O novo Peugeot 5008 já chegou a Portugal, com a novidade de a gama trazer o primeiro 100% elétrico de sete lugares, a par com uma versão mild hybrid de 48V e, em 2025, também um PHEV. Espaçoso, grande distância entre eixos, tem um estilo que não engana e um nível de qualidade a registar. Quanto a preços de entrada: €49 150, para o elétrico; €39 150, no caso do mild hybrid. O PHEV custará, no mínimo, €47 150.
O 5008 é um SUV com boa presença em estrada. Grelha inovadora, como habitualmente assinatura luminosa marcante, faróis ultra compactos, cintura elevada numa silhueta elegante, ombros largos, óculo traseiro inclinado. Transmite uma sempre importante imagem de robustez e é mais um Peugeot bem-apessoado.
A adoção do novo Panoramic I-cockpit é uma das mudanças. Trata-se de um longo painel de alta definição e grafismo apelativo com 21 polegadas, ligeiramente curvo e como que suspenso, ligado ao tablier apenas por um pequeno braço oculto. O efeito é interessante e vai minimizar as críticas de dificuldade na leitura da informação… Agrega dois ecrãs, informações de condução à esquerda; climatização, multimédia, navegação e conectividade à direita.
Em termos de habitabilidade, desafogo suficiente nos lugares dianteiros, muito espaço no banco traseiro, desde que não seja necessário utilizar os dois lugares da terceira fila. Para isso, o banco do meio pode avançar 15 cm e “dividir o mal pelas aldeias”; mesmo que a Peugeot reivindique habitabilidade referencial para sete passageiros e um acesso melhorado (um facto!) pelo original sistema “easy entry”, a solução condiciona o conforto. Nada que possa surpreender quem utiliza este tipo de veículos.
Uma gama totalmente eletrificada, em que pontifica o primeiro SUV de sete lugares de emissões zero, é aquilo que traz o arranque da nova gama do Peugeot 5008, a qual, em 2025 contará com uma bateria produzida em França, capaz de uma automia de 660 quilómetros, uma versão dual motor e um PHEV. O “leão” mantém o caminho…
A bagageira, fica sempre dependente do número de pessoas a bordo, a modularidade pode dar uma ajuda para ganhar espaço, mas com os sete lugares ainda oferece 348 litros de capacidade e duas vezes e meia mais, 916, com a terceira fila desarmada. Sem o banco central, 2 232 litros e uma base útil com dois metros.
Diferenças de conforto
Construídos sobre a plataforma média da Stellantis, 4,79 m de comprimento, existem diferenças claras entre a versão 100% elétrica e o mild hybrid, desde logo no que respeita ao conforto. A suspensão do E-5008, devido ao peso das baterias, tem uma afinação que acaba por garantir um nível de conforto superior. A versão eletrificada, revela uma suspensão seca e temperamental nos maus pisos de algumas estradas alentejanas, situação em que chega a ser sonora. Um pormenor a rever e pouco habitual nos Peugeot.
A versão 100% elétrica vem, para já, equipada com uma bateria de 73 kWh (origem BYD), que alimenta um motor síncrono de ímanes permanentes com 210 cv e 345 Nm de binário. É capaz de uma autonomia de 502 km no ciclo combinado e até 660 no ciclo urbano. Com arquitetura de 400V, conta com um carregador embarcado de 11 kW e aceita carga até 160 kW em corrente contínua, o que torna possível levar a bateria dos 20 aos 80 por cento da capacidade em meia hora.
Entretanto, no primeiro trimestre de 2025, espera-se uma bateria já fabricada em França, com 97 kWh, 230 cv e autonomia prometida de 668 km.
No trimestre seguinte, será lançada uma versão Dual Motor, com 320 cv e uma autonomia prometida de 500 km.
Elétrico desembaraçado, mild hybrid além da expetativa
Tração dianteira, a versão que está a ser comercializada tem um nível de prestações dentro do normal: 9,7 segundos de 0 a 100 km/h e 170 km/em velocidade de ponta. A resposta ao acelerador é pronta e o E-5008 revela-se, sem surpresa, desembaraçado quando é preciso ultrapassar e equilibrado em curva, obviamente beneficiando do centro de gravidade mais baixo e da colocação da bateria entre os eixos. Familiar com temperamento de bom rolador, deixa boa impressão. A Peugeot promete um consumo na ordem dos 17,7 kWh.
O E-5008 tem bomba de calor e a bateria tem oito anos ou 160 000 km de garantia para 70% da sua capacidade.
A versão eletrificada continua a usar a motorização 1.2 de três cilindros, completada por um sistema híbrido de 48V. São 136 cv de potência e 230 Nm de binário associados a uma caixa automática de dupla embraiagem que integra um motor elétrico (29 cv/55 Nm). A bateria tem 0,89 kWh de capacidade.
Segundo a Peugeot, graças a esta bateria que se recarrega durante a condução, a tecnologia oferece um binário suplementar a baixas rotações e uma redução de até 15% do consumo de combustível (5,8 l/100 km em ciclo misto WLTP). Em condução urbana, o novo 5008 pode funcionar até 50% do tempo em modo 100% elétrico com zero emissões.”
Ao volante, continua impressionar a capacidade de resposta deste motor e a sua elasticidade, a qual permite a um SUV destas dimensões e com o peso de 1 780 kg, andamentos e recuperações que, com três adultos a bordo, superam as expetativas. As prestações anunciada são de 11,3 segundos para a aceleração 0-100 e 200 km/h em velocidade de ponta.
A nova gama contará com dois níveis de equipamento, Allure e GT. O primeiro conta com jantes de 19”, ecrã duplo HD 2×10”, câmara traseira com sensores de estacionamento, acesso e ligação mãos-livres. O mais equipado tem jantes de 20”, ecrã panorâmico de 21”, faróis Pixel LED, portão traseiro motorizado, tejadilho preto e bancos em alcantara. As ajudas à condução, podem ultrapassar a casa das quatro dezenas.
Uma gama totalmente eletrificada, em que pontifica o primeiro SUV de sete lugares de emissões zero, é aquilo que traz o arranque da nova gama do Peugeot 5008, a qual, em 2025 contará com uma bateria produzida em França, capaz de uma automia de 660 quilómetros, uma versão dual motor e um PHEV. O “leão” mantém o caminho…