É uma revolução na Opel e também, para mim, um dos modelos mais conseguidos no estilo e o SUV mais personalizado da marca. O novo Mokka, que chega no final do primeiro trimestre de 2021, com preços a partir dos 21 100 euros, tem tudo para conseguir entre nós o sucesso do seu antecessor na Europa, e aqui impedido pela política de portagens nas autoestradas. Este, que ainda não foi medido oficialmente, será Classe 1…
Construído sobre a plataforma modular do grupo PSA, o novo Opel Mokka propõe, logo de início, a opção elétrica (desde 36 100 euros), com um motor que disponibiliza 136 cv, alimentado uma bateria de 50 kw/h, que promete 324 quilómetros de autonomia no ciclo WLTP. A oferta contempla ainda motorizações a gasolina, assentes no 1.2 Turbo de três cilindros (100 e 130 cv), e dois turbodiesel: 1.2 também tricilindrico (100cv) e 1.5 (110 cv). A caixa automática de oito velocidades é opção no mais potente a gasolina; os outros têm uma transmissão manual de seis relações.
Inovador no estilo, jovem, propensão desportiva, tejadilho flutuante como se tornou comum o novo Mokka é marcado pela dianteira, uma solução batizada Vizor, em termos simples uma grelha fechada, como é comum nos elétricos, mas neste caso interpretada como superfície continua que integra os faróis (exclusivamente em LED). Solução muito vistosa, resulta particularmente bem nos modelos bitom em que o negro da grelha se projeta no capô, conferindo ao SUV alemão uma imagem original.
O novo Opel Mokka, que já pode ser encomendado, na rede de concessionários da Opel ou online, é proposta bem interessante e vem dotar a marca alemã de um pequeno SUV que representa grande salto na modernidade e está apto para a primeira linha da “guerra” no seu segmento
Perfil musculado através de formas fluidas, o Mokka tem uma traseira muito limpa, o remate certo para marcar uma imagem muito compacta e transmitir a ideia de automóvel particularmente robusto. Para isso contribuem também as rodas bem puxadas aos extremos a sugerir pisar afirmativo.
Original por fora e por dentro
A Opel promete que o Mokka representa o início de uma nova linguagem de design. E sendo assim não custa admitir que o interior é outro sinal para o futuro da marca alemã do Grupo PSA. Depois do Vizor é o Pure Painel, a digitalização do painel de instrumentos através de dois ecrãs que podem chegar às 22 polegadas (12”+10”), nas versões mais equipadas. Os modelos de entrada perdem essa dimensão para a divulgação dos dados, reduzida a 14 polegadas (7”+7”).
O efeito visual do Pure Painel é marcante e foi muito bem “encaixado” numa imagem geral de modernidade, conseguida com um design em que o rigor alemão se refresca sem perder aquela sobriedade muito própria. Como seria de esperar, botões e interruptores foram reduzidos ao mínimo, salvaguardo o lado prático com os comandos físicos para o ar condicionado.
Mais pequeno do que o modelo anterior (tem 4,15 metros, menos 12,5 cm), o novo Mokka tem um habitáculo generoso em termos de espaço, mesmo sem surpreender. A lotação é para cinco, o conforto para quatro. E quem se senta atrás não vai deixar de notar que a solução encontrada para o tejadilho, pilar C com custódia alargada, penaliza ligeiramente o acesso e a saída.
A bagageira não saiu penalizada pelas dimensões mais reduzidas, mantendo os 350 litros de capacidade e um fundo amovível que pode facilitar a arrumação.
Quatro escolhas de equipamento
Os níveis de equipamento serão quatro e transversais a toda a gama – Edition, Elegance, GS Line e Ultimate. Estarão disponíveis o alerta de colisão frontal com travagem automática e deteção de peões e o programador de velocidade adaptativo, com função stop&go nas versões de caixa automática. Como é habitual, não faltam os faróis IntelliLuz de matriz LED, que permitem conduzir sempre de máximos ligados, agora com 14 elementos, como no renovado Insignia. Pouco vulgar no segmento é a possibilidade de contar com bancos em couro aquecidos e com função de massagem.
No que respeita ao infoentretenimento, os sistemas multimédia compatíveis com Apple CarPlay e Androi Auto possuem comandos de voz integrador. O Opel Connect que disponibiliza navegação em tempo real, com informações de tráfego atualizadas e ligação à assistência em viagem faz parte da oferta.
Particularidades da versão elétrica
O Mokka-e, que pesa 1598 quilos, conta com um motor de 100 kw (136 cv) que disponibiliza 260 Nm de binário instantâneo. É alimentado por uma bateria de iões de lítio com 50 kW/h, a qual permitirá uma autonomia de 324 quilómetros, no ciclo WLTP. Tem três modos de condução – Normal, Eco e Sport –, acelera de 0 a 100 em 9 segundos e a velocidade máxima está limitada a 150 km/h. O consumo anunciado é de 17,4-17,8 kw/100 km, no ciclo WLTP:
Quanto a tempos de carregamento, numa wallbox de 11 kW (CA,trifásico), serão precisas cinco horas e um quarto; num posto rápido, bastam 30 minutos para conseguir 80 por cento da carga máxima.
A bateria conta com uma garantia de oito anos ou 160 mil quilómetros.
O novo Opel Mokka, que já pode ser encomendado, na rede de concessionários da Opel ou online, é proposta bem interessante e vem dotar a marca alemã de um pequeno SUV que representa grande salto na modernidade e está apto para a primeira linha da “guerra” no seu segmento.