Grelha dominadora associada aos faróis marca personalidade do Sorento (Foto KIA)

Grande portão automatizado contribui para versatilidade (Foto KIA)

Qualidade e modernidade numa solução bem trabalhada (Foto KIA)

Digitalização permite valorizar a informação a bordo (Foto KIA)

Solução sempre de saudar: ar condicionado com comandos autónomos (Foto KIA)

Seleção de modos de condução numa consola bem arrumada (Foto KIA)

Escova do óculo traseiro fica oculta pelo defletor (Foto KIA)

Com sete lugares "sobram" 175 litros de capacidade na mala (Foto KIA)

Recarga de energia faz-se em cerca de cinco horas (Foto KIA)

Na tampa do portão a identificação da diferença (Foto KIA)

Fica "bem cheio" o compartimento motor (Foto KIA)

Tração integral é argumento para facilitar o fora de estrada (Foto KIA)

Tem presença e impõe respeito pelas dimensões o Kia Sorento agora, mantendo os sete lugares, proposto também em solução PHEV com tração às quatro rodas, 265 cv “tirados” do 1.6 Turbo casado com um motor elétrico que promete autonomia até 70 quilómetros em meio urbano. Muito espaço, equipamento completo é um grande SUV que, na continuada afirmação do emblema sul-coreano, marca pontos no balanço geral.

A imagem de grande SUV sóbrio e equilibrado, apesar das dimensões avantajadas, como que obriga a olhar com olhos de ver para o Sorento. É mais um produto bem conseguido com a chancela da escola formada por Peter Schreier. Dianteira poderosa, grande grelha com rendilhado vistoso que se esplana na nos faróis de assinatura luminosa personalizada. Perfil tratado com suavidade e um grande portão à medida do familiar para todo o serviço compõem a imagem de robustez bem interpretada como se exige neste estilo de opção.

O ambiente a bordo impressiona mal se abre a porta e quando nos sentamos ao volante a qualidade percebida, os materiais escolhidos com critério e que dispensam a profusão dos plásticos duros e frios, o nível de acabamento projetam-nos para uma dimensão impressiva num generalista.

Digitalização total, uma moldura a envolver painel de instrumentos (desnivelado) e ecrã central tátil de 10.25” (pena não haver teclas de atalho) simulando a solução do monitor continuado, volante multifunções, uma consola dominada pelo grande botão do seletor de marcha e aí está um cockpit bem recheado e com a sobriedade própria de um familiar com ambições.

Boa interpretação de um grande SUV, verdadeiro familiar que nem dispensa os sete lugares, competente, cómodo, bem construído e muito equipado este Kia Sorento com o aliciante da oferta Plug-in a juntar ao 4×4 é mais uma prova da maturidade da marca sul-coreana. O preço já não é o que era… mas a tecnologia paga-se

Bancos em pele sintética, muito espaço, banco central regulável longitudinalmente como é próprio dos automóveis de sete lugares, terceira fila com dois bancos retráteis (fáceis de operar) que encaixam no fundo da mala e permitem um fundo plano. Sem surpresa, os lugares da terceira fila são, antes de mais, recurso; duas crianças acharão graça, dois adultos nem tanto. É uma solução só possível pela adoção de uma nova plataforma (aumenta 3,5 cm entre eixos) concebida para automóveis eletrificados. No caso, a bateria (13,8 kWh, polímeros de iões de lítio) encontra-se sob os bancos dianteiros, ficando o depósito de combustível debaixo segunda fila de bancos e o carregador de bordo (3,3 kWh) no fundo da bagageira. Esta varia entre a mala que quase tudo resolve com cinco lugares (809 litros), e um espaço acanhado na formação máxima (175 litros).

A força de 265 cv e a tração integral

O Sorento PHEV combina o 1600 turbo de 180 cv com um motor elétrico de 91 cv, montado entre aquele e a transmissão, gerida por uma caixa automática de seis velocidades com patilhas no volante. A tração integral funciona de acordo com as condições do piso e beneficia do chamado Terrain Mode, o qual permite escolher entre os modos Lama, Neve e Areia. Regula-se num pequeno botão na consola que também aciona os modos de condução Eco e Sport.

Com cerca de duas toneladas, quatro metros e 80, altura considerável (1,69 m) não é o SUV para grandes avarias se lhe pedirmos agilidade naqueles encadeados de curvas mais exigentes. Comporta-se com galhardia, a tração integral ajuda mas a praia dele é outra. Antes de mais, as grandes viagens, nas quais o conforto é potenciado pela agradabilidade da condução e do ambiente a bordo, excelente insonorização, uma caixa de velocidades desembaraçada, como se nota quando é preciso ultrapassar e toda a potência é chamada a intervir. É o quanto baste para, mesmo sem impressionar, nos sentirmos num grande SUV que cumpre com competência e conduzimos com prazer em posição elevada e bem sentados frente ao volante.

Só usando o modo Sport, outra “alegria” (e outra imagem no painel de instrumentos) mas ganhos pouco significativos, essa calma é quebrada com as constantes mudanças de caixa e o natural ruído que a entrega pedida ao motor na subida das rotações faz ouvir no habitáculo. É mais para experimentar do que para uso corrente.

Números simpáticos na autonomia elétrica e no consumo

E os resultados do PHEV? Em termos de autonomia consegui fazer 52 quilómetros em modo elétrico, quando a carga da bateria prometia 44. Ganhei oito quilómetros num ritmo suave, percurso urbano e suburnano, aproveitando para regenerar quando era possível e fazia sentido. Sempre sem exageros de lentidão. Nos primeiros 100 quilómetros e já com três pessoas a bordo a média registada foi de 3,7 litros/100, resultado que tenho por bom, face a velocidades da ordem dos 110 km/h em autoestrada e 90 nas estradas nacionais. Em modo híbrido, o computador de bordo indicou seis litros redondos, também num percurso misto de estrada. No final, para 290 quilómetros com apenas a carga inicial, a média foi de 6,2 l/100.

Já se sabe o que significa a rentabilização de um PHEV: faz sentido havendo a possibilidade de carregar todos os dias, o que pede também a logística adequada (em casa ou no emprego) e apura os resultados se gerir a utilização do modo elétrico, guardando a energia para onde se revela mais eficaz a sua utilização, no meio urbano. No caso do Sorento, o carregamento é uma operação que demora cinco horas.

Um catálogo de equipamento

Em termos de equipamento, o grande SUV da KIA é um verdadeiro catálogo de mordomias. A saber e entre outros: detetores de ângulos mortos (imagens nos mostradores do painel de instrumentos), assistência em descida, head-up display, painel de instrumentos digital, cruise control com adequação aos limites de velocidade, assistência à condução em autoestrada (nivel 2), bancos em pele aquecidos e ventilados, apoio de pernas no banco do condutor e apoio lombar elétricos e ajuste com memória, ar condicionado automático trizona, comandos por voz, câmaras de marcha atrás e estacionamento de 360 graus, volante multifunções em pele aquecido, travão de parque elétrico, retrovisor electrocrómico, ligações USB para os sete lugares, sensores de luz, chuva e estacionamento, seleção dos modos de condução, chave inteligente e botão start, ecrã central tátil de 10,25 polegadas, navegação, bluetooth, áudio Bose, faróis Full LED, portão da bagageira inteligente, tejadilho panorâmico elétrico, vidros traseiros escurecidos, barras no tejadilho, roda sobresselente de emergência, jantes em liga de 19 polegadas.

Boa interpretação de um grande SUV, verdadeiro familiar que nem dispensa os sete lugares, competente, cómodo, bem construído e muito equipado este Kia Sorento com o aliciante da oferta Plug-in a juntar ao 4×4 é mais uma prova da maturidade da marca sul-coreana. O preço já não é o que era… mas a tecnologia paga-se.

FICHA TÉCNICA

KIA Sorento 1.6 T-GDi PHEV Concept

Motor: 1598 cc, turbo, injeção direta

Potência: 180 cv/5 500 rpm

Binário máximo: 265 Nm/1 500 – 4 500 rpm

Motor elétrico: síncrono de imane permanente

Potência: 91 cv/2 100 – 2 300 rpm

Binário máximo: 304 Nm/ 0 – 2 100 rpm

Potência combinada: 260 cv

Binário combinado: 350 Nm

Bateria: 13,8 kWh polímeros de iões de lítio

Transmissão: integral (on demand), caixa automática de seis velocidades com patilhas no volante

Aceleração 0-100: 8,7 segundos

Velocidade máxima: 193 km/h (140 km/h em modo elétrico)

Consumos: misto – 1,6 litros/100 km; elétrico – 18,4 kWh/100 km

Autonomia elétrica: 70 km (ciclo urbano)

Emissões CO2: 38 g/km

Dimensões: (c/l/a) – 4 810/1 900/1 695 mm

Peso: 1 982- 2 099

Bagageira: 809 litros, cinco lugares; 175 litros, sete lugres; 1 988, banco central rebatido

Preço: 65 950€; 59 950€, com campanha de financiamento; empresas – 46 490€ + IVA