Mais uma solução motriz para um SUV de sucesso (Foto Newsroom Nissan)

Só as jantes e a discreta inscrição na porta marcam a diferença quando visto de perfil (Foto Newsroom Nissan)

Sempre uma imagem de robustez e pisar afirmativo (Foto Newsroom Nissan)

Evolução mantém equilíbrio das proporções (Foto Newsroom Nissan)

Qualidade e sobriedade bem apresentadas (Foto Newsroom Nissan)

Diferença no painel de instrumentos com três fundos selecionáveis (Foto Newsroom Nissan)

Ecrã central tátil tem 12,3 polegadas como o TFT (Foto Newsroom Nissan)

Climatização separada com comandos práticos (Foto Newsroom Nissan)

Consola bem arrumada e com punho no seletor (Foto Newsroom Nissan)

Espaço bem aproveitado (Foto Newsroom Nissan)

Carregador wireless para smartphones (Foto Newsroom Nissan)

Bons materiais e acabamento muito cuidado (Foto Newsroom Nissan)

Bancos em pele sintética aquecidos e com função de massagem (Foto Newsroom Nissan)

Boa habitabilidade nos lugares traseiros (Foto Newsroom Nissan)

Bagageira com 480 litros penalizada pela bateria e subwoofer (Foto Newsroom Nissan)

Um toque de agressividade na dianteira (Foto Newsroom Nissan)

Proteção no para-choques, cuidado habitual num SUV (Foto Newsroom Nissan)

Uma sigla para a diferença nos eletrificados (Foto Newsroom Nissan)

Compromisso interessante o sistema e-Power que equipa o Nissan Qashqai e nos remete para um elétrico a gasolina. A solução não é inédita, o resultado merece que se façam contas, sobretudo comparando com um híbrido convencional. Os consumos são honestos e a autonomia, essa impressionante. Tem preços a partir dos 42 800€.

O e-Power passa por uma bateria de alta potência (2,1 kWh) e distingue-se por ser um sistema em que apenas o motor elétrico (190 cv) faz funcionar as rodas. Um original três cilindros 1.5 turbo (156 cv) com relação de compressão variável serve para alimentar um gerador, o qual através de um inversor passa a energia para a bateria ou o motor elétrico semelhante ao que encontramos noutros Nissan.

A capacidade do motor variar a relação de compressão (entre 8:1 e 14:1) significa a utilização de um atenuador que altera o comprimento do curso do pistão com as necessidades de potência.

Tecnologia à-parte, aquilo que a Nissan pretende, relegando o Plug-in e deixando o hibrido tradicional para a partilha com a Renault no Juke, é uma solução de compromisso a caminho da eletrificação total capaz de maximizar o desempenho através de uma entrega pronta do binário como se verifica nos 100 por cento elétricos, até por também termos um sistema de velocidade única.

Um elétrico carregado por um motor a gasolina é a aposta da Nissan com o Qashqai e-Power, numa solução para contrapor aos híbridos convencionais. Agradável de guiar, tem prestações vulgares, não é guloso e oferece a autonomia de um Diesel. O resto é conhecido

Na prática, de facto, o Qashqai e-Power é muito agradável de guiar, tem uma resposta linear mas não se revela particularmente explosivo, mesmo que a aceleração 0-100 se faça em 7,9 segundos. Aliás, as prestações estão na linha dos híbridos, se acrescentarmos os 170 km/h em velocidade de ponta.

Regeneração com função B e e-Pedal

Agradável é dispormos de sistemas como o e-pedal ou, em alternativa, a função de reforço da regeneração no selector de marcha, a função B na disposição habitual do punho prático de utilizar: R,N,D/E. O primeiro, que não leva à paralisação total, continua a ser de utilização particularmente agradável na cidade.

Com capacidade para fazer meia dúzia de quilómetros em modo elétrico, e de arrancar sempre em silêncio absoluto, o Qashqai e-Power em termos de comportamento dinâmico mantém as caraterísticas conhecidas, combinando muito bem o conforto com a eficácia em curva, o que significa boa resistência ao balanceamento da carroçaria, sempre natural num SUV, relativamente alto.

Depois do adeus ao Diesel, um híbrido com tração apenas elétrica (Foto Newsroom Nissan)

De resto, boa posição e condução, direção bem doseada e travões de muito bom tato, se levarmos em conta a receita habitual nos automóveis em que se aproveita a regeneração. O ruído do motor a combustão está bem filtrado.

Consumos honestos, também melhores em cidade

E a economia? Não fiquei desapontado. Em 130 quilómetros, percurso suburbano e autoestrada, a média foi de 6,4 L/100 numa condução despreocupada. A medição menos rigorosa em cidade, já que nunca encontramos a mesma situação, sobretudo em dias de fim-de-semana, apontou para os 5,3 L/100 valor mínimo anunciado pela Nissan. Mas fiz por poupar!

Impressionante é que em resultado de um depósito de 55 litros a autonomia prometida eram mais 780 quilómetros, o que daria 910 quilómetros… até parece um Diesel.

Sobre o Qashqai e a sua imagem está tudo dito, todos o conhecem.

No interior, e muito em especial nesta versão Tekna+, o topo de gama é interpretado com base numa qualidade percebida feita de bons materiais e bom gosto. Além de construção e acabamento criteriosos. O tablier tem poucas peças para reforçar a imagem de robustez. Plástico almofadado, pele sintética pespontada, decoração sóbria. Gosta-se!

Depois a digitalização (painel com três cenários), ecrã central sob a forma de tablet aposto ao centro do tablier, volante multifunções com dimensões e pega apropriadas, os estofos em pele com acabamento requintado, consola a destoar pela frieza, mas bem arrumada. Um ambiente moderno, acolhedor e que enche a vista.

Em termos de habitabilidade, à frente não há conflito de cotovelos; atrás (banco elevado) respira-se à-vontade, a até a altura dos lugares dianteiros, a deixar passar os pés por baixo, dão uma ajuda na comodidade. Que a altura também facilita, como a dimensão e amplitude das portas. A baixar a média só a bagageira, com 480 litros, penalizada pela bateria. O plano de acesso é elevado, mas alinha com o fundo.

Super recheio no equipamento

Quanto a equipamento, a oferta da Nissan é notável. Ora tome nota: faróis adaptativos com máximos automáticos em LED, luz de marcha atrás na mesma tecnologia, sensores de luz e chuva automáticos, chave inteligente, botão start/stop, três modos de condução, travão de mão elétrico, câmaras de marcha atrás com guias e sensores e de 360 graus, travagem automática, leitura de sinais, cruise-control inteligente, aviso de ângulo morto, sistema de manutenção na faixa de rodagem, painel de instrumentos full TFT e ecrã central tátil ambos de 12,3” com navegação, head-up display no para-brisas, atualização de mapas, rádio DAB, sistema Bose com dez colunas e caixa de baixos na mala, bluetooth, compatibilidade com Amazon Alexa e Google Assist, entradas USB-A e USB-C atrás e à frente, ar condicionado automático bizona com saídas para trás, volante multifunções em pele aquecido, bancos em pele elétricos aquecidos e com função de massagem à frente, bagageira inteligente, vidros escurecidos, jantes de 20 polegadas.

Um elétrico carregado por um motor a gasolina é a aposta da Nissan com o Qashqai e-Power, numa solução para contrapor aos híbridos convencionais. Agradável de guiar, tem prestações vulgares, não é guloso e propõe a autonomia de um Diesel. O resto é conhecido.

FICHA TÉCNICA

Nissan Qashqai e-Power Tekna+

Motor: 1498cc três cilindros, turbo, intercooler, relação de compressão variável

Potência: 154 cv

Motor elétrico: 190 cv

Binário: 330 Nm

Bateria: iões de lítio, 2,1 kWh

Transmissão: automática, velocidade única

Aceleração 0-100 km/h: 7,9 s

Velocidade máxima: 170 km/h

Consumo: média – 5,4 litros/100 km

Emissões CO2: 122 g/km

Peso: 1 687 kg

Dimensões: c/l/a – 4,425/1,835/11,665 m

Bagageira: 480 litros

Preço: 48 750€, versão ensaiada; desde 42 800€.