Identidade clara com traços de outra modernidade (Foto Nissan Newsroom)

Músculo e elegância esculpidos com originalidade (Foto Nissan Newsroom)

Traseira elaborada e simples integra proteção inferior (Foto Nissan Newsroom)

Tejadilho panorâmico faz parte da oferta do SUV bem proporcionado (Foto Nissan Newsroom)

Qualidade em alta e digitalização em ambiente conseguido (Foto Nissan Newsroom)

Volante em pele multifunções com dimensões e pega ajustadas (Foto Nissan Newsroom)

Apresentação mais desportiva do painel de instrumentos (Foto Nissan Newsroom)

Escolha para privilegiar outro tipo de informação (Foto Nissan Newsroom)

Funções de massagem dos bancos dianteiros regulam-se no ecrã tátil (Foto Nissan Newsroom)

Ar condicionado e atalhos do infoentretenimento com comandos próprios (Foto Nissan Newsroom)

Conjugação de materiais de qualidade no tablier (Foto Nissan Newsroom)

Acabamento cuidado estende-se às portas dianteiras (Foto Nissan Newsroom)

Tomadas USB-A e USB-C à frente e atrás (Foto Nissan Newsroom)

Travão de mão elétrico e comandos dos modos de condução junto ao seletor de velocidades (Foto Nissan Newsroom)

Acabamento requintado para os estofos em pele sintética (Foto Nissan Newsroom)

Boa habitabilidade para os passageiros do banco traseiro (Foto Nissan Newsroom)

Bagageira cresceu e oferece curiosa modularidade com as placas do fundo (Foto Nissan Newsroom)

Portão elétrico é facilidade sempre a considerar (Foto Nissan Newsroom)

Solução bicolor assenta bem e reforça a imagem do tejadilho flutuante (Foto Nissan Newsroom)

Faróis full LED têm sistema inteligente (Foto Nissan Newsroom)

Tenologia LED também na traseira e até nas luzes de marcha atrás (Foto Nissan Newsroom)

Jantes de 20 polegadas dão outro peso ao Qashqai (Foto Nissan Newsroom)

O novo Qashqai cresceu em tudo e não apenas nas dimensões. Nem a qualidade foi esquecida quando já se ouviam alguns reparos. A Nissan tinha um padrão e elevou a fasquia. Mudou praticamente tudo, mas com pinças. Até a modernização das formas respeita o caráter de um produto que mantém a identidade e o ar de família. Podia consumir menos – esperava-se. Continua imperial no equipamento do Tekna+, topo de gama. Isso paga-se, claro: 43 950€. Mas nem é de mais… E custa não gostar!

Quando arrumei o Qashqai depois da primeira experiência ao volante, lembrei-me da apresentação do primeiro, naquele armazém escuro de Barcelona, em 2007. Foi um pedrada no charco e ficava claro o nascimento de algo novo. Agora, chegado à terceira geração, fechei a porta a pensar que o mais popular dos Nissan é como aquelas receitas das avós, continua bom e ninguém faz igual!

Está mais moderno, como é normal. A solução bicolor valoriza-o e alimenta a ideia do vistoso tejadilho flutuante. Tem músculo sem ser demasiado esculpido. A dianteira, rosto de família, foi bem tratada. O perfil é elegante. A traseira simples e bem resolvida. Só podia ser um Qashqai – e era isso, certamente que se pretendia. Ora, bem feito.

O novo Nissan Qashqai 1.3 DIG-T soube acompanhar os tempos e dotar-se de quanto é preciso para continuar a ser uma oferta de peso entre os SUV do segmento. Maior e mais espaçoso, cómodo, qualidade em alta, muito equipamento na versão Tekna+ com caixa automática e suspensão desportiva fica bem alto na escala da concorrência

No interior, e muito em especial nesta versão Tekna+, o topo de gama é interpretado com base numa qualidade percebida feita de bons materiais e bom gosto. Além de construção e acabamento criteriosos. O tablier tem poucas peças para reforçar a imagem do tratamento com “insecticida” anti parasitas ruidosos. Plástico almofadado, pele sintética, decoração sóbria a lembrar madeira escura, alguns cromados.

Depois a digitalização (painel com dois cenários), um mais convencional ecrã central sob a forma de tablet aposto ao centro do tablier, um volante multifunções com dimensões e pega apropriadas, os estofos em pele com acabamento requintado, consola a também não dispensar a pele. Um ambiente moderno, acolhedor e que enche a vista. Mais pontos a acrescentar.

Crescer em todos os sentidos

O aumento das dimensões (35mm no comprimento,32 mm na largura, 25 mm na altura e 20 mm entre eixos) serve fundamentalmente para dar corpo, peso e robustez ao Qashqai, o qual, neste caso, assenta bem nas jantes dominadoras de 20 polegadas. Mas há outros efeitos e importantes. Ganhou em habitabilidade o SUV nipónico. À frente não há conflito de cotovelos; atrás respira-se mais espaço, outro à-vontade, a até a altura dos bancos dianteiros, a deixar passar os pés por baixo, dão uma ajuda na comodidade. Que a altura também facilita, como a dimensão e amplitude das portas. E para manter a média alta, também a bagageira ganhou e oferece agora 504 litros de capacidade (+50), além de prática modularidade com as placas do fundo.

Sob este conjunto harmonioso, construído em cima de nova plataforma, a Nissan tem para já, debaixo capô, um motor 1.3 Turbo, mild hybrid de 12 volts, nesta versão a debitar 158 cv (há uma versão de 140 cv) e o binário de 260 Nm geridos por uma caixa CVT “desdobrada” em oito velocidades que tem o condão de passar despercebida no funcionamento e no ruído. Tem patilhas no volante, mas não espanta se disser que o envolvimento, apesar da resposta mais pronta, nunca é o mesmo, até em modo Sport, quando há um soprozinho de reforço, um acelerador mais lesto e outro “peso” na direção.

As versões com jantes de 20 polegadas juntam à receita uma suspensão desportiva que em vez de eixo de torção tem atrás um sistema multibraços (como nas versões 4×4). É um dado a considerar por aqueles que gostam de uma condução mais incisiva. Reflete-se num considerável resistência da carroçaria aos balanceamentos mais sensíveis nas zonas sinuosas, que impõe bruscas e frequentes  transferências de massas. O ESP faz-se então sentir, mas quem quiser pode, simplesmente, desligá-lo e praticar uma condução mais “solta”, situação da qual o Qashqai se sai bem. Outra pormenor a reter: não falta o autoblocante!

Rolador despacahdo e competente

E motor para isto? Os 158 cv não são exatamente explosivos, o peso conta (quase tonelada e meia, apesar da plataforma mais leve e das portas e capô em alumínio). Com a caixa automática a aceleração 0-100 é até melhor, 9,2 segundos contra 9,5 da opção manual, o binário também é superior e a caixa automática desembaraça-se muito bem, mas a filosofia é a de um rolador despachado e competente, cómodo também, um estradista, senhor de uma agilidade que o torna impressivo face às exigências maiores e agradável em meio urbano.

Os consumos não me surpreenderam e a verdade é que nem se dá muito pela solução mild hybrid que acompanha o 1.3 Turbo, sobretudo por a Nissan prometer “assistência ao binário, paragem do motor alargada e com reinício rápido e circulação até para nas versões com caixa X-tronic, tudo traduzido em melhorias na economia de combustível e emissões de CO2”. Verdade que não fiz muitos quilómetros, sobretudo em cidade. Mas também estive sempre só a bordo e sem bagagem. Daí 7,5 aos 100 de média  geral e 6,3 em autoestrada com o cruise control “cravado” nos 120 km/h parecerem-me números vulgares. Estes resultados traduzem uma condução normal em modo Standard, uma curta passagem pelo Sport mais exigente e a dispensa do Eco que, acredito, permitirá  números mais simpáticos.

Impõe-se dizer  que temos uma boa posição ao volante, regulações de sobra, ergonomia sem problemas, um sistema de infoentretenimento que, ainda melhor, podia ser mais atrativo, conetividade sem fios e, sublinhe-se, botões físicos para o ar condicionado e para os atalhos do ecrã.

Pacote de equipamento muito completo

Em termos de equipamento, a oferta da Nissan é notável. Ora tome nota: faróis adaptativos com máximos automáticos em LED, luzes de nevoeiro e de marcha atrás na mesma tecnologia, sensores de luz e chuva, chave inteligente, botão start/stop, três modos de condução, travão de mão elétrico, câmaras de marcha atrás com guias e sensores e de 360 graus, travagem automática, leitura de sinais, cruise-control inteligente, aviso de ângulo morto, sistema de manutenção na faixa de rodagem, painel de instrumentos full TFT com 12,3″, ecrã central tátil de 9″ com navegação, head-up display no para-brisas, atualização de mapas, rádio DAB e sistema Bose com oito colunas, bluetooth, compatibilidade com Amazon Alexa e Google Assist, carregador por indução, entradas USB-A e USB-C atrás e à frente, ar condicionado automático bizona com saídas para trás, volante multifunções em pele aquecido, bancos em pele elétricos aquecidos e com função de massagem à frente, bagageira inteligente, vidros escurecidos, suspensão desportiva multilink e jantes de 20 polegadas.

O novo Nissan Qashqai 1.3 DIG-T soube acompanhar os tempos e dotar-se de quanto é preciso para continuar a ser uma oferta de peso entre os SUV do segmento. Maior e mais espaçoso, cómodo, qualidade em alta, muito equipamento na versão Tekna+ com caixa automática e suspensão desportiva fica bem alto na escala da concorrência.

FICHA TÉCNICA

Nissan Qashqai 1.3 DIG-T mHEV 158 cv Tekna+

Motor: 1333 cc, gasolina, injeção direta, turbo, intercooler; mild Hybrid 12 V

Potência: 158 cv/5 500 rpm

Binário Máximo: 260 Nm/1800-4000 rpm

Transmissão: caixa automática CVT, oito velocidades, patilhas no volante

Aceleração 0-100: 9,2 segundos

Velocidade máxima: 199 km/h

Consumos: misto – 6,4 l/100

Emissões CO2: 145 g/km

Dimensões: (c/l/a) – 4425/1848/1625 mm

Bagageira: 504 litros

Peso: 1511 kg

Preço: 43 950€, versão ensaiada; desde 32 250€