Dianteira apurada e muito personalizada (Foto Hyundai Media Center)

Perfil limpo e bem esculpido Foto (Hyundai Media Center)

União das óticas reforça assinatura luminosa (Hyundai Media Center)

Qualidade num interior mais trabalhado e melhor (Hyundai Media Center)

Painel digital, grafismo habitual e o vermelho no modo Sport (Hyundai Media Center)

Painel central tem utilização amigável (Hyundai Media Center)

Teclas para a caixa de velocidades numa consola flutuante muito técnica e preenchida (Hyundai Media Center)

Espaço e conforto ao volante e ao lado (Hyundai Media Center)

Atenção ao pormenor em acabamento cuidado (Hyundai Media Center)

Espaço para quem ocupa a segunda fila de bancos (Hyundai Media Center)

Malha original na grande grelha dianteira (Hyundai Media Center)

Grupos óticos bem concebidos, com arrumação em dois planos (Hyundai Media Center)

Efeito das luzes cria identificação única (Hyundai Media Center)

Jantes de 20 polegadas são a medida certa para equilibrar o conjunto (Hyundai Media Center)

Distância ao solo, 17,6 cm, facilita as saídas fora de estrada (Hyundai Media Center)

Tem presença, ninguém fica indiferente à qualidade do interior, é espaçoso e confortável, tem potência bastante, a dinâmica supera as expectativas, os consumos são aceitáveis. É assim o renovado Hyundai Santa Fe, opção que não é para todos com os seus sete lugares de grande SUV. Ainda a Diesel, automático e concorrencial no preço (54 450€, com campanha). Custa encontrar-lhe defeitos.

Deixou de valer a pena falar da continuada melhoria dos automóveis sul-coreanos. É um dado adquirido – e aceite. Ponto! Este renovado Santa Fe consegue apresentar-se ainda mais bem “vestido”. Moderno, elegante, frente muito personalizada, perfil limpo, traseira simples agora com  a barra luminosa entre as óticas a dar-lhe outra expressão e a aba no para-choques a emprestar força adicional a uma imagem de compacidade e robustez. Até os metais que sobressaem na carroçaria têm peso e medida, em vez de parecerem simples embelezadores. Como as jantes de 20 polegadas, a medida certa para equilibrar o conjunto. Vistoso!

O interior começa por chamar a atenção pela qualidade. É um topo de gama, e isso tem de contar, claro. Mas ao design sóbrio acresce uma combinação conseguida de materiais. Há alguns plásticos duros, verdade, mas também almofadados onde se impõe. A pele sintética domina e o pormenor decorativo a imitar a fibra de carbono é colocado com gosto e rigor.

Cara lavada, nova plataforma, mais mexidas do que é habitual num facelift, o novo Hyundai Santa Fe revela-se um grande SUV com personalidade. É competente e uma opção muito válida para quem necessita de sete lugares e ainda não quer dizer adeus ao Diesel

A consola flutuante, que recupera as quatro teclas para a caixa de velocidades, assume papel dominante. É em plástico e parece alumínio escovado. Terá botões a mais, quatro dezenas (há 69 no total, para o condutor!), a princípio até nos perdemos, depois habituamo-nos e bendizemos não apenas os comandos físicos do ar condicionado como os atalhos do ecrã central, que também é tátil. E muito completo, conta com um sistema amigável, além da gracinha dos sons ambiente – do campo ao mar, sem esquecer a lareira… O espaço sob a consola dá jeito e o apoio de braços tapa uma caixa digna do nome quando se pensa em espaço para arrumos.

Como não podia deixar de ser o painel de instrumentos (10,25 polegadas e o grafismo habitual) é digital. Neste caso não dispensa o sistema de ângulo morto da Hyundai que nos projeta aquilo que não vimos no círculo do velocímetro ou do conta rotações, consoante o lado que está em causa. Primeiro estranha-se, depois dá que pensar sobre se não será esta uma solução das mais conseguidas. Requer hábito, claro.

Espaço e conforto, além de qualidade

Os bancos dianteiros são excelente poltronas, sem abuso no apoio lateral, que não falta note-se – e é sempre importante neste automóveis grandes (4,75 m) e altos. O espaço atrás dispensa críticas e ajuda o facto de o túnel ser quase inexistente. Claro que é sempre melhor beneficiar do grande apoio de braços central do que da companhia de um quinto passageiro.

Este banco, que rebate na proporção 60X40 tem movimento longitudinal, para permitir jogar com o espaço na mala ou com a terceira fila de bancos. Esta tem as limitações do costume, bancos baixos a significar joelhos altos e pouca comodidade. Duas crianças adaptam-se, a isso e à altura do acesso, um degrau muito pronunciado e pouco prático – nada que surpreenda… Os bancos da terceira fila armam-se puxando uma fita, o rebatimento da segunda fila tem comando elétrico na parede direita da mala.

No que respeita à bagageira, com os sete lugares, limita-se a escassos 130 litros; com as duas filas, espaço considerável, 561 litros, que chegam aos 1649 com os lugares centrais rebatidos. O plano de carga está a altura significativa. Também aqui a vantagem e os defeitos da filosofia própria dos sete lugares. Quem compra sabe ao que vai e por que o fez… Afinal, da bagageira ao espaço e à própria habitabilidade, importa recordar que não existem grandes diferenças entre as ofertas de sete lugares. É difícil fazer melhor.

Nova plataforma e mais eficácia

O Santa Fé junta ao rejuvenescimento estético uma nova plataforma, naturalmente a pensar na eletrificação, já presente na gama. Baixou o centro de gravidade, tem um motor mais leve que recebeu alumínio, o chassis ganhou rigidez, há menos peças. E, na prática, nada custa admitir que o SUV ganhou outra eficácia, tem um comportamento dinâmico que supera as expetativas. Sentem-se a altura e o peso, as dimensões também, mas menos do que seria e esperar, o que se reflete numa agilidade assinalável para o estilo. Curva muito bem este Santa Fé, obviamente sem ser uma lapa – nem podia… Mas é bem mandado e bem comportado. Ajuda uma suspensão com alguma firmeza – sem prejudicar o conforto, mesmo com as jantes de 20 polegadas –  que contribui para mitigar os balanceamentos da carroçaria quando se força o andamento e impõe transferências de massas mais bruscas. Em modo Sport, com a instrumentação a assumir a cor vermelha, tudo isto é mais exuberante, mas essa não é a filosofia de um grande familiar, por excelência o rolador, o estradista. Eco, Smart (ajusta automaticamente os intervalos de mudança de velocidades com base nos padrões recentes da condução) e Confort são os restantes modos e condução, regulados num grande botão na consola.

A direção está muito bem ajustada, os travões cumprem, mas por vezes fica a sensação de que podiam ser mais agressivos, porque é muita a massa a deter e os 202 cv e 440 Nm de binário, apesar do peso, menor, estão longe de corresponder a um pastelão  – 9 segundos de 0 a 100, recuperações honestas e 205 km/ em velocidade de ponta. A caixa automática de dupla embraiagem e oito velocidades cumpre quando a deixamos gerir as coisas; no modo sequencial e usando as patilhas no volante, não pode exigir-se-lhe rapidez. Quanto a mim, é mais útil quando se pretende subir a relação antes de tempo.

Consumos aceitáveis e muito equipamento

E os consumos? Pois bem, na estrada, com quatro pessoas a bordo e em modo Eco o computador de bordo registou 7,2 litros aos 100, em andamento de cruzeiro, e 6,2 (!) em ritmo de passeio. Na autoestrada, aos sacramentais 120 km/h, regulados pelo cruise-control inteligente, a leitura foi de 7,1. A média geral para 271 km foi de oito litros redondos. O acumulado para 1 367 quilómetros, muitas experiências e diversos tipos de condução era de 8,9.

Em termos de equipamento, a versão que guiei, o topo de gama Vanguard + Luxury Pack está bem recheada. Destacam-se os bancos dianteiros com regulação elétrica, grupos ópticos dianteiros e traseiros em LED, ecrã digital de 10,25 polegadas com navegação, sistema de som Krell (dez altifalantes), head up display por projeção no para-brisas, teto panorâmico de abertura elétrica, sistema remoto de estacionamento automático (pode sair ou estacionar num lugar apertado usando apenas a chave…), câmara de marcha atrás e de 360 graus, deteção de ângulo morto, estofos em pele e alcantara, bagageira elétrica. Ar condicionado automático, jantes de 20 polegadas.

Cara lavada, nova plataforma, mais mexidas do que é habitual num facelift, o novo Hyundai Santa Fe revela-se um grande SUV com personalidade. É competente e uma opção muito válida para quem necessita de sete lugares e ainda não quer dizer adeus ao Diesel.

A Hyundai mantém a política dos sete anos de garantia sem limite de quilómetros.

 

FICHA TÉCNICA

Hyundai Santa Fe 2.2d 8DCT Vanguard+Luxury Pack

Motor: 2199 cc, turbodiesel, injeção common rail, intercooler

Potência: 202 cv/3800 rpm

Binário máximo: 440 Nm/1750 – 2750 rpm

Transmissão: caixa automática de dupla embraiagem com oito velocidades e patilhas no volante

Aceleração 0-100: 9 segundos

Velocidade máxima: 205 km/h

Consumo: médio – 6,4 l/100

Emissões CO2: 178 g/km

Peso: 1919 kg

Dimensões: (c/l/a) – 4785/1900/1710 mm

Bagageira: 130 litros, com sete lugares; 5571, com 5 lugares; 1649, com os bancos rebatidos

Preço: 54 450€, com campanha; 60 450€ PVP