Frente trabalhada para outra agressividade e imagem desportiva (Foto Peugeot Media)

Jantes de 20" robustecem um perfil elegante (Foto Peugeot Media)

Saídas de escape negras e difusor (Foto Peugeot Media)

Imagem de qualidade num estilo conhecido e ainda original (Foto Peugeot Media)

Painel de instrumentos com diversas escolhas de apresentação (Foto Peugeot Media)

Indicação do fluxo de energia na informação do ecrã central (Foto Peugeot Media)

Caixa de oito velocidades também eletrificada (Foto Peugeot Media)

Patilhas fixas no volante para comando da caixa (Foto Peugeot Media)

Modos de condução selecionam-se em comando na consola (Foto Peugeot Media)

Bancos desportivos e espaço à frente (Foto Peugeot Media)

Reduzida altura do habitáculo pode penalizar quem viaja atrás (Foto Peugeot Media)

Grelha nova e polida e entradas de ar com apontamentos em verde (Foto Peugeot Media)

Lâminas no extremo do para-choques dianteiro apuram aerodinâmica (Foto Peugeot Media)

A mesma solução recriada na traseira (Foto Peugeot Media)

Assinatura luminosa singular no rasto da traseira (Foto Peugeot Media)

Jantes específicas de 20" com pinças verdes em destaque (Foto Peugeot Media)

Três garras em verde distinguem o 508 PSE (Foto Peugeot Media)

Se houvesse dúvidas quanto aos tempos de mudança que vivemos, o Peugeot 508 PSE confirma uma nova forma de olhar o mercado: um Plug-in passa a ser o mais potente automóvel da marca, com 360 cv, e ainda lhe acrescenta a tração integral. E o “cocktail” é bem saboroso. O preço é que ainda tem que se lhe diga: 68 885 euros…

Considero que análise de automóvel assim ainda tem de começar pelos resultados práticos, desempenho económico e ambiental. E em relação ao último aspeto, nota mais para a Peugeot que consegue homologar emissões de CO2 de 46 g/km no protocolo WLTP. E o resto?

Ora bem, oferta a privilegiar a potência, com as vantagens e condicionantes do Plug-in, o Peugeot 508 PSE anuncia-se capaz de uma autonomia elétrica de 46 km, o que não favorece a escolha fiscalmente e promete consumos da ordem dos 2 litros aos 100, contando com a ajuda da bateria. Eu consegui 4,1 confiando à eletrónica a gestão da bateria, optando desde o início pelo modo híbrido (ia fazer pouca cidade…), mas aceito que pode baixar-se este resultado.

Em modo híbrido puro, sem carga na bateria – e a capacidade de regeneração não foi de molde a impressionar –, os resultados andaram entre os 6,1 e os 8 litros redondos. Na autoestrada, a 120 geridos pelo cruise-control, o computador de bordo indicou 7,5 l/100. No fim, média geral de 7,3. É um valor simpático, sobretudo para quem faz uma escolha para a qual potência e binário pesam decisivamente e são uma tentação para os apreciadores de uma condução pautada pela vivacidade – com certeza, a maioria dos compradores. Mas há outros atrativos.

Plug-in tão especial que é o mais potente de sempre da casa, o Peugeot 508 PSE é daqueles automóveis de que custa não gostar. São 360 cv e 520 Nm de binário, tração integral e muita capacidade. Consegue ser económico, se for preciso, mas a autonomia elétrica fica aquém da fiscalidade…

Sem surpresa, tudo dependerá da forma como se encarar a escolha de um automóvel com 360 cv, um binário que garante prontidão assinalável na resposta ao acelerador (mesmo assim não conte com “explosões” de colar ao banco). No fundo, tem duas opções… acelera (e bem, digo eu) ou poupa, além de poluir menos! Mas claro, como em qualquer Plug-in, a escolha só faz sentido se tiver condições para carregar o 508 PSE todos os dias!

Registe que para ter a bateria “atestada”, precisa de sete horas numa tomada doméstica, quatro numa tomada de 16 amperes e menos de duas horas se puder usar uma wallbox de 32 amperes.

PSE em vez de GTI

Entrando na visão global do produto, convém explicar que PSE (Peugeot Sport Engineered) é a sigla que vem substitui o mítico GTI. Vamos habituarmo-nos a ela na marca do leão e vai trazer a outros modelos, como no 508, outra agressividade estética, a imagem desportiva que a marca de Sochaux, aliás, sempre trabalhou bem e sem recorrer a exageros.

Por isso, neste 508 PSE encontramos uma dianteira com outra grelha (polida) a sobressair num conjunto mais encorpado, entradas de ar com o interior da moldura em verde, cor das três garras que acompanham a designação (e ainda das pinças dos travões), e um pormenor a sobressair, as lâminas aerodinâmicas no extremo dos pára-choques, que vamos encontrar igualmente atrás. Não faltam proteções específicas na carroçaria, saídas de escape negras, difusor central em preto brilhante, e, enfim, umas imponentes jantes de 20 polegadas para compor a imagem desportiva. O leão é sempre representado em “dark chrome”. No mais o que se conhece do desenho conseguido deste automóvel muito premiado.

Por dentro, também a imagem conhecida, sobretudo dos GT Line, no caso com apontamentos em madeira no tablier em que se destaca o marcante o painel de instrumentos digital com apresentação alterável e o ecrã central de 10″, obviamente dotado da informação específica para um híbrido Plug-in. Os bancos são desportivos, oferecem o apoio e a comodidade que se espera, e lá está o emblemático pequeno volante, “achatado” em cima e em baixo, com as patilhas fixas para o comando das velocidades.

Para chegar ao seu novo porta-estandarte, a Peugeot juntou ao 1.6 PureTech de 200 cv a gasolina dois motores elétricos, um em cada eixo (110cv à frente, 113cv atrás), o que lhe permite oferecer quatro rodas motrizes, num conjunto gerido por uma caixa automática de oito velocidades também eletrificada. A bateria tem 11,8 kWh e o carregador embarcado é de 3,7 kWh (7,4 kWh em opção – €300).

Vias mais largas (24 mm, à frente; 12mm, atrás), menos distância ao solo e centro de gravidade mais baixo também por força da bateria que leva o peso para os 1 875 kg, este 508 PSE tem prestações à altura dos 360cv de potência combinada e do respeitável binário de 520 Nm: 5,2 segundos de 0 a 100 (3 segundos dos 80 aos 120!) e 250 km/h de velocidade máxima (140 em modo elétrico).

Eficaz numa condução muito viva

E tem ainda uma dinâmica muito capaz, potenciada pela amortização variável (três escolhas – Comfort, Hybrid, Sport) e, claro, pelo modo Sport que explora os 360cv, torna mais direta a direção, mais pronta a resposta do acelerador e otimiza a eletrónica do 1.6 PureTech. No máximo da capacidade, o 508 PSE nem precisa de um motor tonitruante para nos embalar numa condução muito viva e com uma capacidade notável em curva, primeiro pela assertividade, e, claro, a “enrijecida” suspensão ajuda, depois pela reserva de potência para uma saída em força. Vibrante até pela sensação de eficácia e segurança, mesmo que a eletrónica possa vir dar uma ajuda…

A caixa de oito velocidades eletrificada da Aisin dá razoável conta do recado, sem hesitações; recorrendo ao comando manual, pode, mesmo sem grande rapidez, encontrar-se alguma diversão. Mas vamos lamentar que as patilhas do volante sejam fixas, o que, nalgumas situações, torna a sua operação menos fácil. Os travões são menos penalizadores do que é habitual nos híbridos – e pedem muita utilização…

Tudo é diferente no modo Comfort, que permite-nos desfrutar disso mesmo, com outra macieza na suspensão, uma variação do modo Hybrid, que seleciona a propulsão, para otimizar o consumo. É a escolha lógica para o familiar estradista, que o deixará desembaraçar-se facilmente numa ultrapassagem. Há ainda o modo Electric e o 4WD, este para as situações de aderência precária.

Em termos de equipamento, a oferta é completa e contempla night vision, regulador de velocidade adaptativo com função Stop & Go, ajuda à manutenção na via, travagem automática de urgência, head-up display, faróis full-LED, ar condicionado automático, acesso mãos livres, navegação, bluetooth, sistema áudio focal com dez altifalantes, portão elétrico, ajuda ao estacionamento com câmara traseira.

Plug-in tão especial que é o mais potente de sempre da casa, o Peugeot 508 PSE, trabalhado pelo departamento desportivo da marca francesa, é daqueles automóveis de que custa não gostar. São 360cv e 520 Nm de binário, tração integral e muita capacidade. Consegue ser económico, se for preciso, mas a autonomia elétrica fica aquém da fiscalidade…

FICHA TÉCNICA

Peugeot 508 PS

Motor: 1598 cc, injeção direta, turbo, gasolina, híbrido plug-in

Potência: 200 cv

Sistema híbrido: dois motores, 11º cv à frente; 113 cv, atrás

Bateria: 11,5 kWh

Potência combinada: 360cv.

Binário máximo: 520 Nm

Transmissão: tração integral, caixa automática de oito velocidades, patilhas no volante

Aceleração 0-100 km/h: 5,2 segundos

Velocidade máxima: 250 km/h

Consumo misto: 2 litros/100 km

Autonomia elétrica: 46 km (WLTP)

Carregamento: sete horas, tomada doméstica; quatro horas a 16 amperes; duas horas, wallbox dde 32 amperes

Emissões CO2: 46 g/km

Dimensões: (c/l/a) 4 790/1 860/1 420 mm

Peso: 1875 kg

Bagageira: 530 litros

Preço: € 68 875