Responsável por quase 30 por cento das vendas mundiais da Mazda, o CX-5 foi uma vez mais retocado mas a novidade sonante é a inclusão na gama do motor 2.0 Skyactiv-G com sistema de desativação de cilindros. Agora, o SUV nipónico pode rolar em dois cilindros ou mesmo “à vela”, com o corte de combustível nos quatro cilindros.

 

O sistema nada tem de revolucionário, várias marcas o utilizam (a própria Mazda estreou-o no 3) com soluções diversas, mas prova a aposta séria da marca em prosseguir a inovação nos motores “tradicionais”. O emblema japonês, fiel ao princípio de que muita água vai ainda correr sob as pontes, está atento aos sistemas de eletrificação (já tem Mild Hybrids), aos elétricos (o primeiro está na calha), mas nem por isso desiste da gasolina nem do Diesel… E até a solução Wankel, está prometido, vai ser recuperada para extensores de autonomia… Um caminho especial, este que a Mazda quer trilhar.

A versão 2.0 com desativação de cilindros tem preços a partir dos 32 910 euros, o Diesel arranca nos 41 511 euros e o mais barato dos 4×4 custa 62 176 euros. A comercialização já começou.

O 2.0 Skyactiv-G, com 165 cv, tem versões de transmissão automática e manual, mas só esta surge equipada com a desactivação de cilindros. A função desliga dois cilindros (1 e 4) em situações de pouca carga, portanto quando se rola a baixa velocidade. Reduzem-se assim as perdas por bombeamento e a resistência mecânica.

“O volume de entrada de ar”, explica, “as taxas de injeção de combustível e o tempo de ignição são controlados com precisão, para permitir que o motor mude suavemente entre a operação a dois cilindros e quatro cilindros, reduzindo o consumo de combustível e as emissões de CO2”.

Indicador no ecrã central mostra quantos cilindros estão a funcionar

A mudança é muito suave e tomamos conta dela através de indicação no monitor de eficiência visível no ecrã central (ver foto), que nos diz se rolamos com os quatro cilindros em funcionamento, apenas dois ou na “roda livre” dos tempos modernos, sem injeção de combustível em nenhum cilindro.

O consumo combinado WLTP anunciado é de 7,2/7,1 litros aos 100 e as emissões de CO2 de 163/160 g/m

À parte esta novidade, o modelo, lançado em 2012, permanece inalterado esteticamente: apenas mudam os emblemas e o lettering e surge uma nova cor – Polymetal Grey Metallic, a qual incorpora flocos de alumínio brilhante e pigmentação opaca.

No interior, destaca-se o aumento do ecrã central, que passa a ter oito polegadas, e a adoção de luz ambiente em LED.

A Mazda anuncia melhores resultados em termos de insonorização, vibrações, designadamente na direção (recebeu amortecimento), e aspereza. O sistema City Break passa a contar com deteção noturna de peões e o sistema de luzes automáticas beneficia de ativação antecipada.

A gama inclui ainda a motorização 2.5 de 194 cv a gasolina e os Diesel 2.2 de 150 cv e 184 cv, este com tração integral. Todos estão equipados com caixa manual ou transmissão automática (agora com patilhas no volante de série), ambas de seis velocidades.

As versões ficam reduzidas a três, Evolve, Excellence e Special Edition. Todas contam com faróis em LED, start/stop, travão de estacionamento eletrónico, ar condicionado automático, cruise-control, sensores de luz, chuva e estacionamento e detetor de ângulo morto. A navegação custa 400 euros. Na versão intermédia, a mais vendida, acrescem as jantes de 19 polegadas, iluminação full-LED com faróis adaptativos, mostradores TFT a cores, head-up display projetado no para-brisas, câmara traseira e radar cruise control.

A versão 2.0 com desativação de cilindros tem preços a partir dos 32 910 euros, o Diesel arranca nos 41 511 euros e o mais barato dos 4×4 custa 62 176 euros. A comercialização já começou.