Chama-se Kiiro, amarelo em Japonês, está associado ao mais recente filme de Batman e é uma série especial do Nissan Juke, por cá limitada a 350 das cinco mil unidades produzidas. Imagem e ambiente fazem a diferença, mas liga bem com a irreverência do crossover nipónico, agora sobre plataforma Renault e ainda motorizado pelo 1.0 de três cilindros a debitar 114 cv. Custa desde 26 150€.
Tem o atrativo de uma certa exclusividade, até no bitom cinzento e preto, pontuado pelos pormenores de amarelo e pelas colagens gráficas em torno do tejadilho e nos retrovisores. Claramente tem, igualmente, um público alvo, mas é trabalho interessante sobre a segunda geração do Juke, beneficiada pela aumento da plataforma (7 cm) e da distância entre eixos (10 cm). São aspetos que contribuíram para emprestar ao pequeno subcompacto de estilo SUV coupé e caraterísticas desportivas, outra versatilidade e mais espaço, tanto no que se refere à habitabilidade como ao volume da bagageira.
O interior reforça esta imagem de jovialidade desportiva e, aquela construção a que a marca nos habituou, ajuda à sensação de bem estar num ambiente modernaço q.b, com um volante multifunções de boa pega e dimensão, base romba, consola elevada (incluindo anel em alumínio para suporte do seletor de velocidades) e bancos à altura do que se espera de automóvel assim, filosofia desportiva com bom apoio lateral. É um Juke apelativo também pela pele pespontada em amarelo no tablier, solução seguida nos forros das portas, nos bancos e no apoio de braços.
Imagem e exclusividade dão o tom – em cinza, preto e amarelo – ao Nissan Juke Kiiro, série limitada a 350 unidades que assenta muito bem à segunda e muito melhorada geração do crossover nipónico. Muito jovial, cumpre bem o seu papel
O resto é um Juke, pois claro, nesta caso com mais espaço, salvo para arrumações, e outro desafogo no banco traseiro, onde as pernas se movem com mais à vontade. Não se esperem milagres, mas melhorou significativamente, menos na altura, afinal resultado óbvio na linha descendente do tejadilho, ainda assim pouco penalizadora
A bagageira, que permite jogar com um fundo falso, tem 422 litros de capacidade e com os bancos rebatidos permite chegar aos 797 litros, sem passar das marcas. O plano de carga é alto e grande o desnível para o fundo. A chapeleira é cartonada e articulada com a abertura do portão.
Nova plataforma e três cilindros honesto
Agora assente na plataforma usada pelos Renault Clio e Captur, ligeiro e ágil, este Nissan Juke Kiiro tinha a caixa automática de dupla embraiagem de sete velocidades, mexeu-se sempre muito bem, sem ser um modelo de rapidez. A diferença é significativa quando se liga o modo Sport no interruptor na base do seletor de velocidades, especialmente na comparação com o modo ECO que faz-se realmente sentir. O modo Standard estabelece uma ponte equilibrada entre os extremos das escolhas.
Tudo isto à custa de um três cilindros que não merece reparos em termos de vibrações ou sonoridade e que se revela muito generoso na entrega da potência. De todo o modo, a insonorização deixa sentir oalguns ruídos aerodinâmicos, quando se rola mais depressa, As prestações, penalizadas na aceleração pela caixa automática (11,1 s de 0 a 100/180 km/h de velocidade máxima) deixam perceber que não podem pedir-se milagres. No que respeita a consumos, a média geral ficou-se nos 6,8. Pareceu-me capaz de melhor!
Curva muito bem e a direção revela o “peso” adequado para manter na linha um eixo dianteiro obediente. E marca pontos a resposta da suspensão que nos transmite confiança. Diferente daquelas “tábuas” mais desportivas, o Juke agarra-se à estrada com afinco e resiste bem às bruscas mudanças de direção. Isto sem que o compromisso da suspensão nos faça sentir aos baldões no habitáculo quando se usa um andamento mais forte. Os bancos desportivos dão uma ajuda nesse particular.
Caixa automática de sete velocidades com boa gestão
A caixa automática de sete velocidades, sempre cómoda de utilizar, não prima pela rapidez se a ideia for utilizar as patilhas no volante, à procura de outro envolvimento na condução. De todo o modo, a gestão é muito criteriosa e com mais travão ou acelerador consegue-se um bom compromisso, até porque não se notam hesitações e a relação certa aparece engrenada. Indiscutivelmente, e sem surpresa, é outro conforto na condução num carro já de si agradável de manobrar, daqueles com os quais se cria uma relação quase imediata.
Em termos de equipamento, este Kiiro é muito bem apresentado: ar condicionado automático, bancos desportivos em pele e tecido, volante multifunções em pele, luz ambiente na consola e portas, travão de mão elétrico, cruise control adaptativo, sistema de anticolisão frontal com assistência e reconhecimento de peões e ciclistas, manutenção em faixa, faróis full LED inteligentes, ecrã de 8” polegadas compatível com Android Auto e Apple CarPlay, reconhecimento por voz, câmara traseira, sensores de luz e chuva, chave inteligente e botão start/stop, entradas USB à frente e atrás, vidros traseiros escurecidos, carroçaria bitom personalizada, spoiler traseiro, jantes em liga leve negras de 19 polegadas.
Imagem e exclusividade dão o tom – em cinza, preto e amarelo – ao Nissan Juke Kiiro, série limitada a 350 unidades que assenta muito bem à segunda e muito melhorada geração do crossover nipónico. Muito jovial cumpre bem o seu papel.
A Nissan dá uma garantia de três anos sem limite de quilómetros.
FICHA TÉCNICA
Nissan Juke Kiiro
Motor: 999 cc, três cilindros, turbocompressor, injeção direta, start/stop
Potência: 114 cv/5 000 rpm
Binário máximo: 200 Nm/3 000 rpm
Transmissão: caixa automática de dupla embraiagem com sete velocidades; patilhas no volante
Aceleração 0-100: 11,1 s
Velocidade máxima: 180 km/h
Consumos: média WLTP – 6,1 L/100
Emissões CO2: média – 139 g/km
Bagageira: 442/797 litros
Preço: versão ensaiada – 27 750€; desde – 26 1500€, caixa manual