Originalidade dos grupos óticos marca personalidade do Sportage (Foto KIA)

Toda a informação num ambiente conseguido e com qualidade (Foto KIA)

Solução PHEV garante 265 cv e 350 Nm de binário (Foto KIA)

Bateria está no fundo da mala e rouba espaço (Foto KIA)

Cabos de carregamento têm local próprio para arrumação (Foto KIA)

Carregamento é limitado pelos 7,2 kW (Foto KIA)

A evolução dos eletrificados não tem deixado de lado os Plug-in. Nova prova disso chegou com o KIA Sportage PHEV, o mais potente da família, 265 cv e tração integral. A experiência revelou números interessantes para um preço justo mesmo sem ser de saldo: pouco menos de 49 000€.

A KIA promete uma autonomia da ordem dos 78 Km. Parti com 90% da carga, cumpri 54 quilómetros em modo elétrico e sobraram os 15% das carga da bateria que permitem continuar a alimentar o sistema híbrido. Conduzi sem pressas, na cidade, em suburbano e na autoestrada, doseei a aceleração e rolei no modo ECO, suficiente para ainda assim fazer muitas ultrapassagens. Fazendo as contas, teria feito 65 km. Razoável!

Nos primeiros 100 Km, o computador de bordo indicou 2,7 l/100 km, o que me parece honesto, apesar de a KIA prometer 1,1 l/100 km, e, ao fim de 150 percorridos, o consumo era de 3,8 aos 100 com a indicação de mais 442 km de autonomia. São números a ter em conta para um SUV com 1900 quilos de peso, sempre pouco beneficiado pela aerodinâmica, por razões da filosofia de estilo própria destes automóveis.

Depois de a bateria dzr indicação de não ter energia suficiente para suportar o modo 100% elétrico, a carga andou sempre entre os 12/18% da capacidade, em andamentos normais que contemplaram os 120 em autoestrada, pautados pelo cruise control. Verdade que a capacidade de regeneração está longe de ser impressionante, mas, ainda assim, convence a eficácia do sistema híbrido, que continuaou a proporcionar alguns quilómetros à custa da bateria.

Nesta situação, como é natural, o consumo disparou, andou pela casa dos 7 litros, resultado interessante mesmo que hoje já superável. Mas, para a ideia que guardava da solução PHEV nos Kia é uma melhoria, na linha da evolução notável da marca sul-coreana. A média final foi de 6,7 l/100 km e o acumulado indicava 5,7 em 1 212 km. Para isto,e importa sempre referi-lo, é preciso considerar o carregamento diário da bateria. De outro modo, como se sabe, não faz sentido ter um Plug-in.

O arranque fez-se sempre em modo elétrico e o motor de combustão continuou a “calar-se” muitas vezes, mesmo com a carga de bateria a não superar os 18% da capacidade. Os travões, sem qualquer toque especial, dão sempre uma ajuda.

O KIA Sportage PHEV é uma opção a considerar com atenção por aqueles que querem um Plug-in e, especialmente, se podem beneficiar dos apoios fiscais. SUV moderno no estilo, tração integral, boa dinâmica, cómodo e espaçoso, honesto nos consumos e na autonomia, bem equipado, tem um sistema híbrido evoluído e um preço à altura de tudo isto – cerca de 49 000€, sem as benesses…

Em termos de condução, este é um SUV são a curvar, que acusa menos a altura do que os modelos a combustão por via do peso e aproveita o natural abaixamento do centro de gravidade. Guia-se bem, inspira confiança face aos atrevimentos e revela um compromisso de suspensão bem conseguido. Rolamento suave, absorve bem as irregularidades do piso e garante bom nível de conforto. A caixa de velocidades é audível especialmente quando se pede mais “vida” no modo Sport.

O mais potente da família 

A solução híbrida passa pela combinação do 1.6 T-GDi a gasolina, numa versão de 180 cv, com um  motor elétrico que debita 91 cv. O sistema é elimentado por uma bateria de 13,8 kWh. A combinação de tudo isto resulta no mais potente dos Sportage, capaz de fazer até 78 km em modo elétrico, de acelerar de 0 a 100 em 8,2 segundos e atingir os 191 km/h em velocidade de ponta.

Distinguível apenas pelo ponto de carregamento e a inscrição  PHEV neste e no portão, é um SUV vistoso, moderno, marcante na ousadia do estilo, a filosofia dos “opostos unidos” estreada no EV6. Tem o dom da originalidade e da mudança. Grelha expressiva e liberta das formas habituais do nariz de tigre, ainda assim reivindicadas, surpreende pelas luzes em losango encaixadas numa expressiva seta muito bem ligada às formas arredondadas lançadas pelo capô. Não há sequer parecido.

O perfil, bem musculado, é discreto mas vincado pela linha cromada que acentua a cintura elegante e é descontinuado para uma segunda linha a meio da custódia, num efeito bem conseguido.

A traseira, na linha atrevida do EV6, apresenta uma concavidade que nasce na base do óculo e acaba por ser um segundo defletor num portão simples, bem resolvido que não dispensa a barra cinza nos para-choques, um reaproveitamento dos triângulos no extremo inferior e um rasto luminoso personalizado com luzes em forma de lâmina ligadas por fina linha horizontal.

Bem assente em jantes de 19 polegadas, proporções equilibradas o novo KIA Sportage é daqueles automóveis que fixam o olhar e revelam uma postura convincente em estrada.

Interior acompanha modernidade

O interior é a resposta ajustada a esta imagem de modernidade. Desde logo, também ao EV6, o grande ecrã curvo com dois módulos – painel de instrumentos e infoentretenimento – e um terceiro ecrã intermutável para controlar os atalhos da informação ou o ar condicionado. Mesmo não tendo teclas ou botões físicos, é prático, ainda que melhor para a climatização.

Esta solução “condiciona” da melhor forma o tablier, que alberga um eficiente sistema de saídas de ar e se resume a uma lição de bom gosto no casamento dos materiais, plásticos de qualidade, em cima a imitar a pele até com pesponto, inserções ao estilo de fibra de carbono, finas molduras tipo crómio e piano black. Este, o material que predomina na consola, com o selector de marcha circular e, entre outros, os botões da ignição e dos modos de condução, e ainda muito espaço para arrumação (incluindo o carregador wireless) até na caixa sob o apoio de braços bem posicionado. O travão de parque elétrico foi levado para a parte inferior do tablier, ao lado do corte do ESP.

O volante multifunções em pele tem pega e dimensões adequadas e inclui as patilhas da caixa. Liga bem com o ambiente high-tech que se vive a bordo e que inclui cómodos bancos em pele e tecido com ajustes elétricos também no suporte lombar regulável para o condutor. Um e outros são aqueciodos.

Bom acesso e espaço atrás, tanto para as pernas como em altura. O túnel é baixo mas penaliza sempre quem se sentar ao meio, que tem a garantia de um recosto menos absorvente, por via da existência de um cómodo apoio de braços com porta copos. Não falta a saída de ar condicionado a partir da consola, nem as entradas USB-c, colocadas nos flancos dos bancos dianteiros.

O banco traseiro tem a inclinação das costas regulável, o rebatimento é tripartido (40x20x40) e pode ser acionado por patilhas na mala. Solução que joga a favor da modularidade e potencia uma mala de boa capacidade apesar da redução para 540 litros.

Bem equipado

Em termos de equipamento um pacote bem recheado que inclui iluminação full LED, painel de instrumentois Supervision com navegação, Bluetooth, ligações USB, seletor de modos, patilhas no volante, ar condicionado automático bizona, porta babagens de abertura e fecho automático, sensores de chuva, luz e estacionamento, câmara de marcha atrás, chave inteligente, cruise-control inteligente com stop&go, mood light, carregador wireless, vidros escurecidos atrás, barras no tejadilho, jantes de 19 polegadas.

O KIA Sportage PHEV é uma opção a considerar com atenção por aqueles que querem um Plug-in e especialmente se podem beneficiar dos apoios fiscais. SUV moderno no estilo, tração integral, boa dinâmica, cómodo e espaçoso, honesto nos consumos e na autonomia, bem equipado, tem um sistema híbrido evoluído e um preço à altura de tudo isto – cerca de 49 000€, sem as benesses…

FICHA TÉCNICA

KIA Sportage Plug-in Hybrid

Motor: 1 598cc, injeção direta, turbo, intercooler

Potência: 180 cv/5 500 rpm

Binário máximo: 265 Nm/1 500-4 500 rpm

Motor elétrico: 95 cv/304 Nm

Bateria: 13.8 kWh

Carregador embarcado: 7,2 kW

Potência combinada: 265 cv/5 500 rpm

Binário máximo combinado: 350 Nm – 1 500/4 500 rpm

Transmissão: integral, caixa automática de seis velocidades

Aceleração 0-100 km/h: 8,2 segundos

Velocidade máxima: 191 km/h

Consumo médio: 1,1 L/100 km

Emissões CO2: 25 g/km

Dimensões: 4,515/1,865/1,650 m

Peso: 1 905 kg

Bagageira: 540 litros

Preço: 48 814€ (39 686€ em IVA)