Rosto sugestivo num conjunto de presença afirmativa (Foto Ford Media)

Bem proporcionado e musculado (Foto Ford Media)

Traseira acentua boa postura em estrada (Foto Ford Media)

Interior desportivo e bem apresentado (Foto Ford Media)

Incrustrações no tablier imitam fibra de carbono (Foto Ford Media)

Ignição e paragem do motor por botão (Foto Ford Media)

Saudação de "boas vindas" quando se aciona o motor (Foto Ford Media)

Painel de bordo pode mostrar funcionamento do sistema semi-hínbrido (Foto Ford Media)

Ecrã tátil espelha o telemóvel via wireless (Foto Ford Media)

Ar condicionado com comandos físicos (Foto Ford Media)

Caixa manual de seis velocidades bem escalonada (Foto Ford Media)

Travão de mão convencional (Foto Ford Media)

Entre os comando na consola, modos de condução e corte do controlo de tração (Foto Ford Media)

Apoio de braços sobre a caixa para arrumos da consola (Foto Ford Media)

Sistema de som B&O tem dez altifalantes (Foto Ford Media)

Volante, a exemplo dos bancos, pespontado a vermelho (Foto Ford Media)

Bancos desportivos são mais-valia (Foto Ford Media)

Espaço razoável no banco traseiro (Foto Ford Media)

Bagageira tem 401 litros de capacidade (Foto Ford Media)

Bancos rebatem 60x40 e elevam capacidade de carga para 1 161 litros (Foto Ford Media)

Sob o fundo falso este tanque a que nem falta um bujão (Foto Ford Media)

Abertura automática do portão traseiro (Foto Ford Media)

Soleiras das portas têm toque de exclusividade (Foto Ford Media)

Estilo conhecido para grelha com função ativa (Foto Ford Media)

Faróis Full-Led entre as opções (Foto Ford Media)

Luzes de nevoeiro são direcionais (Foto Ford Media)

Spoiler prolonga o tejadilho (Foto Ford Media)

Jantes de 18 polegadas no equipamento de série (Foto Ford Media)

Ajuda elétrica para o 1.0 EcoBoost com 125 cv (Foto Ford Media)

Diferença registada no portão da mala (Foto Ford Media)

O pequeno Puma é mais uma prova de que a Ford nem sempre recebe os louros que merece. Um SUV a ver com atenção por aqueles que valorizam a dinâmica e uma condução mais viva. Basta o 1.0 Ecobost de 125 cv, agora um mild-hybrid de 48 volts para chegar à conclusão. O preço é competitivo: desde 23 844€.

Verdade que hoje me parece o premiadíssimo três cilindros 1.0 Ecoboost mais audível, sobretudo a baixa rotação, face às propostas da concorrência que fez crescer. Mas a alma e a capacidade dinâmica, com ajudinha elétrica, acabam por fazer esquecer o “pormenor” e tornam um caso sério no seu segmento o pequeno SUV que foi buscar a plataforma ao Fiesta.

A herança do Fiesta foi potenciada. O Puma tem maior distância entre eixos (+59 mm) e vias mais largas (+58 mm), o que tem de fazer diferença. É mesmo maior (+14,6 cm para 4,18 metros), mais alto e, claro, também mais pesado. Valha a verdade, tudo isso passa ao lado quando estamos ao volante – e muito bem sentados.

Descobrimos então um carro bem mandado, direção com conta peso e medida e uma suspensão eficaz ao ponto de nem ser sensível uma esperada tendência para o adornamento da carroçaria, naquelas situações de encadeados de curvas em que as transferências de massas são postas à prova. E tudo isto com um grau de conforto digno de registo.

O Ford Puma 1.0 Ecoboost Hybrid com 125 cv é um pequeno SUV para quem privilegia alguma dinâmica na condução. Despachado, ágil e bem comportado em curva revela-se divertido de guiar. Os consumos não surpreendem, mas o equipamento valoriza o preço da versão ST Line X

Está bem de ver que é um SUV divertido de guiar, seja pela agilidade como pela disponibilidade do motor que pode receber aquela ajuda suplementar do sistema semi-híbrido, assente num motor de 15,6 cv e 50 Nm de binário, alimentado pela bateria de 48 volts regenerável nas desacelerações e travagens e cuja participação no funcionamento do motor podemos acompanhar no computador de bordo.

Prestações são o bastante

As prestações não são de estouro, até mais o arranque (9,8 s de 0 a 100) do que a velocidade máxima (200 km/h), mas acabam por revelar-se o bastante para uma condução envolvente pelas caraterísticas deste Puma. O binário de 220 Nm e uma caixa de seis velocidades bem escalonada e, como é tradicional, muito agradável de manusear, dão uma ajuda, o sistema MHVE também, e os travões cumprem, apesar daquele tato próprio deste tipo de hibridização, igualemente sensível nos momentos de desaceleração.

Importa deixar claro que este Puma se revela um dos automóveis em que é mais efetiva a escolha do modo de condução. É notória a diferença entre o modo Eco e o Desportivo, que nos permite conduzir um carro mais solto e vivo – parece outro… Normal, Escorregadio e Trilhos são as outras opções, esta a não significar, necessariamente, capacidade para aquilo que a distância ao solo condiciona. Natural!

Consumos aceitáveis 

Em termos de consumos, mesmo com a ajuda semi-híbrida, os resultados que consegui não foram surpreendentes. Na autoestrada, a 120 km/h controlados pelo cruise control, a média registada foi de 6,2 litros aos 100; no suburbano andou pelos 5,7 e chegou aos 6,4 quando contabilizou alguns quilómetros em cidade. O acumulado para 377 quilómetros indicava 6,8. Esperava menos.

O Puma, que recupera o nome do pequeno coupé lançado em 1977, é um pequeno SUV de estética apelativa para um público jovem. Equilibrado nas formas, bem proporcionado, tem aquele toque de agressividade que lhe confere imagem desportiva, vincada pela grande grelha, com função ativa, “agarrada” ao capô baixo e curvo. Os faróis em losango são outro toque de diferença. Cintura alta, marcada por ligeira curvatura, perfil musculado com reduzida superfície vidrada, tejadilho descendente a sugerir o coupé, e uma traseira muito esculpida em que os grupos ópticos ganham peso completam a imagem de um SUV com a originalidade de, nas versões ST-Line X, dispensar a bordadura plástica negra em toda a volta. Consegue um toque de diferença naquelas formas que se tornam cada vez mais comuns.

Mundo digital enquadrado em solução simples

O interior tem a virtude da simplicidade numa interpretação também ela de cariz jovem. Painel de instrumentos digital com várias escolhas de apresentação e grafismo legível e moderno, ecrã central tipo tablet suspenso (amigável na utilização, com a informação mínima mas não dispensando a navegação), ar condicionado com comandos físicos. Tudo isto enquadrado por um tablier no qual não faltam as superfícies almofadadas e os elementos decorativos a imitar a fibra de carbono e até a pele sintética nas portas. Uma combinação de materiais conseguida a valorizar construção convincente, apesar de também haver plásticos mais frios.

Em termos de espaço, vulgar à frente – a consola contempla apoio de braços na tampa da caixa para arrumos –; normal para o segmento na traseira, que apresenta um banco em posição mais elevada, sem apoio de braços central, o que não impede que seja acanhado para três pessoas.

A mala, que perde capacidade com a bateria, 401 litros, tem uma curiosidade: o fundo falso passa por um pequeno tanque, com um ralo e um bujão, que permite a lavagem ou o transporte de objetos molhados. Pelo menos invulgar.

Bem equipado

A versão que guiei foi a ST Line X, topo da imagem desportiva. E o nível de equipamento é tentador: bancos desportivos, com banda em pele e pesponto vermelho, botão de arranque, pedaleira em alumínio, volante multifunções em pele, ar condicionado automático, painel de instrumentos digital, cinco modos de condução selecionáveis, cruise control e limitador, controlo de tração, aviso de manutenção em faixa, navegação, sistema áudio B&O com dez altifalantes, máximos automáticos, luzes diurnas em LED, projetores de nevoeiro direcionais, retrovisores exteriores elétricos, aquecidos e rebatíveis, vidros escurecidos, grelha ativa, spoiler e jantes de 18 polegadas.

Aversão ensaiada incluia o pack Tech (1312€), com deteção de ângulo morto, reconhecimento de sinais de trânsito, cruise-control adaptativo, sistema pré-colisão, estacionamento automático e câmara traseira; abertura e fecho automático do portão da mala (610€), faróis Full Led (915€) e barras pretas no tejadilho (178€). Faz diferença!

O Ford Puma 1.0 EcoBoost Hybrid com 125 cv é um pequeno SUV para quem privilegia alguma dinâmica na condução. Despachado, ágil e bem comportado em curva revela-se divertido de guiar. Os consumos não surpreendem mas o equipamento valoriza o preço da versão ST-Line X.

O Puma tal como a Ford gosta de o mostrar

FICHA TÉCNICA

Ford Puma ST-Line X 1.0 EcoBoost MHEV 125 cv

Motor: 998 cc, três cilindros, injeção directa, turbo intercooler, start/stop

Potência: 125 cv/6 000 rpm

Binário máximo: 220 Nm/1 750 rpm

Motor elétrico: 16 cv; 50 Nm; bateria 48 V

Transmissão: caixa manual de seis velocidades

Aceleração 0-100: 9,8 s

Velocidade máxima: 200 Km/h

Consumos: média – 5,5 L/100 (WLTP)

Emissões CO2: 125 g/km

Dimensões: /C/L/A) – 4 186/1 805/1 536 mm

Peso: 1 280 kg

Bagageira: 401/1 161 Litros

Preço: 29 491€, versão ensaiada; ST Line X desde 25 475€