O primeiro Volvo só com motorizações a gasolina ou Plug-in aí está. É o S60 que chega a Portugal lá para Junho e ainda não tem preços. Agrada ao olhar e apresenta uma construção com a qualidade exigível num premium. A condução convence, resta saber como vai reagir o mercado às limitações (e aos custos) de um produto à medida de um dos futuros possíveis no horizonte próximo da indústria automóvel.

Quando se olha o novo S60 a tentação é pensar no S90. São mesmo parecidos, mas, mais pequeno (4,76 metros de comprimento), muito bem proporcionando, este é um daqueles sedans que cativa pela elegância e nada tem de conservador, juntando a tudo isto uma imagem de frescura desportiva. Conseguido, no mínimo, e, parece-me muito consensual.
Por dentro encontramos, naturalmente, o decalque da carrinha V60, uma marca bem forte que assegura ambiente de nível superior. Design, materiais, detalhe, construção replicam o melhor que a Volvo nos tem mostrado. Resumindo: bom – sem surpresa.
Em termos de espaço, nota apenas para as dimensões do túnel da transmissão que complica o transporte de um quinto passageiro – mas já se tornou habitual. A situação piora nos Plug-in, dado que é ali que se encontra a bateria, a altura sobe e há ainda um proteção rígida. A mala é que não sofre qualquer penalização e oferece em ambas as propostas os mesmos 442 litros em dimensões muito razoáveis.

Em Portugal, o Volvo S60 vai surgir nas versões R-Design e Inscription, numa oferta que contempla três opções a combustão, T6 AWD (310 cv), T5 (250 cv), T4 (190 cv) e os dois plug-in, os chamados Twin Engine, T8 (303+87 cv) e T6 (253+87 cv). Todos com transmissão automática de oito velocidades

O novo S60 é construído na primeira fábrica da Volvo nos Estados Unidos, em Charleston, – vai ser produzido também na China a partir de 2019 – e foram os States (potencialmente um dos grandes mercados do modelo, a par da China) e a zona de Los Angeles o local eleito pelo emblema sueco para apresentar o modelo que reforça a imagem de uma gama totalmente eletrificada (híbridos e EV) no próximo ano!

Dinâmica à altura e outra resposta no Plug-in
As limitações de velocidade e as próprias rodovias norte-americanas têm pouco a ver com a Europa, as especificações dos automóveis são até diferentes. Igual, claro, é o conhecido motor 2.0 construído em alumínio com injeção direta.
Ainda assim deu para perceber que o S60 tem dinâmica à altura da tradição, para mais guiando um T6 de 250 cv com quatro rodas motrizes.
Bem mais mordaz e com outra capacidade na resposta, claro, é a versão Polestar Engineered, o Plug-in que junta o motor elétrico (87 cv) ao conhecido T8, numa combinação que vale 400 cv (390 na Europa) e o binário de 400 Nm, também postos no chão por quatro rodas motrizes, neste caso sendo a tração traseira da responsabilidade da propulsão elétrica, sustentado numa bateria de iões de lítio (10,4 Kwh). As diferenças num automóvel que carrega os genes de uma essência mais desportiva e tem mesmo emblema específico estampado na grelha, passam ainda pela suspensão com amortecedores reguláveis, jantes de 20 polegadas e um sistema de travagem da Brembo (maxilas douradas como os cintos de segurança) com seis pistões.
A diferença na resposta revela-se obviamente sensível, há mais nervo e outro binário, e a sua tradução chega aos consumos também, este, aliás, um aspeto a merecer atenção: em percursos semelhantes e sempre condicionados, o computador de bordo registou médias de 8,9 litros aos 100 para o motor de combustão e 10,5 no plug-in, o que não impressiona para as velocidades a que circulámos e sempre em estrada. Em modo elétrico, o Polestar promete uma autonomia de 45 km, mas a própria Volvo admite que o mais normal é ficar pelos 40 quilómetros. O tempo de carregamento é de três horas (16 A) ou quatro horas (10 A).
Um e outro dispunham de transmissão automática com oito velocidades (patilhas no volante) e propunham três modos de condução (Eco, Comfort, Individual), com atuação sobre a assistência da direção, sensibilidade do travão, controlo de tração e recuperação de energia.

Segurança em alta, como de costume
Estes S60 podem contar com um nível de equipamento muito alargado e como é normal na Volvo com grande atenção aos dispositivos de segurança, entre os quais naturalmente figura o city-break, com reconhecimento de peões, ciclistas e animais e a travagem automática até 50 km/h. Está igualmente disponível o Pilot Assist, a condução semi-autónoma, ativa durante cerca de 15 segundos até aos 130 km/h (basta tocar no volante para reativar o sistema), agora com maior capacidade de resposta em curva. Será opcional o Cross Trafic Alert com travagem automática. Quanto a conetividade, o ecrã tátil combina o controlo das funções do automóvel com a navegação, e é compatível com o Apple Car Play, Android Auto e não dispensa os 4G.
Em Portugal, o Volvo S60 vai surgir nas versões R-Design e Inscription, numa oferta que contempla três opções a combustão, T6 AWD (310 cv), T5 (250 cv), T4 (190 cv) e os dois plug-in, os chamados Twin Engine, T8 (303+87 cv) e T6 (253+87 cv). Todos com transmissão automática de oito velocidades.

No que respeita a prestações, a Volvo anuncia 4,7 e 4,9 segundos de 0 a 100 e 250 km/h para os Plug–in e médias combinadas de consumo entre 2,1 e 2,5 litros aos 100 (WLTP).

Para os T6, 5,6 segundos de 0 a 100 e 250 km/h em velocidade de ponta; para o T5, 6,5 s e 240 km/h. Quanto a consumos, 8/8,8 e 7,2/8,1 respetivamente. Ainda não foram revelados os valores das prestações, consumos e emissões do T4.
A marca tem alguma expectativa em relação ao Plug-in, em especial junto do mercado das empresas que pode aproveitar dos benefícios fiscais.
Para o cliente comum, parece que o grande concorrente do S60 ainda será o V60 com a sua motorização Diesel…
Aguardemos para ver se os portugueses se “rendem” à gasolina e deixam seduzir-se por um das soluções do futuro, aparentemente das mais equilibradas e capaz de garantir, durante mais alguns anos, que viajar de automóvel não obriga a planificação cuidada por etapas condicionadas não pelas rápidas paragens para abastecer, mas pelos postos de carregamento, com tudo quanto ainda acarretam em tempo e mesmo disponibilidade.

FICHA TÉCNICA

Volvo T8 Polestar Enginereed

Motor: 1969 cc, turbo, injeção direta, start/stop

Potência: 303+87 cv (257+87)*

Binário: 430 Nm/4500 rpm (400 Nm/2200-4800 rpm)*

Transmissão: tração integral, transmissão automática de oito velocidades

Aceleração 0-100: 4,7 segundos (4,9 s)*

Velocidade máxima: 250 km/h (240)*

Consumos: média WLTP – 2,1/2,5

Emissões CO2: 48-58 g/km

Bagageira: 442 litros

Preços: por anunciar; comercialização em Junho, encomendas a partir de Fevereiro

*Valores para a versão menos musculada; consumos e emissões são iguais

 

Volvo S60 T5

Motor: 1969 cc, turbo, injeção direta, start/stop

Potência: 250 cv/5500 rpm

Binário: 350-1800-4800 rpm

Transmissão: caixa automática de oito velocidades

Aceleração 0-100: 6,5 segundos

Velocidade máxima: 240 km/h (240)

Consumos: média WLTP – 7,2/8,1

Emissões CO2: 168/185 g/km

Bagageira: 442 litros

Preços: por anunciar; comercialização em Junho, encomendas a partir de Fevereiro

O novo S60 na apresentação da companhia sueca

Loading the player...

…E as diferenças do Polestar Engineered

Loading the player...