Um senhor Renault, o SUV Austral já disponível em Portugal apenas com versões eletrificadas: um full Hybrid e dois Mild Hybrid (12 V) e preços que vão dos 34 200€ aos 41 700€ para o auto recarregável que a marca francesa insiste, e bem, em produzir. Para ver com atenção.
Poder com sobriedade e elegância num design muito limpo é a imagem que a Renault transmite com este SUV do segmento C (4,51 m de comprimento), o qual preenche o lugar do Kadjar com outra presença e, atrevo-me, mais personalidade também.
Produto da nova vaga inaugurada com o Mégane elétrico, frente arredondada, destaca-se pela grelha axadrezada original envolvendo os faróis muito rasgados e pelas setas ligadas das entradas de ar laterais. O grande emblema “enche a frente” de um SUV de capô esculpido, alto q.b. (1,62 m) e com boa distância ao solo (17 cm), apesar disso bem assente na estrada. Cintura elevada, o perfil é discreto – a custódia vidrada aligeira o pilar C – e a traseira um bom trabalho de imagem e aproveitamento para um portão largo. Não faltam as proteções inferiores à frente e atrás e as defesas laterais com embaladeiras contrastantes.
Abiente high-tech com herança do Mégane elétrico
No interior, a herança marcante do painel openR, o “L” deitado (quase um metro quadrado!), também herdado do Mégane elétrico. Estende-se até à consola e oferece uma invulgar superfície dedicada à informação, antirreflexo, com um grafismo moderno e sóbrio. Volante multifunções quadrangular (!), incluindo o comando dos modos e patilhas no topo de gama Full Hybrid, agora chamado de Esprit Alpine em vez de RS Line, bons materiais e acabamentos e aí temos um daqueles automóveis de ambiente high-tech, conseguido e envolvente. Ainda enriquecido com os filamentos LED que iluminam tablier e portas sem que pareça estarmos numa discoteca. Isto no mais rico da gama. Moderno – e ponto!
O OpenR Link oferece todos os serviços Google: Google Maps, Google Assistant e Google Play.
Oferta a merecer atenção o novíssimo Renault Austral, SUV com três versões eletrificadas (mild Hybrid 12 V de 140 e 160 cv e Full Hybrid de 200 cv). Singular, Confortável e espaçoso, qualidade percebida em alta, é um excelente estradista e consegue bons consumos na versão auto recarregável. garantia sobe para sete anos
A consola, sem botões nem interruptores, espaço para um carregador wireless, é larga, destacando-se uma tampa deslizante com um grande pega que visa facilitar o apoio do pulso para operar os comandos inferiores do ecrã. Inclui um apoio de braços.
Braços em excesso à direita do volante
Único motivo de crítica, a exemplo do que se passa no Mégane Elétrico, o excesso de braços de comando à direita do volante, quatro – seletor de marcha, limpa para-brisas, patilha do volante e controlo do rádio – a pedir muito hábito na utilização. Talvez possa haver uma solução mais prática…
Em termos de habitabilidade, uma oferta referencial no espaço para as pernas, ainda que persista um túnel baixo, o qual, a juntar ao encosto central endurecido pelo apoio de braços central, incomoda sempre quem se sentar ao meio. Mas já ninguém pensa em comodidade para três em qualquer banco traseiro.
Quanto à bagageira, depende da opção, mas importa considerar que o banco é deslizante, pode avançar 16 cm, tem três níveis de reclinação) e com isso permitir mais 130 litros de capacidade a juntar aos 430 dm3, no caso do Full Hybrid. Nos Mild Hbbyrid, com 500 dm3 de capacidade, o banco traseiro é fixo.

Construído sobre a mesma plataforma que serve ao Nissan Qasqhqai, com a solução das rodas puxadas aos extremos, o Austral tem dois opções Mild Hybrid de 12 V, com 140 cv (caixa manual) e 160 cv (caixa X-Tronic), assentes no quatro cilindros 1.3 turbo com injeção direta, desenvolvido em colaboração com a Daimler. O automático pode circular “à vela”, ajuda a regenerar energia nas travagens e desliga o motor ao desacelerar.
Full Hybrid originou mais de duzentas patentes
A jóia da coroa é o Full Hybrid E-Tech que originou mais de duzentas patentes e se distingue dos Mild Hybrid por um “e” acrescentado à designação. Como explica a Renault, combina um motor de combustão, dois motores elétricos (um motor de tração “e-motor” e um gerador/motor de arranque de alta tensão HSG utilizado para ligar o motor de combustão, trocar de velocidades e carregar a bateria), uma bateria central, e uma caixa de velocidades inteligente multimodo de dentes direitos. Na base, está uma nova unidade a gasolina de três cilindros, turbo, 1,2 litros com 130 cv e 205 Nm de binário. Este surge associado a um motor elétrico com mais potência e mais binário (68 cv e 205 Nm), a uma bateria de iões de lítio de maior capacidade (1,7 kWh/400 V) e a uma caixa de sete velocidades (duas para o modo elétrico e cinco para o modo híbrido). As relações foram otimizadas em termos de capacidade de binário (de 350 Nm para 410 Nm), potência, rendimento e capacidade de resposta.
A promessa da Renault é de um consumo de 4,6 l/100 com 105 g/km de emissões de CO2.
Na prática, o resultado é convincente. Com duas pessoas a bordo, o computador registou 5,6 l/100 numa viagem de 272,5 quilómetros em estrada nacional e alguma autoestrada e destes 100 quilómetros foram em modo elétrico (36% do percurso).
Num Mild Hbyrid de 130 cv e caixa manual, e quase sempre em autoestrada, o consumo registado foi de 7,7 l/100 em 284,5 km. Uma diferença assinalável mas que não deve surpreender, dadas as caraterísticas dos sistemas em confronto.
Suspensão mais firme do que é normal
É claro que o preço também faz toda a diferença. O Full Hyrid que guiei, um Esprit Alpine super equipado (o preço ultrapassava os 50 000€!) disfrutei de um magnífico estradista, que assegura um nível de conforto invejável, apesar de uma suspensão mais firme do que é norma num familiar francês. Bem mandado, curva a preceito e não acusa em excesso a altura, nas transferências de massas. Silencioso, sistema eficaz – o modo elétrico “dá cor de si” com facilidade –, acelera de 0 a 100 em 8,4 segundos e atinge os 175 km/h em velocidade de ponta.
Muito bem equipado, nem dispensava o sistema de quatro rodas direcionais 4Control associado ao eixo traseiro multibraços que, além de melhorar a manobrabilidade em parqueamento e no circuito urbano se faz sentir também em estrada. É um extra a considerar, seriamente, por quem fizer a opção pelo Full Hybrid.
Toda a gama pode beneficiar da última geração de tecnologias que passam por 32 sistemas avançados de auxílio à condução.
Os preços da gama começam nos 34 220€ para o Mild Hbrid de 140 cv e 37 700€ para a versão de 160 cv. O Full Hybrid é proposto a partir dos 41 700€.
Oferta a merecer atenção o novíssimo Renault Austral, SUV com três versões eletrificadas (mild Hybrid 12 V de 140 e 160 cv e Full Hybrid de 200 cv). Singular, confortável e espaçoso, qualidade percebida em alta, é um excelente estradista e consegue bons consumos na versão auto recarregável.
A Renault passa a dar sete anos de garantia à nova gama.