Nova imagem procura acentuar robustez (Foto Dacia Newsroom)

Silhueta deixa perceber sobreelevação do tejadilho no pilar B (Foto Dacia Newsroom)

Portão largo em imagem de sobriedade (Foto Dacia Newsroom)

Continuada melhoria da imagem e da qualidade decalcada do Sandero (Foto Dacia Newsroom)

Simplicidade dita instrumentação analógica (Foto Dacia Newsroom)

Caixa manual de seis velocidades (Foto Dacia Newsroom)

Ar condicionado automático tomadas de 220 V e USB na consola (Foto Dacia Nwsroom)

Bancos em tecido pespontado, cómodos e com bom apoio (Foto Dacia Newsroom)

Espaço razoável no banco central (Foto Dacia Newsroom)

Prático tabuleiro nas costas dos bancos dianteiros (Foto Dacia Newsroom)

Acesso facilitado à terceira fila que oferece o espaço possível (Foto Dacia Newsroom)

Bancos da terceira fila dobram para a frente ou podem ser facilmente retirados (Foto Dacia Newsroom)

O espaço máximo admite o transporte de objetos de grande volume (Foto Dacia Newsroom)

Luzes traseiras contribuem para largo portão (Foto Dacia Newsroom)

Não faltam as práticas barras no tejadilho (Foto Dacia Newsroom)

Luzes diurnas são em LED e apresentam identificação da marca (Foto Dacia Newsroom)

Versão topo de gama merece referência nas portas dianteiras (Foto Dacia Newsroom)

Continua a marcar pontos o trabalho da Dacia, sendo certo que isso de fazer automóveis baratos tem que se lhe diga. Até noutros custos além do preço e que, às vezes, saem caros.. Guiei agora um Jogger de sete lugares e a imagem que guardo da experiência é francamente positiva. É justo pedir mais por 21 200€ e um 1.0 três cilindros de 100 cv a gasolina? Parece-me difícil. Aí está um automóvel honesto.

O esforço continuado na melhoria da qualidade – tida por suficiente para que a Dacia use emblema Renault em muitos mercados! – é inquestionável. Verdade que nem tudo é perfeito, alguns plásticos podiam ser melhores e menos frios e pormenores de acabamento mais cuidados, mas o surgimento de elementos decorativos como o tecido no tablier, herdado do Sandero do qual o interior é quase decalcado, valorizam e refrescam o habitáculo, cada vez menos cinzentão.

A instrumentação é analógica e com grafismo antiquado, o ecrã central também muito datado, ao estilo de tablet pesadão, limitado no software, aposto no tablier e com um encaixe lateral para o telemóvel, que pode desempenhar papel fundamental no sistema de infoentretenimento – não será um primor, mas está lá quase tudo.

Um compromisso à medida de quem precisa de um familiar com sete lugares, confortável e muito versátil, procura economia de consumos, não está dependente de grandes prestações, e dá valor a uma já emblemática relação qualidade/preço. É isso o Dacia Jogger!

É notório um claro up-grade no habitáculo, afinal resposta à altura do apuramento da estética exterior, sempre com a virtude da simplicidade, formas familiares sempre em evolução e pormenores à procuram de acentuar a robustez de um crossover que nos oferece muito do velho conceito do monovolume, a versatilidade de uma carrinha e uma conceção, alicerçada na altura ao solo (20 cm), a permitir-nos pensar num SUV capaz de desafiar caminhos menos fáceis e alimentar a ideia do veículo de evasão. E acho que isso está a colar-se à imagem Dacia. E a dar frutos.

Modularidade muito bem trabalhada

Sete lugares num automóvel com 4,52 metros é interessante, claro que ajudam os 2,89 metros entre eixos. Mas o que mais impressiona é a modularidade. Naturalmente, não encontramos um mar de espaço, mas a possibilidade de rodar o banco central (60×40) para a frente, de modo a facilitar o acesso, e de até retirar os dois lugares da terceira fila (pesam dez quilos cada), oferecem muitas soluções a quem quer aproveitar todo o espaço disponível. Viaja-se bem no banco central, há espaço para as pernas e em altura; os joelhos, sem surpresa, ficam mais elevados na terceira fila – duas crianças não se queixarão. E para que não haja aquela sensação de claustrofobia os vidros da terceira fila abrem em compasso – do mal o menos.

A habitabilidade conta com um pormenor interessante, a solução de sobreelevação do tejadilho, que torna o vidro central mais alto do que o dianteiro e, por arrasto, o tejadilho mais alto. A diferença é bem percetível no pilar B, que nos mostra como que um degrau vincando a diferença da altura.

Equilíbrio próprio de um familiar

Em termos dinâmicos, o Jogger é equilibrado e tem a filosofia própria de um familiar. A conhecida motorização TCe 1.0 de três cilindros e 110 cv, faz-se ouvir e as prestações são vulgares: 11,2 segundos de 0 a 100 e 180 km/h em velocidade de ponta. Os 200 Nm de binário emprestam-lhe a alma possível e uma caixa de seis velocidades bem escalonada ajuda a tornar a condução agradável. A direção podia ser mais direta, mas está de acordo com a filosofia do Jogger, que se revela capaz de consumos simpáticos. Com quatro pessoas a bordo, ar condicionado ligado indicou a média de 6,5 l/100 km e a utilização do modo Eco significou, segundo o computador de bordo, 20,1 km sem consumo numa viagem de 104 km… Em autoestrada, com o cruise-control nos 120 km/h, os valores subiram para 7,1 l/100.

A versão que conduzi foi a SL Extreme, a mais bem equipada, e com alterações de pormenor na imagem da carroçaria. Além disso, sensores de luz e chuva, ar condicionado automático, luzes diurnas em LED, câmara de marcha atrás, cruise control com limitador de velocidade e comandos no rádio (DAB) no volante em pele, regulável em altura e profundidade, bancos em tecido pespontado, ecrã tátil de 8 polegadas, jantes em liga de 16 polegadas escurecidas.

Um compromisso à medida de quem precisa de um familiar com sete lugares, confortável e muito versátil, procura economia de consumos, não está dependente de grandes prestações, e dá valor a uma já emblemática relação qualidade/preço. É isso o Dacia Jogger!

FICHA TÉCNICA

Dacia Jogger SL Extreme TCe 110 FAP 7 lugares

Motor: 999 cc, injeção direta, turbo, intercooler, filtro de partículas

Potência: 110 cv/5 000 rpm

Binário máximo: 200 Nm/2 900 rpm

Transmissão: caixa de seis velocidades manual

Aceleração 0-100: 11,2 segundos

Velocidade máxima: 180 km/h

Consumo: média WLTP  5,6/5,7 l/100 km

Emissões CO2: 127/129 g/km

Dimensões: c/l/a – 4 547/2 897/1 632 m

Peso: 1 158 kg

Bagageira: 160/ 699/2017 litros

Preço: 21 200€, versão ensaiada; desde, 17 000€