Interpretação muito moderna da imagem desportiva (Foto Toyota Media Center)

Perfil original e bem sugestivo (Foto Toyota Media Center)

Traseira muito elaborada (Foto Toyota Media Center)

Tejadilho Night Sky marca a diferença (Foto Toyota Media Center)

Qualidade e simplicidade no ambiente interior (Foto Toyota Media Center)

Botão de ignição exibe sigla GR (Foto Toyota Media Center)

Caixa eCVT com modo Sport e seis relações virtuais (Foto Toyota Media Center)

Bancos desportivos em alcantara e pele com comando elétrico (Foto Toyota Media Center)

Janelas pequenas e espaço suficiente atrás (Foto Toyota Media Center)

Sistema áudio JBL tem nove colunas (Foto Toyota Media Center)

Novo defletor e grelha em negro brilhante (Foto Toyota Media Center)

Faróis em LED com sobrancelhas para as luzes diurnas (Foto Toyota Media Center)

Cavas das rodas e proteção inferior em piano black (Foto Toyota Media Center)

Três letras na designação de um SUV bem sucedido (Foto Toyota Media Center)

Hybrid, símbolo da tecnologia com tradição na marca nipónica (Foto Toyota Media Center)

Jantes de 19 polegadas com novos pneus Continental (Foto Toyota Media Center)

Mais motor, maquilhagem desportiva, suspensão otimizada, direção afinada e aí está o Toyota C-HR 2.0 GR Sport. Para mim, com uma notória evolução ao nível da caixa de velocidades, sempre a eCVT que me pareceu mais silenciosa e menos “arrastada” na progressão. Sobe o preço (40 410€), também os consumos, ainda assim comedidos e a fazer jus à eficiência dos híbridos do construtor nipónico.

Sobre e C-HR está tudo dito. O SUV de linhas modernaças da Toyota continua a ser um exemplo do produto conseguido. Para receber a sigla GR, da Gazoo Racing, surge com o motor 2.0 de 184 cv e 190 Nm de binário que lhe permitem uma alma que não tem comparação com a do conhecido 1.8 de 122 cv. O motor é de ciclo Atkinson atinge uma eficiência térmica máxima de 41% – o nível mais alto do mundo para motores a gasolina produzidos em série – e ultrapassa até os 40% do motor de 1.8 litros da quarta geração do Prius.

É na capacidade de aceleração que a diferença mais se faz sentir: 8,2 segundos de 0 a 100 contra 11 segundos, o binário a dar uma ajuda, a tornar as ultrapassagens mais fáceis e o modo Sport a contribuir para uma condução mais viva, com a eletrónica a atuar. Modo Sport que se aciona com um toque no seletor das marchas e que permite seis velocidades virtuais. De todo o modo, convém deixar claro que as prestações, incluindo a velocidade máxima de 180 km/h, estão longe de ser de arrasar. É a filosofia dos híbridos Toyota, incontestável se atendermos aos números das vendas em todo o mundo…

O Toyota C-HR 2.0 GR SPORT, vale por aquilo que é, a opção de imagem desportiva do conhecido SUV nipónico, mas os retoques na suspensão e na direção contribuem para dar outra eficácia aos 184 cv de um automóvel com prestações normais e consumos razoáveis

O sistema Hybrid Dynamic Force de quarta geração e 2.0 litros, explica a marca nipónica, possui uma caixa híbrida com nova configuração que oferece desempenho mais eficiente, dimensões mais compactas e peso reduzido. Foi adotado um conjunto de engrenagem com os dois motores/geradores elétricos colocados em vários eixos para reduzir o comprimento total do eixo de transmissão. A caixa híbrida abriga quatro componentes: dois geradores de motores elétricos; uma única engrenagem planetária; e outra de redução para a transmissão final.

Comportamento beneficiado por retoques na suspensão e direção

O sistema eCVT, aqui a revelar a continua progressão, com funcionamento mais silencioso e menor sensação de arrasto, não é, como se sabe, exemplo de rapidez, sobretudo se exigirmos um andamento vivo ao C-HR GR Sport. Mas deixando que a caixa de variação contínua cumpra o seu papel, a verdade é que a excelência do chassis deste Toyota combinada com o baixo centro de gravidade, uma suspensão mais apurada (os amortecedores são outros) e uma direção retocada garantem eficácia e condução divertida. E percebemos facilmente que este GR, nos encadeados de curvas mais exigentes, tem agilidade suficiente, não adorna em demasia e faz as coisas depressinha, alimentando a confiança. Os pneus Continental Premium 6 Contact (225/45) contribuem para o desempenho. A diferença é notória para o 1.8.

Como não podia deixar de ser, esta disponibilidade tem custos no consumo se quisermos dar valor à sigla GR. Em ritmo de passeio, mesmo com quatro pessoas a bordo, marcou 5,1 l/100 no computador de bordo; em autoestrada, respeitando os sacramentais 120 km/h, cravados no cruise control adaptativo, a média foi de 5,3. Mas quando se pisa mais forte no acelerador e se imprimem outros ritmos, o consumo dispara e dai uma média final de 5,8 l/100 para cerca de 420 quilómetros. Segundo o computador de bordo, cumpri metade da distância em modo elétrico! Razoável e, arrisco-me a dizer, ainda assim ao alcance de poucos híbridos em andamento semelhante.

Bom ambiente, janelas pequenas atrás e insonorização invulgar

Passando à vivência dos aspetos práticos, antes de entrar, registo para a posição muito elevada dos (originais!) puxadores das portas traseiras e para o acesso que estas facultam, longe de ser brilhante. O habitáculo é simpático, simples e surpreende ainda a instrumentação analógica. Destaca-se, claro, o grande ecrã tátil no topo do tablier. Os materiais fazem jus à melhor escola japonesa, com plásticos dúcteis, agradáveis ao toque. Ao volante sentimo-nos bem, os bancos desportivos – neste caso em alcantara e pele com a sigla GR gravada – ajudam, a ergonomia dispensa reparos, tudo à mão. O ecrã digital coloca os problemas do costume: mantém grafismo desactualizado e os antiquados gráficos de barras. Atrás, o espaço é bom para quatro, normal; mais complicada a sensação de clausura causada pelo efeito da cintura alta conjugado com as janelas pequenas. Vá lá que estas abrem. É a solução estética a condicionar outro conforto a bordo… e a desaproveitar um pouco a insonorização invulgar a este nível da oferta.

A maquilhagem que faz a diferença contempla jantes em liga de 19 polegadas, tejadilho Night Sky e aplicações em piano black. No interior os bancos em pele e alcantara com a sigla GR ajudam à imagem desportiva e contam com ajustes elétricos. Não falta um sistema de som JBL com nove colunas.

Em termos de equipamento, acrescem faróis e óticas traseiras em LED, dispositivos como o assistente de condução inteligente, cruise control adaptativo, reconhecimento de sinais de trânsito e sistema de aviso pré-colisão, comandos multimédia no volante em pele, ar condicionado automático, sensores de chuva e luz, máximos automáticos, câmara de marcha atrás e vidros escurecidos.

O Toyota C-HR 2.0 GR Sport, vale por aquilo que é, a opção de imagem desportiva do conhecido SUV nipónico, mas os retoques na suspensão e na direção contribuem para dar outra eficácia aos 184 cv de um automóvel híbrido com prestações normais e consumos razoáveis.

FICHA TÉCNICA

TOYOTA C-HR 2.0 GR SPORT HYBRID

Motor: 1987 cc, Atkinson, injeção sequencial

Potência: 184 cv

Binário: 190 Nm/4400-5200 rpm

Transmissão: eCVT com seis velocidades virtuais

Módulo elétrico: motor de magneto permanente, 80 Kw, 202 Nm

Bateria: hidretos metálicos de níquel, 180 módulos, 216 V; bateria híbrida, 6,5 Ah

Aceleração 0-100: 8,2 s

Velocidade máxima: 180 km/h

Consumos: média – 5,3 L/100

Emissões CO2: 119 g/km

Capacidade da mala: 358 litros

Preço: 40 410€. Toda a gama tem sete anos de garantia