Moderno, elegante, frente muito personalizada (Hyundai Newsroom)

Barra luminosa entre as óticas traz outra expressão e aba no pára choques empresta força adicional (Foto Hyundai Newsroom)

Perfil limpo compõe imagem de compacidade e robustez (Foto Hyundai Newsroom)

Interior destaca-se pela qualidade de um topo de gama e ao design sóbrio acresce combinação conseguida de materiais (Foto Hyundai Newsroom)

Painel é digital e muda de cor - vermelho - em modo Sport (Foto Hyundai Newsroom)

Muita informação disponível no ecrã tátil central de 10,25 polegadas(Foto Hyundai Newsroom)

Caixa automática de seis velocidades tem comando por teclas (Foto Hyundai Newsroom)

Duas excelentes poltronas, conforto e espaço de sobra à frente (Foto Hyundai Newsroom)

Espaço atrás dispensa críticas e ajuda o facto de o túnel ser quase inexistente (Foto Hyundai Newsroom)

Grande tejadilho de abrir origina habitáculo muito luminoso (Foto Hyundai Newsroom)

Grelha cromada em cascata funciona como elemento distintivo (Foto Hyundai Newsroom)

Solução original para a iluminação dianteira num sistema full LED (Foto Hyundai Newsroom)

Jantes específicas em liga com 19 polegadas (Foto Hyundai Newsroom)

Simples assinatura para o rasto luminoso (Foto Hyundai Newsroom)

Eletrificação do 1600 a gasolina garante 230cv e 350 Nm de binário (Foto Hyundai Newsroom)

Altura ao solo permite algum desafogo no fora de estrada (Foto Hyundai Newsroom)

Sistema de som Harman Kardon com dez colunas é de série (Foto Hyundai Newsroom)

Um motor 1600 a gasolina e a ajuda elétrica que leva a potência aos 230cv são o bastante para fazer do renovado Hyundai Santa Fe HEV uma proposta a considerar pelos adeptos dos grandes SUV que oferecem sete lugares. Com presença, confortável, bem equipado, comportamento equilibrado, bom estradista, mexe-se bem e faz consumos muito razoáveis, apesar dos 1900 quilos de peso. Só o preço já não é que era… €61 953 para ter direito ao requinte e a quase todas as mordomias. E um nível de qualidade que não teme comparações.

Renascido – e bem até na estética – sobre a nova plataforma do Grupo Hyundai preparada para a eletrificação (ler aqui ensaio da versão 2.2), este Santa Fe Hybrid, que recupera a motorização do Tucson, bate em potência o 2.2 a gasolina (202cv), é mesmo mais rápido no arranque (8,9 contra 9 segundos e 0 a 100) e só perde na velocidade máxima (187 km/h face a 205 km/h). Mas pareceu-me o bastante para se falar de um grande SUV capaz, familiar à altura da qualificação, seja no espaço, tanto à frente como sobretudo atrás, e mesmo na bagageira que não é penalizada pela solução híbrida e oferece uns expressivos 571 litros na formação de cinco lugares. Menos simpático é a altura do plano de carga, mas não há bela sem senão…

Os sete lugares são outra realidade a valorizar o híbrido. As limitações são as habituais, o sistema da terceira fila nunca é tão prático como se deseja, mas quem compra sabe ao que vai, por exemplo que, lá atrás, só duas crianças não se queixarão do conforto e do espaço…

Interessante o Hyundai  Santa Fe Hybrid, que recorre ao 1600 a gasolina com ajuda elétrica já usado no Tucson. Conforto, espaço, sete lugares e boa mala apesar da bateria, prestações suficientes e consumos razoáveis. Só o preço é menos simpático, mas qualidade equipamento pagam-se…

A nova plataforma, incluindo as versões térmicas, apresenta um centro de gravidade mais baixo e um chassis mais rígido. Daí outra eficácia que continua a ser realidade na versão híbrida. Isso não impede, mesmo com um compromisso de suspensão que doseia muito bem conforto e resposta em curva, que sintamos algum balanceamento da carroçaria se impusermos um regime mais “puxado” numa estrada exigente e que imponha transferências de massas continuadas ou bruscas.

Eletrónica dá uma ajuda

Ainda assim, o Santa Fé desembaraça-se bem, mesmo que haja uma pronta e suave intervenção da eletrónica, a “pôr tudo no lugar”, fazendo o grande SUV de 4,78 metros “acamar” ligeiramente para continuar bem mandado no seu caminho. Bem resolvido, sobretudo quando se experimenta o modo Sport (Eco e Smart são os restantes), forma de emprestar outra vivacidade a um automóvel de dimensões generosas, o que não passa despercebido ao volante, como é natural.

Apesar da potência e da capacidade no arranque, os 350 Nm de binário (440 Nm no 2.2) não significam uma resposta vibrante, ainda que pronta dada a ajuda do motor elétrico. Daí, força, com certeza, mas nada de explosões. Aliás, nem deve ser essa a filosofia de uma híbrido assim, pensado para cumprir noutro papel que não o de corredor.

Consumos razoáveis

Esta é a escolha para quem, sem deixar de querer desembaraço – e quando se quer ultrapassar o Santa Fe não se faz rogado – procura um equilíbrio através dos consumos e do melhor rendimento garantido pela ajuda elétrica. E este Hyundai tem uma capacidade razoável de regeneração, mesmo que não seja das mais impressivas. De todo o modo, os resultados de consumo que consegui foram interessantes. Em autoestrada, aos 120 Km/h regulamentares regidos pelo cruise-control adaptativo, só comigo a bordo, o computador de bordo registou 6,8 litros aos 100. Num passeio de fim-de-semana, com algum tráfego, três passageiros e velocidade moderada, fui surpreendido por um resultado de 5,7 litros aos 100. A média geral para pouco mais de 200 quilómetros coincidiu com os 6,7 prometidos pela Hyundai para o ciclo combinado WLTP anunciado. Não custa acreditar que os 8,1 também anunciados para um andamento vivo se atinjam normalmente.

A caixa de seis velocidades automática utilizada – conversor de binário em vez da dupla embraiagem –, também comandada por teclas, cumpre sem motivo para reparos, a direção continua a revelar-se bem ajustada ao tipo de veículo e os travões nem parecem tão esponjosos quanto é habitual nestas motorizações eletrificadas. Daí, uma condução agradável, facilitada também pela posição ao volante. E já agora pelo excelente ambiente proporcionado no habitáculo de consola flutuante. Isto apesar de alguns plásticos parecerem menos adequados face a tanta pele e aos acabamentos cuidados, designadamente a imitar fibra de carbono. O sistema de infoentretenimento em ecrã tátil podia ser mais completo, sobretudo mais esclarecedor na informação sobre o sistema híbrido, mas não faltam “gracinhas” como a hipótese de escolher som ambiente (do mar ao crepitar da lareira). Há botões a mais (69), mas acabamos por nos habituar e até saudar os comandos físicos do ar condicionado.

Em termos de equipamento, a versão que guiei, o topo de gama Vanguard + Luxury Pack a mais bem recheada. Destacam-se os bancos dianteiros com regulação elétrica (extensor do assento para o condutor), grupos óticos dianteiros e traseiros em LED, ecrã digital de 10,25 polegadas com navegação, sistema de som Krell (dez altifalantes), head up display por projeção no para-brisas, teto panorâmico de abertura elétrica, sistema remoto de estacionamento automático (pode sair ou estacionar num lugar apertado usando apenas a chave…), câmara de marcha atrás e de 360 graus, deteção de ângulo morto, estofos em pele e alcantara, bagageira elétrica, Ar condicionado automático, jantes de 19 polegadas.

Interessante o Hyundai  Santa Fe Hybrid, que recorre ao 1600 a gasolina com ajuda elétrica já usado no Tucson. Conforto, espaço, sete lugares e boa mala apesar da bateria, prestações suficientes e consumos razoáveis. Só o preço é menos simpático, mas qualidade equipamento pagam-se…

A Hyundai mantém a política dos sete anos de garantia sem limite de quilómetros.

FICHA TÉCNICA

Hyundai Santa Fe HEV Vanguard+Luxury Pack

Motor: 1598 cc, gasolina, híbrido

Potência: 180 cv/5 500 rpm

Binário máximo: 265 Nm/1 500-5 500 rpm

Motor elétrico: 60 cv

Bateria: polímero de iões de lítio; 1,49 kWh

Binário: 264 Nm

Potência combinada: 230 cv

Binário combinado: 350 Nm

Transmissão: caixa automática de seis velocidades, conversor de binário

Aceleração 0-100: 8,9 segundos

Velocidade máxima: 187 km/h

Consumo: média – 6,7 litros/100

Emissões de CO2: 153 g/km

Peso: 1 919 kg

Dimensões: (c/l/a) – 4785/1900/1710 mm

Bagageira: 130 litros, com sete lugares; 5571, com 5 lugares; 1649, com os bancos rebatidos

Preço (com despesas): €61 953 (€5 000 menos com campanha); desde €60 703