Para-choques bifurcados vieram maquilhar um rosto conhecido (Foto VW Newsroom)

Evidente a determinação em curva (Foto VW Newsroom)

Silhueta coupé parece tornar o ID.5 mais comprido (Foto VW Newsroom)

Minimalismo habitual a marcar o ambiente (Foto VW Newsroom)

Bancos confortáveis na dianteira (Foto VW Newsroom)

Banco mais alto atrás e sempre muito espaço (Foto VW Newsroom)

Bagageira bate o ID.4, com 549 litros de capacidade (Foto VW Newsroom)

Asa traseira traz melhorias e pior visibilidade (Foto VW Newsroom)

Faróis em LED para toda a gama (Foto VW Newsroom)

Agra chega o "5", o próximo na Europa será o ID.7 (Foto VW Newsroom)

O inevitável SUV coupé já integra a família elétrica da Volkswagen, é o ID.5, diferenciável pelo estilo e valorizado pelo software relativamente ao ID.4 com o qual partilha quase tudo e se iguala nas dimensões. Bateria de 77 kW, três níveis de potência (174/204/299cv), autonomia desde 490 a 536 km e preços a partir dos 51 200€.

Chegado a Portugal depois do que se esperava pelas razões sabidas e esgotadas as primeiras unidades, agora é tomar lugar na lista e esperar, no mínimo seis meses, para poder comprar um ID.5, o qual se tem mostrado já particularmente atraente para aqueles que podem aproveitar dos benefícios fiscais na compra de um automóvel elétrico. Não é surpresa…

A inclinação do tejadilho confere-lhe a elegância própria do coupé de quatro portas  (silhueta bem trabalhada no Grupo VW) a qual, curiosamente, faz com que o automóvel pareça maior, mais longilíneo, quando afinal só tem mais um centímetro (4,599 m) do que ID.4. A redução da altura (-3 cm) é outro fator a contribuir para essa ideia num automóvel que se distingue dos seus “irmãos” por dois pormenores. Antes de mais, a asa traseira, que favorece a autonomia (e prejudica a visibilidade), depois o para-choques bifurcado que lhe dá originalidade ao caráter. As grandes jantes, que podem ir das 19 às 21 polegadas, reforçam a imagem.

Silhueta esperada numa gama que vai ainda crescer, o SUV coupé ID.5 cumpre com as expetativas e, mesmo sem revolucionar, consegue ainda incluir uma série de novidades que valorizam e enriquecem a oferta elétrica da VW

Por dentro, o espaço continua a impressionar, com níveis de habitabilidade que surpreendem à frente e, atrás – banco mais elevado –, são um mar de espaço em todas as medidas, à custa da conhecida plataforma MEB, plana e que abriga as baterias sob o piso. A bagageira cumpre com aquilo que se pode exigir de um elétrico: 549 litros, mais seis que o ID.4, ampliáveis até aos 1 561 litros com o sistema de rebatimento dos bancos (60×40).

A silhueta que faltava na família, sempre bem trabalhada no grupo alemão (Foto VW Newsroom)

Ambiente sempre minimalista e talvez de mais

O ambiente reflete o estilo que marca a família ID. Com o pequeno painel de instrumentos digital de informação básica (5 polegadas) associado ao seletor de marcha e o ecrã do infoentretenimento, o tablet tátil habitual (12 polegadas). As críticas a fazer são as mesmas: abuso das funções hápticas. Aquele minimalismo quase desconcertante que se respira ao volante leva-nos a admitir que simplificar, por vezes, resulta em complicar ou, pelo menos, dificultar e constituir motivo de distração. É uma questão cada vez mais transversal e que, parece-me, merece reflexão dos construtores.

Uma das melhorias importantes tem a ver com a mais recente geração de software – 3.1 – através da qual foram reduzidos os tempos de carregamento (agora a um máximo de 135 kW), e que refletem-se na possibilidade de ganhar 390 km com 29 minutos de  carga ou 320 km (versão mais potente) em 36 minutos. O carregador embarcado é de 11 kW.

Além disso, a inovação melhora os controlos por voz, o Planeador de Rotas e descarrega remotamente futuras atualizações “over the air”.

Três escolhas de potência para dois consumos

Em matéria de motorização, a versão de entrada, designada Pro (174 cv), disponibiliza o binário de de 235 Nm, e as prestações são de 10,4 segundos na aceleração 0-100 e 160 km/h de velocidade máxima; a versão intermédia, Pro Performance (204 cv) com 310 Nm de binário máximo, ganha na aceleração: 8,4 segundos de 0 a 100 e mantém a velocidade máxima; ambas recorrem à tração traseira. O topo de gama GTX, com 299 cv de potência e 460 Nm de binário máximo, dois motores, um por eixo eixo, e tração integral, propõe números mais impressivos: 6,3 segundos de 0 a 100 e 180 km/h em velocidade de ponta. Em termos de consumo, os dois primeiros anunciam 16,2 kW/100 km; o mais potente, 17,1 kW/100 km.

Luzes LED em toda a gama (que podem ser matriz), head-up-display de realidade aumentada, condução autónoma de nível 2, pela primeira vez com capacidade para mudança de faixa assistida, possibilidade de recorrer a dados swarm, a par de um vasto leque de sistemas de assistência à condução não faltam na oferta. Que ainda inclui a função de estacionamento automático num local que tenha sido previamente guardado no sistema.

Um pequeno contacto ao volante da versão de entrada não permitiu grandes conclusões: suavidade e silêncio de marcha, conforto e muito espaço, condução agradável, argumentos já experimentádos no ID.4.

Silhueta esperada numa gama que vai ainda crescer, o SUV coupé ID.5 cumpre com as expetativas e, mesmo sem revolucionar, consegue ainda incluir uma série de novidades que valorizam e enriquecem a oferta elétrica da VW.

No que respeita a preços, são os seguintes: Pro, 51 461€; Pro Performance, 53 179€; GTX, 60 985€.