Continua a ser original e simpático o Suzuki Swift que entra na quarta geração com estilo renovado e uma nova motorização 1.2 mild hybrid de 12 volts, agora com um bloco de três cilindros e 82 cv. Honesto no espaço e nos consumos, junta a tudo misto um preço concorrencial: desde 18 608€ para quem recorra ao crédito. Já está à venda.
O chassis é o mesmo, o estilo de continuidade mas, claramente, refrescado numa maquilhagem bem aplicada, defesa de um apuramento e modernização bem sucedida do Swift chamado de global na evolução da Suzuki.
Pode custar a alguns admitir neste modelo uma quarta geração do popular citadino japonês que leva uma história de nove milhões de unidades vendidas em 20 anos, que não é coisa pouca e faz jus ao que, no já longínquo 2004, se disse deste nipónico bem parecido.
Discutível, com certeza, mas pouco importa quando podem ver-se os quatro carros alinhados… Não é só Botox!
A grande grelha dianteira negra e limpa e os faróis redesenhados com as luzes diurnas em “L”, o apuramento do defletor com duas proeminentes abas laterais, a recolocação do emblema logo abaixo do capô rejuvenescem o rosto de um pequeno automóvel com personalidade muito própria.
Um novo motor mild Hybrid, agora três cilindros com 82 cv, económico, generoso mas comedido, estilo aprimorado e sempre simpático, espaço a condizer com as dimensões, mala pequena e aí esta mais um Suzuki Swift, bem equipado e com preço a ter em atenção
Dimensões e silhueta continuam equilibradas, a cintura bem vincada é um pormenor elegante, e a diferença mais notória é a passagem da abertura das portas no pilar C para a posição conservadora, já utilizada. Enfim, na traseira, pouco mais do que os grupos óticos redesenhados, num remate que reforça a imagem de um compacto que, no mínimo, continua interessante.
Construção cuidada minimiza mundo de plástico
O interior, sem surpresa, é um mundo de plástico, qualidade razoável, com a cor (preto, cinza claro e um friso a imitar cromado) a jogar importante papel decorativo e o cuidado na construção a minimizar a importância dos materiais utilizados. O tablier foi também ele repensado e, designadamente, apresenta o ecrã central tátil (9”) com atalhos elevado, o que torna mais fácil a leitura e utilização. Há botões físicos para a climatização e não faltam portas USB, na consola muito simples e com o q.b para arrumos. O painel de instrumentos continua a ser analógico.
Em termos de espaço, aquilo que já se conhecia do “velho” Swift e de um segmento B com 3,88 m de comprimento, 2,45 m de distância entre eixos e rodas bem puxadas aos extremos. A bagageira, essa, é limitada: 245 litros.
O novo motor, 1.2 mild hybrid de 12 v, hibridização ligeira como tem sido hábito, é agora um três cilindros com 82 cv e 112 Nm de binário. Faz-se ouvir, sobretudo a baixa rotação, revela-se um bom rolador, suave até, mas logo que a estrada empina, solicita o recurso à caixa de cinco velocidades…
É um compacto honesto, despachadinho e com as limitações próprias da receita. As prestações, aliás deixam claro aquilo que deve esperar-se: a versão com caixa manual acelera de 0 a 100 km/h em 12,5 segundos e atinge os 165 km/h em velocidade de ponta.
Economia é aspeto a ter em conta
Os consumos são baixos, e este é um dos capítulos em que o Swit marca pontos face a outros três cilindros. Com duas pessoas a bordo, o computador de bordo registou cinco litros de média num percurso da ordem dos 80 quilómetros. De todo o modo, enquanto a estrada não empinou e rolámos normalmente, os valores andaram na casa dos 4,5 litros/100 km. A Suzuki anuncia uma média de 4,4 e emissões de CO2 de 98/99 g/km.
O comportamento diâmico é equilibrado, a resposta própria de um tração dianteira que pode ser subvirante quando se aumenta o ritmo. Direção e travões mostraram-se adequados à receita.
Este motor pode ser associado a uma caixa manual automática CVT (sete velocidades virtuais), com patilhas no volante, solução com a qual tivemos breve contacto e merece outra análise, mesmo que a versão manual continue a ser a preferida. A transmissão CVT melhora as pretações: 11,9 s de 0 a 100 e 170 km/h; e piora o consumo, 4,7, e as emissões 106 g/km.
O Suzuki Swift continua a ser o único modelo do seu segmento com possibilidade de incorporar tração nas quatro rodas, através da solução integral AllGrip Auto. Tem pouco interesse em Portugal.
A gama nacional inclui três níveis de equipamento: S1, S2 e S3. Entre os equipamentos de série que se destacam em todas as versões, contam-se botão de arranque sem chave, ar condicionado, écrã tátil de 9″ com conexão Smartphone, Bluetooth e DAB, câmara de visão traseira, sistema de navegação e wireless Apple CarPlay®/Android Auto™, controlo de velocidade adaptativo.
A nova geração do Suzuki Swift estreia o assistente de manutenção de faixa e o alerta anti fadiga com sistema de monitorização do condutor. Além disso, o sistema DSBS II (Dual Sensor Brake Support) inclui travagem de emergência autónoma, deteção de peões, bicicletas e motos, alerta de mudança de faixa, assistência de luzes de largo alcance, reconhecimento de sinais de trânsito, deteção de ângulo morto, alerta de tráfego.
A oferta passa por nove cores e quatro escolhas bitom.
Quanto a preços: a partir de 18 608€, com campanha de crédito para o 1.2 S1 (21 234€, PVP); a versão com caixa CVT, está à venda a partir de 24 492€ (21 866€ c/crédito): e o 4WD, desde 24 494€ (21 868€ c/crédito).
Um novo motor mild Hybrid, agora três cilindros com 82 cv, económico, generoso mas comedido, estilo aprimorado e sempre simpático, espaço a condizer com as dimensões, mala pequena e aí esta mais um Suzuki Swift, bem equipado e com preço a ter em atenção.