Renovação completa robusteceu a dianteira (Foto Suzuki)

Proporções acertadas e boa postura na estrada (Foto Suzuki)

Traseira muito esculpida não descura portão largo (Foto Suzuki)

Bem construído, pouco ousado no design (Foto Suzuki)

Instrumentação analógica, muda de cor consoante o modo de condução escolhido (Foto Suzuki)

Câmara de 360 graus é sempre boa ajuda (Foto Suzuki)

Quatro modos de condução geríveis neste botão na consola (Foto Suzuki)

Bom apoio

Bom apoio lateral em bancos de pele e tecido (Foto Suzuki)

Espaço atrás assegura conforto pra dois passageiros (Foto Suzuki)

Bem trabalhada a identidade da marca (Foto Suzuki)

Iluminação em LED nas versões topo de gama (Foto Suzuki)

Bem encaixadas as luzes adicionais (Foto Suzuki)

Interessante solução para o rasto luminoso (Foto Suzuki)

Refletores aligeiram para-choques trasiro (Foto Suzuki)

Jantes em liga de 17 polegadas (Foto Suzuki)

A Suzuki continua a trabalhar bem os semi-híbridos com o sistema de 48 v. O S-Cross 4WD da terceira geração é a prova disso. Numa experiência de fim de semana com condução despreocupada, o computador de bordo registou 6,2/6,3 litros aos 100. Ora, números convincentes para um SUV de 129 cv, tração integral, confortável, espaço q.b. e até com preço razoável, cerca de 31 000€.

Verdade que a marca nipónica como que continua a caçar com gato… O S-Cross, da terceira geração, usa a solução motriz com base no 1.4 turbo que vem de evolução em evolução e, neste caso, acrescenta ao bloco a gasolina um motor elétrico de 14 cv e uma pequena bateria limitada a 0,38 kWh colocada sob o banco do passageiro, a qual carrega apenas aproveitando a energia da desaceleração e da travagem. Logo, temos um híbrido que nunca funciona exclusivamente em modo elétrico. É o conhecido sistema SHVS, disponível, por exemplo, no Swift Sport e no Vitara na solução de 48 V.

Proposta interessante a terceira geração do Suzuki S-Cross 4WD, valorizada pela tração integral num SUV de tecnologia semi-híbrida de 12 v, com boa oferta de espaço, muito equipamento e que marca pontos nos consumos

O motor elétrico responde às maiores solicitações de aceleração, mas o crescendo do motor é muito natural, redondo e aquilo que mais me impressionou até foi a resposta a baixa e média rotação, a galhardia e suavidade que este Suzuki revela sem esforço. É uma capacidade que torna muito agradável a condução do S-Cross, que recupera com generosidade, até dispensa constante recurso à caixa de velocidades, esta suave e agradável de passar com é timbre da Suzuki e da escola japonesa.

Bom rolador e confortável

A resposta mostra-se tão natural que nem se dá pelo facto de o motor a gasolina ter perdido potência – desceu de 140 para 129 cv . O S-Cross é um bom rolador e nem uma suspensão, às vezes, mais seca, penaliza o conforto a bordo.

Esta receita dá até uma ajudinha em curva, situação na qual, sem surpresa, forçando a nota, pode sentir-se contido enrolamento da carroçaria, o que não invalida comportamento são e uma resposta favorecida pela direção muito bem “medida” para este tipo de oferta. É um carro bem mandado. Não é despiciendo, claro, o facto de contarmos com um sistema de tração integral, que garante comportamento sempre mais assertivo também no alcatrão e aumenta a sensação de segurança num automóvel dotado de uma agilidade que não pode passar sem referência.

Naturalmente, não faltam os quatro modos de condução à medida do SUV, que junta a opção Auto, às Neve (chega a bloquear o diferencial central), Normal e Sport, o qual não se revela particularmente impressivo. Também não me parece necessário. De qualquer modo, a instrumentação muda de cor (vermelho).

E já que falamos em SUV, o S-Cross, também pela tração integral, mas não só, cumpre nas estradas de terra e, diz quem está bem habituado ao cenário, serve-se do peso para oferecer uma ligeireza que o deixa bem na fotografia.

Em termos de prestações, os valores são honestos: 10,2 segundos para a aceleração 0-100 e 195 km/h em velocidade de ponta.

Renovação completa da imagem

A relação entre a imagem e a alma respeita, para mim, apesar da renovação completa da carroçaria, padrões muito especiais, um design identificável com o mais tradicional da indústria automóvel nipónica. A nova frente robusteceu-o e a grelha de malha hexagonal negra, com o grande S em destaque numa barra cromada, contribui o para isso, vincando-lhe o caráter… asiático. As luzes estão melhor integradas e ajudam na imagem.

O perfil, linha ligeiramente ascendente, com grande superfície vidrada é nota de sobriedade bem conseguida num SUV que não dispensa as brandes proteções plásticas e assenta bem na estrada, dispensando jantes exageradamente grandes e com um equilíbrio de registar nas proporções.

A traseira é muito esculpida, também ela muito oriental na elaboração, mas representa solução interessante para um portão largo, argumento a favorecer a versatilidade que também se deve “perceber” nestes automóveis.

Design interior vulgar e bom equipamento

No interior pontifica a boa construção, mas o design acrescenta pouco à vulgaridade e à insistência em soluções que já não fazem sentido, como o grande espigão que controla o computador de bordo digital ao contro do painel de instrumentos ainda com velocímetro e conta-rotações analógicos.

O ecrã de nove polegadas  nesta versão, um tablet suspenso é o toque de modernidade num habitáculo que pedia mais arrojo.

Em termos de habitabilidade cotas razoáveis, espaço suficiente à frente; banco mais alto atrás garante conforto para dois, que beneficiam da elevação do banco dianteiro para ganharem espaço para os pés e mais à-vontade. A acessibilidade é boa

Quanto à bagageira, são 430 litros, espaço vulgar, e um plano de carga alto mas alinhado com a moldura do portão, o que facilita as coisas. O banco rebate na proporção 60×40.

A versão que conduzi foi a S3, designação à qual corresponde o nível mais alto de equipamento. E sob esse, aspeto uma oferta considerável: iluminação full LED, ar condicionado automático, botão de arranque sem chave, cruise-control adaptativo e limitador de velocidade, bancos dianteiros aquecidos,  ecrã tátil de 9”, Bluetooth, DAB e navegação, quatro modos de condução, bancos em pele e tecido, travagem de emergência ativa, alerta e  assistência de mudança de faixa, reconhecimento de sinais, deteção de ângulo morto, alerta de tráfico posterior, controlo de retenção em pendentes, câmara de 360 graus, volante multifunções de três raios em pele, sensores de luz e chuva, retrovisores exteriores rebatíveis eletricamente, vidros traseiros escurecidos, tejadilho solar panorâmico, jantes em liga de 17”.

Proposta interessante a terceira geração do Suzuki S-Cross 4WD, valorizada pela tração integral, num SUV de tecnologia semi-híbrida de 12 v, com boa oferta de espaço, muito equipamento e que marca pontos nos consumos.

FICHA TÉCNICA

Suzuki S-Cross 1.4T S3 4WD Mild Hybrid

Motor: 1 373 cc, injeção direta, turbo, intercooler

Potência: 129 cv/5 000 rpm

Motor elétrico: 14 cv/3 000 rpm

Binário máximo: 235 Nm/2 000 – 3 000 rpm

Transmissão: integral, caixa manual de seis velocidades

Aceleração 0–100 km/h: 10,2 s

Velocidade máxima: 195 km/h

Consumo: médio – 6,2 L/100 km

Emissões CO2: 140 g/km

Dimensões: c/l/a – 4,300/1,785/ 1,585 m

Peso: 1 340 kg

Bagageira: 430 litros

Preço: versão ensaiada, 31 086€ (com campanha e sem despesas); desde, 25 733€ (nas mesmas condições)