O Torres, SUV de imagem TT muito moderna, é a estrela da companhia, mas a sul-coreana KGM entra no mercado nacional com outros três SUV e uma pick-up. Preços e equipamento são argumentos a considerar em modelos que vão do cem por cento elétrico ao Diesel.
Herdeira da SsangYong, emblema sem grande história em Portugal, o Grupo KG adquiriu a marca e faz o seu relançamento com o natural rebranding e o Torres como bandeira. É um SUV com 4,70 metros, posicionado entre os segmentos C e D, bem parecido, bem proporcionado, espaçoso e com ambiente moderno, valorizado por construção e acabamento de bom nível, ainda que, para mim, com opções de gosto discutível ao nível da decoração interior.
O Torres chega com uma versão cem por cento elétrica, mas também com uma motorização a gasolina, ambas propostas com dois níveis de acabamento.
A versão elétrica recorre a uma bateria de 73,4 kWh, com autonomia anunciada de 505 km em ciclo urbano ou 460 km em ciclo combinado (norma WLTP). Tem um motor com uma potência de 207 cv (152 kW) e um binário de 339 Nm. Recorrendo a um carregador DC de 120kW, é possível levar a bateria dos 20 aos 80% da carga em 37 minutos. Através do carregador embarcado de 11 kW são precisas 7h45.
Os preços do Torres EVX começam nos 45 900 euros, e rondam os 32 000 euros+IVA para as empresas. O modelo conta com garantia de sete anos ou 150 000 km e de dez anos ou 1 000 000 km para a bateria de tração.
A versão a gasolina é animada por um motor 1,5 turbo com 163 cv e 280 Nm de binário, acoplado a caixas manuais ou automáticas, ambas de seis velocidades. Está disponível num único nível de equipamento, e o preço arranca nos 37 500 euros. A versão automática acrescenta 2 500€ a este valor.
Foi ao volante desta versão que tive um primeiro contacto com o Torres. Condução agradável, desembaraço quanto baste, a certeza de que não é um SUV repentista mas também a ideia de que lhe falta alguma chama quando caem as rotações. Um carro de família, bom e calmo rolador.
Mais três opções…
A gama, herdada da SsangYoung e mantendo até as designações, tem como modelo de entrada o Tivoli, SUV compacto do segmento B com 4,22 metros. É motorizado também pelo 1.5 turbo a gasolina com duas escolhas de potência: 135 cv, com caixa manual de seis velocidades; ou 163 para a transmissão automática com igual número de relações. Preço de combate: 25 900 euros um para o único nível de equipamento.
Na linha de opções segue-se o Korando, este um C-SUV, com 4,450 metros, que recorre ao mesmo motor, também com dois níveis de potência. No caso: 149 cv quando associado a uma transmissão manual de seis velocidades; 163 cv na versão automática com o mesmo número de relações. Os preços começam nos 30 450 euros, para a versão de caixa de velocidades manual, subindo para os 32 350 euros na variante automática.
No topo de gama está o Rexton, SUV do segmento D com sete lugares e dimensões generosas: 4,85 metros de comprimento. Estará disponível exclusivamente com um motor turbodiesel de 2,2 l com 202 cv de potência e 441 Nm de binário, associado a uma caixa automática de oito velocidades. É Classe 1 nas portagens quando equipado com dispositivo Via Verde. Os preços iniciam-se nos 58 900 euros.
… e uma tradição
Com a KGM volta também a pick-up Musso e um segmento particularmente caro à Astara, que responde pela importação e distribuição da marca sul-coreana, para alargar o portfolio significativo da empresa.
A gama Musso, apenas com carroçaria de cabine dupla, articula-se em versões orientadas para o lazer e para atividades mais profissionais. A propulsão é assegurada por uma unidade turbodiesel de 2,2 l com 202 cv, uma das mais potentes do seu segmento.
Disponível com caixa manual de seis velocidades (400 Nm de binário máximo) ou automática (440 Nm) com o mesmo número de relações, todas as versões dispõem do sistema Part-time 4WD, com diferencial autoblocante para ultrapassar situações de terreno mais exigentes.
Nas versões orientadas para o lazer destaca-se uma solução inédita no segmento, uma caixa de carga curta de apenas 1,3 metros de comprimento, o que lhe confere um aspeto vincadamente desportivo, favorecido por um extenso equipamento de série.
Exclusivo no segmento é a suspensão traseira independente. No entanto, as versões de trabalho, que oferecem a caixa de carga com a maior volumetria do seu segmento, suportando até 1 085 kg de carga útil, recorrem às molas de lâminas para a suspensão traseira.
O extenso equipamento de série é um dos argumentos da Musso.
Os preços são competitivos: com caixa manual e lotação de três lugares, arrancam nos 32 150 euros, acrescidos de IVA.