Chama-se Scala e anuncia-se como a imagem de um novo estilo na Skoda. É um compacto desenvolvido sobre o protótipo Vision RS, substitui o Spaceback e não deixa de ter parecenças com ele. Usa, pela primeira vez na marca, a plataforma MQB e, como de costume, afirma-se como uma referência em termos de habitabilidade e espaço. Chega em Abril a Portugal.
Um dois volumes que namora o conceito das carrinhas de feição coupé com o seu tejadilho descendente, frente muito vertical de conceção inovadora, grelha típica de barras grossas redesenhada e unida a faróis triangulares e outra entrada de sob sólida barra a toda a largura, como que descolando o spoiler da carroçaria. Um rosto diferente para cartão de visita do Scala.
E se esta dianteira marca a personalidade do Scala, o perfil com o longo capô e o habitáculo bem proporcionado, confere-lhe uma originalidade e elegância que a traseira, de forma simples, completa numa imagem de muita presença, através do grande portão, que pode ser vidrado (pena ser opcional), e surge bem casado com as luzes, simples e originais. Uma novidade ainda: em vez do emblema, é, pela primeira vez na Europa,o lettering SKODA a vincar a identificação e a assumir o orgulho da casa checa.
Nova oferta de habitabilidade e espaço num conceito estético de fusão para as formas de um compacto, o Skoda Scala faz desta diferença cartão de visita. Continua a trazer modernidade e outra frescura à marca checa e a beneficiar, cada vez mais, de quanto há de melhor no grupo VW
Não será um automóvel deslumbrante, mas, seguramente, aproveita a originalidade trazida pelo o Spaceback e desenvolvida no Vision RS que lhe está na génese. Um ar de graça da Skoda, na renovação de um estilo tido por frio muito do Leste ainda associado ao emblema do grupo VW, algo que se anuncia em mudança.
Os benefícios do grupo Volkswagen
E do grupo que, paulatinamente, e numa escala de prioridades bem pensada vem abrindo as portas da Skoda a quanto tem de mais moderno na sua vasta oferta tecnológica, chega agora a plataforma MQB, na base usada no Polo (A0) mas “esticada” às dimensões máximas (2,649 m), para um automóvel que ganha também dimensão física (4,36 m – mais 12 cm do que um Golf! – 1,79 m de largura e 1,47 m de altura) e se assume como referência na classe em termos de habitabilidade e, sobretudo, na capacidade da mala: 467 litros que podem chegar aos 1401 com os bancos rebatidos (60×40). Tradições que os clientes da Skoda não dispensam.
A habitabilidade atrás faz inveja a alguns automóveis maiores, principalmente a nível do espaço para as pernas, e não deixa de ser curioso verificar que nem a estética, o tejadilho com a curvatura acentuada, penaliza quer acessibilidade ou habitabilidade. Mais comodidade para quatro, claro, já que o túnel central é alto e a consola que, no princípio do simply clever leva o ar condicionado e duas entradas USB para trás, invade o espaço dos joelhos. De todo o modo, notável que as quotas de habitabilidade se aproximem do Octavia!
É outro também o ambiente a bordo, uma vez que igualmente na linha do Vision, instrumentação e tablier assumem imagem mais moderna, mesmo sem aquela exuberância digital que começa a fazer escola. Ainda assim, num conjunto de design muito “limpo” e simples e bem pensado ergonomicamente, o painel de instrumentos não dispensa a opção do cockpit virtual e o ecrã central – tablet assente numa espécie de pequena prateleira forjada no elemento decorativo de ar metalizado que cobre o friso do tablier e dá cor ao ambiente – pode chegar às 9.2 polegadas (os “normais” são de 6,5″ e 8″). Não faltam os LED interiores em duas cores para criar atmosfera mais quente. Os materiais usados são dúcteis onde devem e, por exemplo, nos revestimentos já se recorre às microfibras (Suedia).
Em matéria de infoentretenimento, outro salto num Skoda que é o primeiro a estar permanentemente on-line (e-SIM de alta velocidade), através de sistema com várias APP de apoio para um mundo que disponibiliza cada vez mais serviços e facilidades a velocidade impressionante. Há sempre mais qualquer coisa…
Quanto à segurança, num modelo que pode ter nove airbags (opcionais os laterais traseiros) serão de série a travagem de emergência em cidade, com assistência frontal, e a assistência à manutenção na faixa de rodagem. As opções compreendem uma vasta lista que não dispensa cruise-control adaptativo, detetor de ângulo morto (side assist com raio de ação de 70 m!), alerta de tráfico traseiro ou iluminação full-LED.
Três motorizações e… o gás natural
Vai ser preciso esperar por Abril para saber como tudo isto será “arrumado” nos habituais níveis de acabamento da Skoda, para os quais haverá três motorizações: duas a gasolina – três cilindros 1.0 TSI de 115 cv e 1.5 TSI de 150 cv com o sistema de corte de dois cilindros; a oferta diesel estará resumida ao 1.6 TDI de 115 cv. Todos dispõem de caixa manual de seis velocidades e, em opção, da transmissão automática DSG com sete relações. Em 2019, poderá haver novidades com a introdução do motor 1.0 de 95 cv e de uma versão alimentada a gás natural, solução que, segundo alguns admitem, poderá vir a ter futuro pelas nossas bandas.
Estará disponível uma suspensão desportiva, que baixa o Scala 15 mm e conta com dois modos de utilização. O sistema pode ser ainda combinado com o conhecido Drive Select Mode, o qual oferece outras escolhas de condução, com base em alterações na direção, motor e transmissão, através dos modos Normal, Sport, Eco e Individual.
Nova oferta de habitabilidade e espaço num conceito estético de fusão de estilos para as formas de um compacto, o Skoda Scala faz desta diferença cartão de visita. Continua a trazer modernidade e outra frescura à marca checa e a beneficiar, cada vez mais, de quanto há de melhor no grupo VW. Falta saber o preço…
O Scala, entretanto, parece pretender virar uma página nas ambições da Skoda noutros mercados, como se deduz do facto de o lançamento mundial do modelo ter tido por palco Telavive, capital económica de Israel, mercado onde a marca checa lidera as vendas entre os emblemas europeus e mantém uma parceria tecnológica (Digital Lab).
Foi assim a apresentação mundial em Telavive