível, sobretudo tendo em conta o preço: €26 750, ou €22 750 se considerarmos a compra ao abrigo do prometido próximo incentivo ao abate. Bancos em pele sintética, aquecido ventilado e com regulação e memória para o condutor, portas sem moldura, puxadores embutidos e jantes de 17” são alguns dos argumentos a reter de um citadino que também surpreende pelo espaço.

As marcas chinesas prosseguem o ataque ao mercado português, são cada vez mais, e só a Salvador Caetano reúne três das mais importantes num portefólio que parece escolhido a dedo e sob um chapéu que inspira confiança. E a aposta é forte!

A Dongfeng arranca com seis concessionários. Coimbra, Leiria, Lisboa, Porto, S. Miguel e Viseu. Em 2025 a rede será alargada a Aveiro, Almada, Bragança, Braga, Guimarães, Madeira, Viana do Castelo, Vila Nova de Gaia e Faro. Serão 15 concessionários que garantirão ampla cobertura do mercado nacional.

Três modelos na divisão de luxo

A Voyah, divisão de luxo do grupo, apresentará, por sua vez, dois SUV, o compacto Courage, com uma bateria de 80 kWh e 476 quilómetros de autonomia anunciada; o Free, proposta para o segmento E, com uma bateria de 106 kWh e 500 quilómetros de autonomia prometida; enfim, o Dream, luxuoso monovolume, três filas de lugares (2+2+3), bateria de 108,7 kWh e 482 quilómetros de autonomia no ciclo combinado WLTP. Em Portugal deve ser, acima de tudo, uma montra de tecnologia da Dongfeng e não um veículo de grandes ambições comerciais.

Porta estandarte do grupo, o MHero é um todo-o-terreno  com 1 088 cv e 3,5 toneladas de peso (Foto Dongfeng)

Destes, o compacto Courage parece ser aquele mais adequado ao nível da oferta habitual no nosso mercado. Prometido com preços alinhados com as ofertas do segmento D, será proposto em versões de duas e quatro rodas motrizes (um propulsor em cada eixo), este com 435 cv. Qualquer deles tem a velocidade máxima limitada a 200 km/h e no que respeita a aceleração 0-100 km/h: 6,9 e 4,9 segundos. Respetivamente.

É um SUV com 4,72 m de comprimento e 1,90 m de largura espaçoso quanto baste e com algumas curiosidades, como um ecrã central deslizante, que “viaja” de um lado ao outro do tablier. Portas também sem moldura, teto de abrir e grelha dianteira iluminada são outros aspetos a ter em conta. Em matéria de conforto, não faltam os estofos em pele sintética aquecidos ventilados e com função de massagem. Não se falou de preços durante a apresentação nacional em que a casa mãe se fez representar.

Um todo-o-terreno em grande

O MHero, um todo o terreno de aspeto bélico, cinco metros de poder que valem um motor em cada roda, 1 088 cv de potência total e 1400 Nm de binário. A bateria tem 142,7 kWh de capacidade e promete uma autonomia de 450 quilómetros.

Formas impressivas para uma imagem de força, o luxo que se adivinha, o MHero é capaz de acelerar dos 0 aos 100 km/h bem 4,2 segundos, apesar das 3,5 toneladas de peso que obrigam a ter carta de pesados para o conduzir…

Não foi indicada qualquer estimativa de preços em Portugal, nem se deve esperar muito das possibilidades comerciais deste porta estandarte da marca chinesa.

As marcas chinesas prosseguem o ataque ao mercado português, são cada vez mais, e só a Salvador Caetano reúne três das mais importantes num portefólio que parece escolhido a dedo e sob um chapéu que inspira confiança. E a aposta é forte!

A Dongfeng emprega 127 mil pessoas e na lista das 500 maiores empresas do mundo ocupa o lugar 188. Já ultrapassou a fasquia dos 1 200 milhões de automóveis vendidos em mais de uma centena de países. Além de automóveis comercializa peças e componentes, equipamentos industriais e outros produtos e serviços relacionados com o setor.