Frente identitária, grelha maior, outra agressividade (Foto Lexus Media)

Traseira mais composta não dispensa barra luminosa (Foto Lexus Media)

SUV com presença, menos esculpido e mais europeu (Foto Lexus Media)

Qualidade habitual num interior muito diferente e mais digital (Foto Lexus Media)

Painel e ecrã formam um bloco mas o monitor central alinha com pala sobre instrumentação (Foto Lexus Media)

Versão Sport tem bancos mais envolventes (Foto Lexus Media)

Habitabilidade atrás foi melhorada e não falta conforto (Foto Lexus Media)

Fecho das portas é de carregar em vez de puxar (Foto Lexus Media)

Bagageira tem 545 litros de capacidade (Foto Lexus Media)

Grelha fusiforme utiliza nova malha (Foto Lexus Media)

Óticas permitem curiosa assinatura luminosa (Foto Lexus Media)

Luzes traseiras em "L" encaixam a barra luminosa (Foto Lexus Media)

Em lugar do emblema, na quinta porta a inscrição com o nome da marca (Foto Lexus Media)

Bloco 2.5 na base de um SUV que com mais dois motores elétricos chega aos 309 cv (Foto Lexus Media)

Duas horas e meia é o tempo necessário para carregar a bateria (Foto Lexus Media)

Radiografia da primeiro PHEV da marca de luxo do grupo Toyota (Foto Lexus Media)

É o Lexus mais vendido na Europa e, na nova geração e primeira versão Plug-in da marca, deixa a impressão de o êxito ser para continuar. O NX450h+ oferece-nos a qualidade habitual, dinâmica mais apurada, correções importantes e prestações de autonomia elétrica e consumo à altura do que se espera de “mestres” na hibridização. O preço, 77 099€ é o que pode esperar-se num Premium bem equipado.

A identidade, mesmo que as formas sejam mais europeias, continua logo estampada na grelha fusiforme, maior e com outra malha. Ganha agressividade o SUV que apresenta também uma traseira (chamam-lhe “condensada”) mais sóbria e conseguida que perde o emblema para ganhar a inscrição Lexus em letras cromadas, a exemplo do que acontece com a designação. Não falta a barra de luz transversal, desligada dos grupos óticos. Um automóvel que emana força, tem presença e os laivos da modernidade do design da escola japonesa. Não deixa dúvidas: é um Premium.

Por dentro, o desfile de qualidade habitual. Escolha criteriosa de materiais, acabamentos irrepreensíveis, ambiente de nível superior. Revolução maior a digitalização completa e uma nova conceção do painel que tem o grande ecrã central de 14 polegadas agregado. Interessante a preocupação de manter uma pala sobre os instrumentos e depois acompanhada pelo crescimento em altura do monitor tátil do infoentretenimento.

O sistema ganhou rapidez, a Lexus perdeu alguns complexos olhando ao que faz a concorrência europeia, ainda assim, é para mim um mistério como não vão mais longe os japoneses no software e respetivo grafismo. O que não perderam foi a oportunidade de reduzir os botões físicos de 75 para 48, salvaguardando (das dedadas), designadamente, arte dos comandos do ar condicionado e o volume do rádio.

Bem  construído, qualidade à vista, sistema hÍbrido competente, grande autonomia elétrica e consumos honestos, o novo Lexus NX450h+ é um SUV que marca da melhor forma a estreia da Lexus no mundo dos Plug-in. Não tem temperamento desportivo, mas é um grande estradista

Cockpit dividido pela consola, com uma boa caixa sob o apoio de braços, consola com uma seletor de marcha tradicional, botão dos modos de condução, um pouco “pendurado”, mas à mão e prático de usar. Travão de parque elétrico e outros comandos estão igualmente na consola.

Habitabilidade melhorada e boa mala

Maior em todas as medidas, sobretudo na distância entre eixos (3 cm) e com vias mais largas, tudo a partir de nova plataforma, o Lexus NX450h+ ganha na habitabilidade, muito boa atrás e com o espaço necessário à frente para não haver conflito de cotovelos. A bagageira, tratando-se de um Plug-in, dispensa grandes reparos: 545 litros de capacidade aumentável até aos 1436 litros com os bancos traseiros rebatidos.

Com muito do RAV4, este Lexus recorre ao bloco 2.5 de ciclo Atkinson, a debitar 185 cv, que é combinado com dois motores elétricos: um dianteiro, com 182 cv, outro, mais pequeno no eixo traseiro, com 54 cv. Daí, quatro rodas motrizes, geridas pelo sistema E-Four. A caixa de velocidades continua a ser de variação contínua, para mim – saúda-se!-  mais apurada e silenciosa do que nos Toyota. A  bateria de iões de lítio para alimentar o sistema tem 18,1 kw de capacidade.

A capacidade do conjunto é de 309 cv, o binário combinado não é anunciado, mas a verdade é que NX450h+ responde sempre pronto às solicitações do acelerador e não ficam dúvidas sobre a sua capacidade. E nem é preciso ir ao modo Sport para o confirmar; os outros são o EV (100% elétrico), HV (híbrido), Auto (que faz a melhor gestão da bateria) e CHG (que permite ir carregando a bateria à custa do motor de combustão).

Boa autonomia, consumos honestos, sistema eficaz

Tive oportunidade de cumprir uma centenas de quilómetros com o novo Lexus e em termos de autonomia elétrica, num misto de cidade e estrada, com quatro pessoas a bordo e carga razoável fiz 61 quilómetros em emissões zero e ao fim dos primeiros 100 quilómetros o computador de bordo indicava 2,4 litros aos 100. Faz-se seguramente melhor e a marca promete entre 69 e 76 quilómetros de autonomia (89/98 em cidade) e um consumo de 1 litro/100 km.

Com a bateria descarregada e num SUV que anda pelas 1duas toneladas, os valores, em estada, oscilaram entre os 5,3 e os 5,7, com 5,6 em autoestrada respeitando os 120 km/h. São valores muito honestos e que comprovam que nisto de híbridos, agora também Plug-in, a experiência conta muito…

O sistema funciona sem sobressaltos e há sempre uma reserva e energia. É o self-charging hybrid que, segundo a Lexus, garante que os consumos sejam 30 por cento mais baixos do que a sua concorrência. É difícil testar e provar, mas que fica a ideia de diferença, isso fica!

Em termos de condução, encontrei um automóvel de suspensão firme, sem prejudicar o conforto, suportando bem as transferências de massas, mas, ainda assim, sem temperamento agressivo a curvar. Desembaraçado o bastante, claro, mas com filosofia de estradista. Direção equilibrada para um SUV, travões progressivos, o que não surpreende quanto tudo conta para regenerar energia.

Bom equipamento e pormenor a rever

Importa relembrar que o Plug-in só faz sentido se houver a possibilidade de o carregar todos os dias. Neste caso, temos um carregador de bordo com 6,6 kW o que significa duas horas e meia para “atestar” a bateria. Uma situação a rever pela Lexus, pois  já se vai mais longe na concorrência – 11 kW…

Guiei uma versão Executive com um pacote de equipamento considerável. Designadamente: faróis bi-LED, cruise control adaptativo, monitor de ângulos mortos, sistemas pré-colisão dianteira e traseira, leitura de sinais, ecrã multifunções compatível com ApplePlay e Android Auto, carregador wireless, retrovisores com recolha automática e regulação elétrica, sensores de chuva, luz, nevoeiro e estacionamento, volante multifunções em pele, ar condicionado bizona, bancos dianteiros aquecidos elétricos com oito regulações, porta da mala eletrificada, deteção de ciclistas e peões, assistência à manutenção na faixa e rodagem, vidros escurecidos, jantes maquinadas em liga leve de 18 polegadas.

Bem construído, qualidade à vista, sistema hibrido competente, grande autonomia elétrica e consumos honestos, o novo Lexus NX450h+ é um SUV que marca da melhor forma a estreia da Lexus no mundo dos Plug-in. Não tem temperamento desportivo, mas é um grande estradista.

A garantia dada pela Lexus é de sete anos ou 160 000 km e de 10 anos para o sistema híbrido.

FICHA TÉCNICA

Lexus NX 450h+ Executive

Motor: 2 487 cc, gasolina, injeção mista, ciclo Atkinson

Potência: 185 cv/6 000 rpm

Binário máximo: 227 Nm/3 200-3 700 rpm

Sistema híbrido: motores elétricos transversais à frente (182 cv/221 Nm) e atrás (54 cv/121 Nm)

Bateria: iões de lítio, 18,1 kWh

Tempo de carga: 2,5 horas (carregador de 6.6 kW)

Potência combinada: 309 cv

Binário combinado: Não divulgado

Transmissão: caixa de transmissão contínua (e-CVT)

Aceleração 0-100: 6,3 segundos

Velocidade máxima: 200 km/h

Consumo:  média – 1 litro/100 km

Emissões CO2: 22 g/km

Autonomia: 69/76 km (89/98 em cidade)

Dimensões: (c/l/a) 4 660/1 865 1 660

Peso: 2 065 kg

Bagageira: 545/1 436 litros

Preço: 77 099€