É um carro bem parecido e, para mim, mesmo com aquele emblema de estrela de quatro pontas, acho que muito poucos o desligariam da Volvo. O Polestar é o modelo de luxo da marca sueca agora na mão dos chineses. Que dificilmente poderiam começar melhor…
A hora da Volvo em Genève era o título de Carro do Ano Internacional do XC 40, lugar de destaque no espaço da marca. Importante, claro, mas o modelo já era conhecido e não foi de estranhar, por isso, que todas as atenções se concentrassem, afinal, no stand bem demarcado que mostrava o Polestar 1. O interesse foi tanto que se esgotou a informação a distribuir aos profissionais…
É um 2+2, coupé elegante, bem proporcionado, 4,5 metros (menos 65 cm no comprimento e 32 cm na distância entre eixos relativamente a um 90!) linhas bem definidas, design com aquela pureza muita própria dos nórdicos, quase frio de tão natural até na simplicidade com que somos confrontados com um automóvel elaborado. Não é espampanante e apenas agressivo q.b enquanto desportivo. Também ligeiro já que partes da carroçaria são moldadas em fibra de carbono. Um bom exercício de classe e sobriedade. Daqueles que parecem gerar consensos sem grande discussão.
O sistema, combinado, representa 600 cv de potência e o binário de 1000 Nm! (…) Atrativo é o facto de o Polestar 1 ser anunciado com uma autonomia de 150 km em modo elétrico, resultado para já imbatível entre as propostas de solução híbrida
No interior, a mesma filosofia, o indispensável toque de requinte nos materiais e aqueles pormenores de exceção, como o acabamento dos bancos, um primor, quase bordado!
A promessa de futuro do Polestar (versões 2 e 3) são motorizações 100 por cento elétricas, mas o modelo de lançamento é um híbrido que será produzido a uma cadência nunca superior às 500 unidades por ano.
Sobre a plataforma SPA da Volvo, dizem eles que muito modificada (50 por cento!), uma motorização híbrida que combina o conhecido 2.0 litros da Volvo, que faz mover as rodas dianteiras, com dois motores elétricos nas rodas traseiras que debitam 218 cv. O sistema, combinado, representa 600 cv de potência e o binário de 1000 Nm!
Atrativo é o facto de o Polestar 1 ser anunciado com uma autonomia de 150 km em modo elétrico, resultado para já imbatível entre as propostas de solução híbrida. Para comprovar, claro, sobretudo num modelo com este estilo.
Uma suspensão eletrónica inteligente (Öhlins) que permite a regulação dos amortecedores e um sistema de travagem (Akebono) com grandes discos (400 mm) e maxilas de seis pistões são outros pormenores a acrescentar ao combinado tecnológico cujas prestações andam por uma capacidade de aceleração inferior a 4 segundos nos 0 a 100 e uma velocidade de ponta limitada aos sacramentais 250 km/h. Impressivo!
Seis mil potenciais clientes
Projetado na Noruega e produzido em Chengdu, na China, o Polestar 1 entra em produção em meados deste ano e as pré-encomendas (depósito de 2500 euros, reembolsável) abrem no dia 13 de Março. Portugal é um dos 18 países contemplados nesta fase e, segundo a Volvo, há 35 potenciais clientes. Por curiosidade, registem-se os outros mercados do Polestar 1: China, EUA, Suécia, Alemanha, Noruega, Holanda, Suiça, Reino Unido, Bélgica, Finlândia, França, Polónia, Áustria, Espanha, Itália, Dinamarca e Croácia.
A Polestar Consumer Experience, explica a Volvo, baseia-se num novo modelo de subscrição no qual os clientes garantem o seu automóvel por períodos de dois e três anos. Além do seguro e da manutenção “este serviço incluirá outros tipos de vantagens como, por exemplo entregas, no automóvel”.
Os responsáveis da Polestar anunciaram que já têm mais de seis mil potenciais clientes para o modelo de arranque do novo emblema de luxo…
“Esta nova marca irá beneficiar das sinergias tecnológicas especificas e de economias de escala em resultado da sua ligação à Volvo Cars”, acrescentam, o que permitirá “design, desenvolvimento e produção de automóveis elétricos de elevada performance”.
Sob a designação Polestar Engineered Brand são já produzidos os S60 e V60 Polestar com 367 cv. Polestar 2 e Polestar 3 serão elétricos.
Vamos esperar. Também pela decisão relativamente ao futuro deste híbrido…