Frente arredondada e cromados em evidência, um estilo muito asiático (Foto Suzuki)

Silhueta simples e boa postura (Foto Suzuki)

Luzes marcantes na traseira. sem deflector e com óculo grande (Foto Suzuki)

Fora de estrada, sempre à-vontade (Foto Suzuki)

Tablier simples, mas também cinzentão (Foto Suzuki)

Informação própria dis híbridos no computador de bordo (Foto Suzuki)

Ecrã central tátil, baixo, pode espelhar o smartphone (Foto Suzuki)

Comando dos modos e condução na consola (Foto Suzuki)

Apoio de braços com caixa associado à consola (Foto Suzuki)

Bancos em pele e tecido dão toque de conforto (Foto Suzuki)

Eepaço atrás é prejudicado pelo túnel da transmissão (Foto Suzuki)

Integração bem feita das luzes diurnas e de nevoeiro (Foto Suzuki)

Não faltam os faróis automáticos em LED (Foto Suzuki)

O motor híbrido, a sua economia e a tração integral automática compensam o peso dos anos e soluções passadistas do inconfundível Suzuki Vitara. Continua a ser um SUV bem nascido da tradição do fora de estrada, situação que encara com naturalidade e lhe marca a diferença. Dinâmica interessante, conforto q.b. só o preço pode fazer pensar duas vezes, 32 860€. De todo o modo, avaliação positiva.

Depois do pioneirismo nos semi-híbridos, chegou a vez da Suzuki se lançar nos híbridos de raiz, já presentes na sua gama através do acordo com a Toyota que trouxe o Swaze, o Corola com emblema da marca de Hamamatsu.

A solução foi casar um quatro cilindros atmosférico 1.5 a gasolina com um motor/gerador elétrico de 33 cv associado a uma bateria de escassos 0.84 kWh. O sistema é idêntico àquele que a Toyota utiliza e a grande diferença reside na transmissão, uma caixa automática de seis velocidades (AGS) em vez da CVT. A potência combinada é de 115 cv e o binário de 138 Nm.

O Suzuki Vitara Strong Hybrid é um automóvel competente. Junta àquilo que se espera da tecnologia em termos de economia a diferença das quatro rodas motrizes, solução para outras possibilidades e argumento acrescido de segurança. É um bom e cómodo rolador, agradável de conduzir

Sem surpresa, a condução torna-se mais natural. Mesmo que o nervo não seja caraterística do motor, a verdade é que se revela muito diferente a subida de regime do motor, sem aquela sensação de arrasto da transmissão de variação contínua e também com outro conforto acústico a bordo. A caixa de velocidades, que nem é rápida e tem gestão ajustada para uma condução descansada, pode ser comandada pelas patilhas no volante, sem que daí advenha grande proveito. O modo Sport, sente-se e ouve-se, mas este Vitara é antes de mais um bom rolador, não um sprinter.

Um bom rolador sem caraterísticas de velocista (Foto Suzuki)

Piloto do modo elétrico “acende” muitas vezes

A gestão do sistema desenvolve-se com grande naturalidade. Não se dá pelas mudanças de funcionamento e o que se nota é o frequente brilho da luz piloto verde que indica o funcionamento em modo elétrico. Ora, isto explica os consumos interessantes que registei: 6,3 com quatro pessoas a bordo e ar condicionado, em cerca de 200 quilómetros, no trânsito de fim-de-semana e sem pressas. Na autoestrada, aos sacramentais 120 km/h cravados no cruise-control adaptativo o computador de bordo registou 6,6 litros/100 km. Qualquer dos valores me pareceu suscetível de baixar, sobretudo o primeiro.

Em curva, o Vitara supera as limitações esperadas em função da altura e não revela grande tendência para “enrolar” nas transferências de massas. A direção podia ser mais precisa, mas importa lembrar que este SUV, graças à tração integral (o sistema AllGrip) permite algumas habilidades, além de ajudar noutras situações. Os travões têm aquela afinação própria para beneficiar a regeneração.

Os modos de condução continuam a ser quatro. Auto, Sport, Neve e Lock, o qual permite  bloquear o diferencial central e aumentar as capacidades fora de estrada. O comando é o tradicional botão giratório na base da consola.

Em termos estéticos, pouco há a dizer sobre o Vitara. É um SUV de formas simples, assumidamente japonês com aquela frente arredondada que “puxa” pelos cromados numa solução datada, destaca o símbolo da marca de procura a originalidade na assinatura luminosa. Perfil simples, esculpido no sentido de passar músculo para a traseira através de abaulamento vincado da carroçaria. Atrás, grandes óticas num portão simples com um grande óculo e sem qualquer defletor aerodinâmico. As jantes de 17 polegadas são o suficiente para que o Vitara não pareça pendurado nas rodas, apesar da razoável distância ao solo (17,5 cm).

Interior passadista, habitabilidade razoável, mala pequena

No interior, marcado pelo plástico, amenizado por uma faixa prata com pontilhado preto a meio do tablier, um ambiente tristonho, essencialmente antiquado. Instrumentação analógica, separada pelo computador de bordo a cores (podia ser mais completo) ainda comandado por um longo espigão tal como o contador parcial de quilómetros. Não faz sentido. O ecrã central, em posição baixa, é muito limitado no software. Os espaços para arrumos são poucos, a consola recebe um apoio de braços com caixa, o travão de mão é convencional. Bons são os bancos dianteiros com pele sintética e o espaço disponível. Atrás, o túnel alto não ajuda; o espaço fica-se pelo honesto para dois e vale ser possível passar os pés sob a estrutura dos bancos dianteiros.

No que respeita à mala, a solução híbrida rouba muito espaço: 289 litros de capacidade e um plano de carga alto, ainda que alinhado com o fundo.

Bom recheio de equipamento

Em termos de equipamento, um bom pacote: tração integral AllGrip, travagem de emergência autónoma, alerta e assistente de mudança de faixa, reconhecimento de sinais, ecrã tátil compatível com Android Auto e Apple CarPlay, Bluetooth, áudio DAB, navegação e câmara traseira, faróis LED automáticos, luzes diurnas e traseiras em LED, botão de arranque, ar condicionado automático, volante multifunções em pele regulável em altura e profundidade, bancos em tecido e pele, aquecidos à frente, quatro modos de condução, incluindo Lock, detetor de ângulo morto, cruise control adaptativo e limitador de velocidade, controlo de retenção e descida em pendentes.

A Suzuki dá cinco anos de garantia ou 150 mil quilómetros.

O Suzuki Vitara Strong Hybrid é um automóvel competente. Junta àquilo que se espera da tecnologia em termos de economia a solução das quatro rodas motrizes solução para outras possibilidades e argumento acrescido de segurança. É um bom e cómodo rolador, agradável de conduzir.

FICHA TÉCNICA

Suzuki Vitara 1.5 GLX 4WD Strong Hybrid

Motor: 1462 cc, injeção multiponto

Potência: 102 cv/6 000 rpm

Binário máximo: 138 Nm/4 400 rpm

Módulo híbrido: motor/gerador; bateria de 0,84 kWh

Potência combinada: 116 cv

Binário máximo: 138 Nm

Transmissão: integral, caixa automática de seis velocidades, patilhas no volante

Aceleração 0-100 Km/h: não anunciada

Velocidade máxima: 180 km/h

Consumo médio: 5,8 l/100 km

Emissões CO2: 132 g/km

Dimensões: c/l/a – 4,175/1,775/1,610 m

Peso: 1 338 kg

Mala: 289/569 litros

Preço: 32 860€, versão ensaiada; gama desde 24 166€ (valores com campanhas em vigor)