O Combo está de volta à gama Opel. Com uma particularidade, é o primeiro veículo da marca integralmente partilhado na realidade do Grupo PSA. Quer dizer que, basicamente, é igual a um Citroën Berlingo ou um Peugeot Partner. Nada que surpreenda nestes dias. Mas com muito de novo para os clientes do emblema alemão. Quer na versão de passageiros como no comercial.

Batizada Life, a versão de passageiros, desta vez base de partida para o versátil “combinado”, é a que suscita maior curiosidade. Em Portugal não há tradição de ver o lado prático destes veículos, os quais, ainda por cima, oferecem preços convidativos. Talvez um dia alinhemos com o que se passa lá fora e quem precisa de um automóvel capaz de dar resposta a muitas necessidades diferentes encontre aqui a resposta à medida.

As formas têm pouco que contar, num carro desenvolvido sob a preocupação do espaço e cuidado o suficiente para um mínimo de apelo estético, obviamente marcado pela identificação de elementos distintivos da Opel, como a grelha e a assinatura luminosa diurna, detalhes para a diferença. Destacam-se o capô sobre-elevado, os guarda-lamas com grandes arcos e as embaladeiras bem cheias. De todo o modo, bem composto e, sobretudo, equilibrado.

Proposta mais interessante do que pensam aqueles limitados à ideia do pequeno furgão transformado. O outro lado do Combo revela  virtudes capazes de dar um jeitão, por exemplo a quem pratica aqueles desportos que implicam o transporte de material com dimensões consideráveis, ou a quem tem família alargada

Esta filosofia é transposta para o interior, mas na assunção de que simples e prático não tem de ser pobrezinho. É claro que a qualidade nada tem de ostensivo, muito plástico negro a dominar, um design simpático, alguma jovialidade no forro dos bancos, grande tejadilho panorâmico, e o resto é o painel de instrumentos, volante rombo multifunções, ecrã central tipo tablet de oito polegadas e a consola superior iluminada por LED, que culmina numa caixa para arrumação encaixada no tejadilho sobre a mala. Bem prático.

Portas de correr e muito equipamento

As duas portas traseiras de correr são outro elemento a destacar, porque contribuem para um excelente acesso aos espaçosos lugares traseiros, banco triplo simples (fixo e com três ligações Isofix), cómodo q.b. rebatimento bipartido (60×40), a permitir uma plataforma com 3,05 metros de comprimento aproveitando a movimentação para diante das contas do banco do passageiro, o qual, como o do condutor, oferece uma pequena mesa de apoio rebatível para quem se senta atrás. A bagageira vai dos 597 aos 2196 litros, mais ainda para quem optar pela carroçaria XXL, com mais 37 cm de comprimento (4,753 m!). E á solução para quem quiser tirar mais partido dos cinco lugares, também disponíveis para a versão normal (4,403 m de comprimento). A juntar a tudo isto, bom aproveitamento do espaço para os chamados pequenos arrumos, incluindo dois portas luvas e um espaço na consola onde cabem garrafas de litro e meio, além da caixa no tejadilho.

A expressão da mudança está no equipamento que hoje é possível ter num automóvel assim. Head-up display, alerta de colisão dianteira, com deteção de peões e travagem de emergência, reconhecimento de sinais, sistema de manutenção de faixa, cruise-control, aviso de fadiga do condutor, alerta de ângulo morto. Sensores laterais e câmara traseira panorâmica, assistência ao estacionamento, controlo de estabilidade do atrelado. Não é tudo e, claro, o ar condicionado é de série.

Numa oferta com estes contornos acaba por nem surpreender que até apareça a caixa automática de seis velocidades, além do conhecido sistema de controlo de tração IntellGrip, comum nos Citroën e Peugeot e que permite adequar a tração a diferentes pisos, como a areia e a lama, em doses aceitáveis, naturalmente.

Nem falta a caixa automática

A caixa automática está acoplada ao diesel 1.5 de 130 cv e gere muito bem “as coisas”, transformando a condução deste Combo Life num momento agradável. O carro mexe-se bem, é honesto a curvar e suficientemente ágil. Outra opção é o 1.2 PureTech,o premiado três cilindros do grupo PSA, na versão de de 110 cv. Fazia-se ouvir, verdade, mas “casava” muito bem com o automóvel nem exigindo grande trabalho com a caixa de seis velocidades manual.

Uma proposta mais interessante do que pensam aqueles limitados à ideia do pequeno furgão transformado. O outro lado do Combo revela uma série de virtudes capazes de dar um jeitão, por exemplo a quem pratica aqueles desportos que implicam o transporte de material com dimensões consideráveis, ou a quem tem família alargada. Ver para crer!

Já disponível para encomenda, o novo Combo chega em Novembro e será proposto com dois níveis de equipamento Enjoy e Innovation: os 1.2 turbo a gasolina têm preços a partir dos 22 990 euros (23 840 para a versão de sete lugares), para a primeira oferta e de 24590 (26 040), para os mais equipados. Nos diesel, o preço de entrada é de 26 590 euros (27 890); 28 1980(28 590) para os Innovation. A caixa automática implica gastar, no mínimo, 30 290 euros.

As versões XXL só existem com motorização Diesel, com preços desde 27 790 euros.

Está prevista para o final de 2019 uma versão 4×4.

Comercial distinguido

No que respeita ao Combo comercial, recentemente eleito Furgão do Ano, deve reter-se o volume de carga de 3,3 metros cúbicos (650 kg) e o comprimento disponível de 3,090 metros (duas Europaletes). Plano de carga a 58 cm de altura; escotilha no tejadilho que permite carregar objetos extralongos; abertura na antepara de separação de carga, nas versões com três bancos à frente; seis olhais de fixação no piso e possibilidade de instalar outros quatro nos painéis laterais são outras facilidades a considerar.

Existe uma versão especial para acessos mais difíceis, designadamente obras de construção, com suspensão elevada, pneus mais altos, barras estabilizadoras com diâmetro e molas progressivas atrás.

A oferta contempla o motor 1.6 turbodiesel com versões de 75 e 100 cv de potência, ambas com caixa manual de cinco velocidades, o qual assegura os preços mais concorrenciais, a partir de 20 310 euros. Será também disponibilizada o novo 1.5 de 130 cv, com transmissão manual de seis velocidades, desde 24 460 euros ou mais dois mil euros na versão de caixa automática.

Segundo a Opel, o Combo Life é o novo melhor amigo das famílias

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