Não faltam as DS Wings e a grelha tem desenho paramétrico e efeito diamante tridimensional (Foto DS Automobiles)

Regresso às influências dos anos 30, com recurso aos frisos laterais (Foto DS Automobiles)

Flancos lisos para perfil sublinhado por um traço que parte da linha do capô e não tem interrupção (Foto DS Automobiles)

Tablier revestido a napa é apenas uma marca do requinte interior (Foto DS Automobiles)

Digitalização do painel aproveita grafismo original já conhecido (Foto DS Automobiles)

Não falta o emblemático relógio rotativo BRM analógico, sobre o botão de ignição (Foto DS Automobiles)

Filosofia conhecida para teclas dos vidros, trinco e comando dos modos de condução, em torno do seletor da caixa de oito velocidades (Foto DS Automobiles)

Bancos tipo bracelete garantem conforto e bom apoio com design original (Foto DS Automobiles)

Espaço e comodidade no banco traseiro, com apoio de braços preparado para o comando de algumas mordomias (Foto DS Automobiles)

Cuidado e bom gosto no pormenor, dos altifalantes aos fechos das portas (Foto DS Automobiles)

Tecnologia LED contempla as luzes ativas e os faróis rodam 180 graus à aproximação do utilizador (Foto DS Automobiles)

Óticas traseiras cinzeladas apresentam efeito tridimensional sob o formato de escamas (Foto DS Automobiles)

Cornetes, evocando os piscas elevados do DS 19/21, são luzes de presença traseiras (Foto DS Automobiles)

Jantes em liga leve podem ser de 19 polegadas (Foto DS Automobiles)

Tomada Plug-in encontra-se atrás da porta traseira do lado do condutor (Foto DS Automobiles)

Identificação do modelo está gravada na traseira (Foto DS Automobiles)

Chega em Setembro o DS 9 E-Tense, a berlina apenas oferecida na opção híbrida Plug-in. Debita 225 cv e promete uma autonomia elétrica de 55/56 quilómetros WLTP. Vem da China, com luxo e requinte, muito equipamento, uma distância entre eixos sem igual no segmento e suspensão ativa para assegurar elevado padrão de conforto. Parece-me o mais legítimo herdeiro do emblemático DS 19/21 e terá preços a partir dos 59 100€.

O estilo vai buscar a influência dos chamados coupés de quatro portas. A frente, que não dispensa as DS Wings é muito personalizada, com a grande grelha que recupera o efeito tridimensional do diamante e uns grupos óticos bem presentes em LED e prontos para aquele bailado de luzes já usado no DS 7 e que é um espetáculo quando se liga a iluminação,

Mas não faltam pormenores distintivos. Antes de mais, a cortar o capô, uma fina tira, como se fosse um sabre, naquele “martelado” do chamado guilhoché “Clous de Paris”, assinatura do interior que passa a marcar também a carroçaria. Atrás, é a curiosidade da evocação das famosas cornetes, os piscas elevados do “velho” DS, neste caso encastradas no pilar e usadas como luzes de presença. Originalidade numa traseira bem conseguida que não dispensa também as óticas com aquele efeito tridimensional de escama.

Requinte, conforto, muita tecnologia numa berlina elegante, estilo conseguido – é isso o DS 9 E-Tense que, em Portugal, contará, no arranque, em Setembro, apenas com uma versão híbrida Plug-in com 225 cv. Promete autonomia de 55/56 quilómetros e consumos de 1,5 litros aos 100. No conceito, é o DS mais… DS!

Muita originalidade e elegância numa berlina que, com os seus 4,93 de comprimento, assume posicionamento curioso. É um automóvel do segmento D, claro, mas “morde” as dimensões do segmento superior. E com os 2,90 metros de distância entre eixos propõe padrões de habitabilidade, sobretudo atrás que valorizam este DS enquanto familiar. Só a mala, porque a eletrificação tem outros custos, fica limitada a 380 litros, vulgar para este tipo de proposta.

Uma montra de qualidade no interior

O interior é uma montra do que a DS faz de melhor. Desde logo, marca o facto de o interessante tablier ser em pele. A digitalização é total, o painel central táctil está bem integrado, o volante multifunções é pequeno e vistoso como nos Peugeot. Não falta o relógio rotativo sobre o botão de ignição a meio do tablier. Enfim, o bom gosto conhecido, no caso replicando na consola soluções conhecidas para os comandos dos vidros, travão mão elétrico, trico das portas e para o interruptor dos modos de condução. E claro o emblemático seletor de velocidades da caixa automática dos modelos franceses do agora grupo Stellantis..

Não podemos deixar de reparar nos bancos a que a marca chama tipo bracelete, no tejadilho forrado a alcantara, como os banco combinados com pele, num ambiente de classe, próprio afinal de uma marca que reclama o estatuto Premium e faz tudo por merecê-lo. É difícil não nos sentirmos bem a bordo desde DS.

A solução motriz assenta, como não surpreende, em receita conhecida. Bloco1.6 Puretech de 180 cv associado a um motor elétrico de 110 cv integrado na caixa automática de oito velocidades, com patilhas fixas na coluna do volante. A potência combinada é de 225 cv e a eletrificação contempla uma bateria de iões de lítio 11,9 kWh. O carregador interno é de 7,4 kWh, o que significa a possibilidade de uma hora e 45 minutos chegar para garantir a carga numa wallbox ou num posto público, utilizando o cabo de série.

Três modos de condução, prestações  normais

Em plena capacidade, o DS 9 E-Tense acelera de 0 a 100 em 8,7 segundos, o que nem surpreende, e atinge os 240 km/h em velocidade de ponta. Em modo elétrico, que pode ser forçado e contempla a possibilidade de reserva de energia, chega aos 135 km/h.

O modo de condução elétrico está sempre selecionado no arranque. É acompanhado por um modo Híbrido, concebido para gerir automaticamente as diferentes fontes de energia, que podem ir de 100% elétrico, 100% a gasolina ou a combinação das duas se a situação assim proporcionar. A gestão da motorização assegura transições impercetíveis para os ocupantes. Um modo Sport E-Tense oferece a combinação máxima de energia térmica e elétrica disponíveis, com um mapeamento ajustado do pedal do acelerador, caixa de velocidades, direção e da suspensão controlada eletronicamente. O modo Sport permite explorar o máximo potencial.

No que respeita a consumos, a DS promete 1,5 litros aos 100 com emissões de 33/34 g.

Uma experiência ao volante, revelou uma berlina rápida quanto baste, sem surpreender e, claro, um nível de conforto invejável, seja pelo silêncio, para que também contam os vidros laminados (3,96 mm!),  como pela DS Active Scan Supension, sistema que integra uma câmara posicionada no topo do para-brisas, a qual faz a leitura da estrada, ao mesmo tempo que quatro sensores de inclinação e três acelerómetros registam todos os movimentos da carroçaria e transmitem a informação a um computador capaz de atuar individualmente sobre o amortecedor de cada roda para aumentar a segurança e o conforto.

Filosofia de grande estradista, o DS 9 E-Tense equilibra bem a eficácia em curva com o conforto e transmite aquela sensação de segurança que ajuda a tornar a condução muito agradável.

Dois níveis de equipamento para oferta completa

Este DS 9 E-Tense vai ser proposto em dois níveis e equipamento: Performance Line + e Rivoli +. Todos possuem, entre outros, a  DS Active Scan Suspension, alerta de desvio de trajetória com correção automática de direção, travagem automática de emergência, reconhecimento de sinais de trânsito, programador de velocidade com limitador, sensores de estacionamento e câmara traseira, sistema de faróis DS Active LED Vision, bancos dianteiros aquecidos com comando elétrico (memórias para o condutor), sistema de acesso e arranque sem chave, painel de instrumentos totalmente digital, sistema de informação e entretenimento com Mirror Link e navegação conectada, e jantes em liga leve de 19 polegadas. Entre as opções conta-se o sistema Night Vision e os bancos traseiros aquecidos, com ventilação e massagem. Estão ainda disponíveis a condução autónoma de nível 2 e Park Pilot

A gama incluirá, em 2022, uma versão de quatro rodas motrizes com 360 cv, seguramente uma versão com vendas limitadas, ainda sem preço, mas que proporciona uma condução bem agressiva com um grande nível de conforto.

O DS 9 E-Tense vai beneficiar de todos os incentivos fiscais em vigor em Portugal para veículos híbridos Plug-in, nomeadamente a taxa reduzida de 25% de Imposto Sobre Veículos (ISV), já que garante autonomia em modo elétrico superior a 50 quilómetros e emissões de CO2 inferiores a 50 g/km.

Requinte, conforto, muita tecnologia numa berlina elegante, estilo conseguido – é isso o DS 9 E-Tense que, em Portugal, contará, no arranque, em Setembro, apenas com uma versão híbrida Plug-in com 225 cv. Promete autonomia de 55/56 quilómetros e consumos de 1,5 litros aos 100. No conceito, é o DS mais… DS!