Grelha maior, faróis renovados e a diferença dos N-Line (Foto Hyundai Media)

Perfil afilado, interessante conjugação da curva do tejadilho com a linha de cintura (Foto Hyundai Media)

Pára-choques redesenhado, dupla ponteiro de escape integrada no difusor (Foto Hyundai Media)

Design simples, ecrã de maiores dimensões e mais amigável na utilização (Foto Hyundai Media)

Digitalização chegou ao painel de instrumentos através do velocímetro (Foto Hyundai Media)

Bagageira, com fundo falso, tem 602 litros de capacidade (Foto Hyundai Media)

Rebatimento dos bancos (60x40) leva a bagageira aos 1 650 litros (Foto Hyundai Media)

Três opções de carroçaria para a família i30 em breve com oferta eletrificada (Foto Hyundai Media)

É mais do mesmo, só que isso significa qualidade e melhoria continuada. A renovada carrinha Hyundai i30 continua a merecer lugar nas boas ofertas do seu segmento, mesmo com o conhecido três cilindros 1.0 de 120 cv, a oferta de entrada na gama. É o bastante para quem não faz correrias, precisa de espaço e procura uma boa relação preço/equipamento. Convence, não gasta muito, tem sete anos de garantia e está disponível desde 23 500€.

A versão que guiei faz puxar mais os cordões à bolsa, era uma N-Line, imagem valorizada sobre a operação de cosmética que renovou a família do modelo sul-coreano. A juntar a outro arrojo e elegância no estilo. Grelha mais larga e de padrão tridimensional, grupos óticos redesenhados, mais espessos e Full-Led. Na traseira, a mudança passou por um tratamento que lhe apurou a aerodinâmica através do redesenho do para-choques e destaca-se a dupla ponteira de escape. As jantes de 17 polegadas compõem a imagem mais desportiva, sem dúvida conseguida.

No interior, o destaque vai para os bancos desportivos, com o símbolo “N” estampado, e para o novo ecrã central, neste caso de 10,25 polegadas, tipo tablet flutuante, que pode não ser um primor no design mas comporta um sistema mais rico na informação e amigável na utilização.

 Uma carrinha espaçosa e confortável, bem equipada, com motor bastante para quem não aposte em grandes correrias esta Hyundai i30 SW 1.0 N-Line. Consegue consumos na linha da média dos três cilindros e tem um chassis que lhe permite curvar bem e inspirar segurança. A qualidade é aquela a que o construtor sul-coreano nos tem habituado e lhe permite oferecer sete anos de garantia

O painel de instrumentos, conta agora com um velocímetro digital, o volante, com pele perfurada na zona da pega, tem a imagem apropriada a um automóvel que adota o forro a negro até no tejadilho. A qualidade de construção respeita os padrões Hyundai, mas podia haver mais plásticos almofadados e outra escolha de materiais, por exemplo na consola. Mas é cada vez mais assim, independentemente dos emblemas e do seu posicionamento.

Espaço generoso para passageiros e bagagem

Em termos de espaço, uma oferta a dispensar críticas; o suficiente à frente; razoável na traseira, onde podemos distender as pernas, aproveitando o espaço para os pés sob os bancos dianteiros. Sentar três pessoas é que não se revela muito fácil, o túnel é alto, o recosto central comporta o apoio de braços e daí, um suporte menos recetivo para as costas de quem vai encolhido ao meio. Nada que deva surpreender. O mesmo já não digo da falta de difusores de ar na consola e de tomadas USB. Já faz pouco sentido.

A bagageira continua a ser oferta simpática com 602 litros ou 1 650 com o banco rebatido (60×40). Há um fundo falso com diversas divisórias que permitem arrumar pequenos objetos. O plano de carga é baixo e alinha com o encaixa do portão, o que facilita as operações de carregamento.

No que respeita à dinâmica, o renovado i30 tem uma suspensão com nova afinação e a verdade é que filtra bem as irregularidades do piso e confere um nível de conforto digno de registo. Sobre o chassis, as suas qualidades são reconhecidas e daí a carrinha i30 mostrar desenvoltura e transmitir segurança quando se curva mais largo e se reconhece um tração dianteiro bem mandado, com uma direção adequada ao tipo de veículo.

Bom rolador para quem não for de correrias

Do conhecido três cilindros 1.0 T-GDI com 120 cv, não podem esperar-se grandes explosões (11,4 segundos de 0 a 100 e 196 km/h em velocidade de ponta), até porque o binário fica-se pelos 170 Nm (verdade que logo às 1 500 rpm) e a caixa de seis velocidades, de bom manuseamento, foi escalonada a pensar nos consumos. No entanto, este i30 SW revela-se um bom rolador, é despachado q.b., tem coração suficiente para satisfazer quem não for de grandes correrias.

No que respeita a consumos consegui resultados normais: na autoestrada, aos regulamentares 120 “cravados” no cruise-control, registei 6,2 litros aos 100; no percurso suburbano os valores oscilaram entre os 5,7 (via-rápida) e os 6,8 quando combinados com a circulação citadina. Em termos globais admita uma média de 7 litros e se quiser ver “onde chega” este i30 SW não se surpreenda se ele atingir ou passar os 8 litros. Valores na mediania das ofertas assentes em blocos de três cilindros.

A versão N-Line conta com bancos desportivos, com extensão do assento para o condutor, chave inteligente com botão start/stop, cruise control e limitador com comandos no volante, ar condicionado automático bizona, ecrã central tátil de 12,5 polegadas com sistema de navegação, faróis full-LED com luzes diurnas, projetores de nevoeiro e iluminação em curva, vidros escurecidos, câmara traseira com guias auxiliares, sensores de luz e chuva, travagem autónoma de emergência e sistema de manutenção na faixa de rodagem, pedaleira em alumínio, barras no tejadilho e  jantes em liga de 17 polegadas. Um pacote interessante.

Enfim, uma carrinha espaçosa e confortável, bem equipada, com motor bastante para quem não aposte em grandes correrias esta Hyundai i30 SW 1.0 N-Line. Consegue consumos na linha da média dos três cilindros e tem um chassis que lhe permite curvar bem e inspirar segurança. A qualidade é aquela a que o construtor sul-coreano nos tem habituado e lhe permite oferecer sete anos de garantia.

A família i30 nas imagens da Hyundai

FICHA TÉCNICA

Hyundai i30 SW 1.0 TGDi N-Line*

Motor: 998 cc, três cilindros, injeção direta, turbo, start/stop

Potência: 120 cv/6 000 rpm

Binário máximo: 172 Nm/1 500 – 4 000 rpm

Transmissão: caixa manual de seis velocidades

Aceleração 0-100: 11,4 segundos

Velocidade máxima: 196 km/h

Consumos: combinado – 6,2 litros/100 km (WLTP)

Emissões de CO2: 141 g/km

Dimensões: (C/L/A) 4 585/1 795/1 475 mm

Peso: 1 241 kg

Bagageira: 602/1 650 litros

Preço: 26 500€ (23 000€ com campanha de financiamento)

*Candidato a Carro do Ano no Troféu Volante de Cristal