Um rosto bem diferente para o renovado ASX (Foto Mitsubishi)

Silhueta elegante continua a distinguir o o pequeno SUV (Foto Mitsubishi)

Difusor redesenhado numa traseira que mantém robustez (Foto Mitsubishi)

Interior simples com novos ecrãs e digitalização total (Foto Mitsubishi)

ASX exibe das melhores derivações do Dynamic Shield (Foto Mitsubishi)

Solução original para as luzes diurnas (Foto Mitsubishi)

Luzes traseiras já adotam a transparência (Foto Mitsubishi)

Várias medidas e desenhos para as jantes (Foto Mitsubishi)

Designação com história na marca nipónica (Foto Mitsubishi)

O Mitsubishi ASX já exibe novo rosto, a exemplo do Renault Captur do qual deriva, ao abrigo da política de manter a marca nipónica na Europa. Não dispensa a grelha Dynamic Shield e o emblema dos diamantes para fazer a diferença. De resto, como a versão anterior mantém qualidades que o fizeram mais notado do que alguns esperavam. Tem preços desde 24 600€.

Além da frente, muito mais elaborada e conseguida – será mesmo a melhor das adaptações do Dynamic Shield –, capô elevado e horizontal, nova assinatura luminosa, as diferenças cingem-se à grande inscrição Mitsubishi em relevo cromado já adotada na traseira, esta com luzes agora transparentes, e, claro, à presença do símbolo dos diamantes onde podia haver referência à Renault…

No interior, é evidente que não falta plástico, é assim neste segmento, mas a construção e o acabamento passam sem reparos num ambiente simples mas agradável. A digitalização, renovada, abrange o painel de instrumentos (7”) e o ecrã central tátil (10,4”), verticalizado como de costume, e que inclui um teclado para as funções de climatização sempre muito útil e a dispensar uma série de ações que só ajudam a distrair… Menos simpático no habitáculo é a presença de um travão de mão convencional na versão de entrada que conduzi, um Kaiteki.

Em termos de habitabilidade, uma oferta muito razoável, principalmente no banco traseiro, onde duas pessoas viagem com algum desafogo, facilitado pela possibilidade de passar os pés sob o lugar da frente. Acesso e altura ao tejadilho não põem problemas. O túnel central e a própria definição de espaço do lugar do meio, condicionam a utilizam com cinco passageiros.

Banco traseiro deslizante

Pormenor sempre a relevar a possibilidade de mover longitudinalmente o banco traseiro, no caso 16 cm. Em função disto, a bagageira, que tem um grande e prático fundo falso (base amovível), oferece uma capacidade que vai dos 422 aos 536 litros. Com os bancos rebatidos (60×40) o espaço disponível alberga 1 275 litros. É claro, mais espaço para bagagem, mais limitações na habitabilidade traseira.

O renovado Mitsubishi ASX, nA versão de entrada de gama, motorizada pelo três cilindros 1.0 turbo de 90 cv apresenta-se como proposta interessante para quem quer um pequeno SUV, honesto na capacidade, cómodo, espaçoso, boa bagageira, a versatilidade do costume, consumos e preços equilibrados para estas ofertas

No que respeita à condução, este ASX 1.0 Kaiteki, entrada de gama* com os seus 90 cv, revela desembaraço suficiente para quem não esteja à espera de grandes acelerações ou muito nervo. As prestações são esclarecedoras: 14 segundos na aceleração 0-100 e 170 km/h em velocidade de ponta. É um bom rolador, comporta-se muito bem a baixa rotação, mas se a estrada empina acaba por apelar ao recurso à caixa manual de seis velocidades, agradável de manusear.

Boa presença em estrada para um SUV que ganhou outra personalidade (Foto Mitsubishi)

Com uma suspensão que privilegia a comodidade, como é habitual, o ASX revela eficácia suficiente para inspirar segurança, ainda que, quando se força o ritmo, possa sentir-se balanceamento ligeiro nas transferências de massas. Isso não o impede de portar-se com galhardia em alguns “atrevimentos”, a confirmar uma boa relação conforto/eficácia.

Nos maus pisos ressente-se e faz-se ouvir. De qualquer modo, a geometria da foi revista, bem como a afinação dos amortecedores. A calibração da direção assistida foi também alterada, aspeto que sempre melhora a resposta de um SUV que tem na agilidade um bom argumento.

Consumo aceitável

No que respeita a consumos, bem sei que num automóvel com pouco mais do que a rodagem feita, consegui uma média geral de 6,8 l/100 km, num percurso que teve de tudo um pouco e não deixou de incluir a autoestrada, cumprida a 120 km/h “cravados” no cruise control. É um valor aceitável, ainda que longe dos 5,9 anunciados pela marca no combinado.

Em termos de equipamento, a Mitsubishi propõe um pacote interessante para esta versão de entrada na gama. A saber: faróis dianteiros Full LED com máximos automáticos, acesso sem chave, painel de instrumentos digital de 7”, ecrã central (SDA) 10,4” com Apple CarPlay & Android Auto Wireless, ar condicionado automático, cruise control com limitador de velocidade, sensor de luz e chuva, câmara de marcha atrás com sensores de estacionamento, volante em pele sintética, barras de tejadilho, vidros traseiros escurecidos, jantes Flex 17”,  ECALL. Não faltam, nas ajudas à condução, a travagem de emergência, reconhecimento de sinais de trânsito, sistema de manutenção em faixa e aviso de saída, monotorização dos pneus e mitigação de colisão frontal.

O renovado Mitsubishi ASX, na versão de entrada de gama, motorizada pelo três cilindros 1.0 turbo de 90 cv apresenta-se como proposta interessante para quem quer um pequeno SUV, honesto na capacidade, cómodo, espaçoso, boa bagageira, a versatilidade do costume, consumos e preços equilibrados para estas ofertas.

A garantia é de cinco anos ou 100 mil quilómetros.

FICHA TÉCNICA

Mitsubishi ASX 1.0 90 cv Kaiteki

Motor: 999 cc, três cilindros, turbo

Potência: 90cv/4 600 rpm

Binário máximo: 160 Nm/2 000 – 3 500 rpm

Transmissão: caixa manual de seis velocidades

Aceleração 0-100 km/h: 14 s

Velocidade máxima: 170 km/h

Consumo: combinado – 5,9 l/100 km

Emissões CO2: 134 g/km

Peso: N/D

Dimensões: c/l/a – 4,238/2,003/1,585 –

Bagageira: 422/536/1 175 litros

Preço: 24 600€ (21 758€, com financiamento)

*A gama inclui ainda, com a mesma motorização, uma versão bifuel de 100 cv, desde 25 700€; e dois mild hybrid de 12 v com com base no motor 1.3 de 140 cv, a partir de 27 700 €; e, no topo da oferta, uma opção mais musculada, com 160 cv e caixa automática de sete velocidades.