Presença marcante, moderno e agressivo (Foto Stellantis-Peugeot Newsroom)

Longilíneo, elegante e bem ligado ao solo (Foto Stellantis-Peugeot Newsroom)

Portão bem esculpido em traseira conseguida (Foto Stellantis-Peugeot Newsroom)

Qualidade e design num bom exercício de modernidade (Foto Stellantis-Peugeot Newsroom)

Painel de instrumentos 3D com várias configurações (Foto Stellantis-Peugeot Newsroom)

Consola bem arrumada (Foto Stellantis-Peugeot Newsroom)

Bancos AGR, cómodos e com bom apoio (Foto Stellantis-Peugeot Newsroom)

Espaço atrás garante comodidade (Foto Stellantis-Peugeot Newsroom)

Bateria rouba espaço à bagageira, ainda assim com 548 litros (Foto Stellantis-Peugeot Newsroom)

Jantes em liga adiamantadas com 18" (Foto Stellantis-Peugeot Newsroom)

Novo emblema é exibido com destaque (Foto Stellantis-Peugeot Newsroom)

A propensão especial da Peugeot para as carrinhas está patente na nova 308. Ao estilo, modernidade,  espaço e versatilidade acrescentei a versão Plug-in de 225 cv num acabamento GT Pack. É o bastante para perceber a razão de prémios e referências elogiosas. Mais cómoda, eficaz e desembaraçada até consegue ser mesmo económica.  Merece muita atenção, mesmo que o preço possa não ser argumento de combate: 48 250€!

Como de costume, a SW tem maior distância entre eixos do que a berlina, no caso 5,5 cm,  numa prova do entendimento de que a carrinha merece mais do que ser apenas maior. Esta cresce 28 cm face ao dois volumes, ganha em habitabilidade atrás mas, como não há milagres, perde capacidade na bagageira que vai dos 548 aos 1 575 litros (608/1 634, nas versões com motores de propulsão), por via da colocação da bateria.

Em termos de estilo, a estreia do novo logótipo da Peugeot, retro e moderno, dominador na proeminente grelha do 308, sublinha a personalidade do automóvel que dá continuidade a momento alto do design da marca de Sochaux. Capô alongado, guarda-lamas bem esculpidos, para brisas recuado e mais inclinado, silhueta com muito caráter assente num flanco simples, perfil marcado pela inclinação ligeira e elegante do tejadilho, traseira vincada por um portão bem elaborado e o spoiler que é elemento distintivo. E, claro, sempre uma assinatura luminosa especial, as presas do leão à frente, as garras atrás. Esta é uma daquelas carrinhas de aspecto dinâmico que fixa o olhar e parece consensual.

carrinha com que se estabelece empatia fácil, esta Peugeot 308 SW Hybrid, cómoda e versátil mesmo com mala mais pequena. Estética arrojada, bom gosto e qualidade num interior de imagem cada vez mais premium, bem equipada, faz jus na dinâmica aos 225 cv, tem consumos à altura da expectativa. Tudo isto, claro, faz-se pagar…

O interior, é um exemplo de bem construir e de uma criteriosa escolha de materiais para um design conseguido.  Relevo para a “faixa” que rasga o tablier com as saídas de ar, Informação 100 por cento digital, grafismo 3D,o 308 GT conta agora com um ecrã táctil de 10 polegadas que inclui i-toggles virtuais configuráveis para os atalhos, entre eles a climatização. A Peugeot percebeu que o minimalismo tem limites… O volante, sempre pequeno, achatado em cima e em baixo é parte indissociável da imagem e mesmo quem não goste vai acabar por habituar-se – no fundo, basta guiar como o volante na posição mais baixa para não haver dificuldades de visibilidade da  instrumentação. A consola está bem arrumada e, como o ecrã, foi pensada para ser acessível ao passageiro.

O sistema de infoentretenimento foi melhorado, está mais rápido, admite a personalização, espelha o telemóvel através de ligação wireless e permite a ligação em simultâneo de dois equipamentos por Bluetooth. E, claro, há reconhecimento por voz que opera todas as funcionalidades.

Potência q.b. e prestações interessantes

Em termos de motorização, a 308 SW Hybrid combina o PureTech 1.6 de 180 cv com um motor elétrico de 110 cv acoplado a uma caixa automática de oito velocidades. A associação garante 225 cv e um binário máximo de 360 Nm. E daí 7,5 segundos de 0 a 100 e 235 km/h em velocidade de ponta, números simpáticos para um PHEV.

A resposta deste conjunto é impressiva e mais ainda quando se aciona o modo Sport. A caixa de velocidades desembaraça-se muito bem e as patilhas no volante podem ajudar numa condução mais empenhada, mesmo que a resposta não seja um modelo de rapidez.

Uma equilibrada afinação do chassis garante comportamento marcante. A direção perdeu peso mas não deixa de ser direta e adequada e a suspensão assenta agora num compromisso que valoriza mais o conforto sem beliscar a dinâmica e garante temperamento em curva sempre assertivo. Bem divertido de conduzir.

Consumos honestos e carregamento “por medida”

No que diz respeito à autonomia elétrica alcancei 42 quilómetros contra os 56 prometidos, mas pouco mais de metade desta distância foi em percurso urbano. Estou convencido de que facilmente se consegue melhor. Nos primeiros 100 quilómetros e já com quatro pessoas a bordo, em ritmo de passeio, o computador de bordo registou 3,7 litros/100 km. Em modo híbrido, o consumo andou pelos 5,8 em autoestrada, com o cruise control nos 120 km/h. Enfim, em 291 quilómetros, 5,7. Números que considero honestos e, já se sabe, dependentes sempre da frequência dos carregamentos – neste caso apenas um .

Se tiver uma wallbox de 7,4 kW, basta 1h55 para “atestar” a bateria (o carregador embarcado para isso custa 400€). Numa tomada standard (8A) e carregador de 3,7 kW carga completa leva 7h50. No casa da tomada reforçada (16A), precisará de 3h50.

Equipamento com fartura

Em termos de equipamento o GT Pack que conduzi conta com Active Safety Brake (noturno e peões); ajuda ao estacionamento dianteiro e câmara de marcha-atrás, Visio Park 360º; Peugeot i-Cockpit com painel de instrumentos digital 3D de 10’’ personalizável; navegação conectada com ecrã tátil de 10” e ecrã com i-Toggles virtuais e personalizáveis; grelha dianteira específica em preto com verniz; aplicações cromadas e entradas de ar em preto brilhante; volante multifunções em pele; ar condicionado automático; driver sport pack; condução semiautónoma; alargadores de para choques dianteiro e na zona lateral inferior da carroçaria; faróis Matrix LED; estofos em pele sintética; alcantara e knit; jantes em liga leve de 18’’ adiamantadas; banco do condutor AGR elétrico e com memória; bancos dianteiros aquecidos e com sistema de massagens, sistema Hi-Fi Focal. Eram extras, o carregador embarcado de 7,4 kW (400€) e o tejadilho panorâmico de abrir em vidro (950€).

Carrinha com que se estabelece empatia fácil esta Peugeot 308 SW Hybrid, cómoda e versátil mesmo com mala mais pequena. Estética arrojada, bom gosto e qualidade num interior de imagem cada vez mais premium, bem equipada, faz jus na dinâmica aos 225 cv, tem consumos à altura da expectativa. Tudo isto, claro, faz-se pagar…

FICHA TÉCNICA

Peugeot 308 SW 225 cv  e-EAT8 GT Pack Hybrid

Motor: 1598 cc, gasolina

Potência: 225 cv/6 000 rpm

Binário: 250 Nm/1 750 rpm

Motor elétrico: síncrono de indução permanente, dianteiro

Potência: 110 cv/2 500 rpm

Binário:320 Nm – 500/2 500 rpm

Bateria: iões de lítio, alta tensão, 12,4 kWh (102 kW)

Potência combinada: 225 cv

Binário combinado: 360 Nm

Transmissão: caixa automática de oito velocidades, patilhas no volante

Aceleração 0-100: 7,5 segundos

Velocidade máxima: 235 km/h

Consumo: médio – 1,2-5,8 litros/100 km (WLTP)

Autonomia elétrica: 59 km (WLTP)

Emissões CO2: 26 g/km

Peso: 1 662 kg

Dimensões: (c/l/a) 4 636/1 852/1 441 mm

Bagageira: 548/1 574 litros

Preço: versão ensaiada, GT Pack, 48 250€; GT, desde 46 200€ ; versão GT de 180 cv, a partir de 42 250€