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Diesel Mazda 3 CS “cresceu” bem

Mais tradicional, o Sedan desenvolve com elegância um estilo amadurecido (Foto Mazda Presse)
Traseira contribui para a imagem de um automóvel bem "agarrado" à estrada (Foto Mazda Presse)
Bem proporcionado, o Sedan aproveita os painéis laterais para reflexos originais (Foto Mazda Presse)
Qualidade percebida em nível elevado num tablier original e bem construído (Foto Mazda Presse)
Instrumentação cuidada e grafismo de boa leitura em enquadramento sugestivo (Foto Mazda Presse)
Active Driving Display, na designação Mazda, é por projeção no para-brisas (Foto Mazda Presse)
Ecrã central tem 8,8 polegadas e continua a ser comandado por um botão na consola (Foto Mazda Presse)
Travão de mão eléctrico, botões de comando das funções do ecrã e do volume do rádio (Foto Mazda Presse)
Bancos bem desenhados garantem conforto e apoio lateral (Foto Mazda Presse)
ESpaço razoável para os passageiros do banco traseiro (Foto Mazda Presse)
Mala com 405 litros e capacidade até aos 1105 rebatendo os bancos traseiros (40X60) nos puxadores que se vêem em cima (Foto Mazda Presse)
Tradicional grelha Mazda continua a ser bem trabalhada (Foto Mazda Presse)
Todos os elementos desnecessários foram dispensados nos faróis (Foto Mazda Presse)
Gradações diferentes nos anéis das luzes traseiras criam efeito de movimento (Foto Mazda Presse)
Jantes em liga de 16 polegadas com desenho específico (Foto Mazda Presse)
Construção no respeito dos princípios Skyactiv, tudo à frente e um motor 1.8 Diesel com 116 cv (Foto Mazda Presse)

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É anunciado como o modelo que abre novo e ambicioso ciclo de produto na Mazda, desenvolvendo princípios a que o público se habituou. E a nova geração do Mazda 3 promete. Uma experiência ao volante do Sedan com a motorização Skyactiv 1.8 D deixou boa impressão quanto à dinâmica e à economia de um automóvel que “cresceu” muito bem. Custa 30 300 euros.

Parece-me que não pode agora falar-se de familiares com três volumes na medida certa sem considerar o Mazda 3 Sedan. Espaço, habitabilidade, boa mala, conforto e aí temos a primeira parte de uma receita que está, seguramente entre as mais equilibradas do segmento.

A segunda metade da receita e que lhe apura o sabor, tem que se lhe diga, neste momento, pois está relacionada com a motorização Diesel, escolha que alguns começam a pôr em causa. Mesmo com um bloco 1.8 é fácil baixar dos 5 litros aos 100, e considerar os 4,5 como média normal. Na autoestrada, dentro dos limites, consegui, naturalmente, ler 4,7 no computador de bordo, variando o tipo de percurso os números estabilizavam nos 4,9 e só quando “convidei” este Mazda 3 a mostrar tudo aquilo que vale numa utilização que pouco tem a ver com o quotidiano ao volante de qualquer chefe de família cheguei aos 6 litros – a média do combinado indicada pela marca.

Um salto significativo este Mazda 3 Sedan com o Skyactiv 1.8 Diesel. Dinâmica convincente, despachado q.b. e económico, habitabilidade razoável e boa mala conta ainda com um pacote de equipamento interessante e um preço competitivo

Serviu a experiência, que a maioria nem nunca fará, para valorizar outro aspeto, a excelência da dinâmica do familiar nipónico. Este é um três volumes que “enrola” na proporção certa das curvas, exibe desenvoltura e faz, em quarta e quinta o que muitos não permitem sem calafrios, mostrando eficácia que eleva a sensação de segurança a parâmetros elevados. Um automóvel com conta, peso e medida mesmo sem uma direção muito direta, o que nem impede de o sentirmos respeitador e bem mandado. Registe, de todo o modo, uma suspensão algo seca, pormenor que os passageiros do banco traseiro vão assinalar.

É claro que o Diesel, hoje, é sempre escolha para muitos já controversa, ainda que não sobrem dúvidas de que estas motorizações estejam para durar muitos e bons anos, se não houver uma revolução – e parece difícil mesmo que continuem a aumentar as vendas dos motores a gasolina e haja cada vez mais híbridos, Plug-in e modelos cem por cento elétricos. Mas essa não é discussão para aqui…

Agradável de conduzir

Ora, este motor é de uma grande agradabilidade de condução, o binário (270 Nm) ajuda e o crescendo do motor na resposta ao acelerador permite que se atinjam andamentos significativos com facilidade. É aquela alma que, por exemplo, facilita as ultrapassagens e faz desta versão do Mazda 3 Sedan, que não é uma máquina, atenção, um belo rolador, ainda por cima num ambiente em que o ruído de marcha marca pontos quando nos lembramos de que debaixo do capô está um motor Diesel. Bom trabalho na insonorização.

A caixa manual de seis velocidades é muito agradável e a travagem, nem por ter caraterísticas de progressividade deixa de cumprir bem o seu papel, atendendo à relação peso/potência e à filosofia de um familiar.

A imagem deste Sedan é moderna, as linhas simples e fluídas e as dimensões – tem 4,66 metros –  associadas aos três volumes fazem pensar num automóvel maior, e há até quem  pergunte se é um Mazda 6… As proporções são equilibradas e favorecem a ideia de solidez de um automóvel que está muito bem ligado ao solo. As óticas “laminares” e bem rasgadas dão-lhe um toque de vanguardismo. Um estilo que não andará longe do consensual para a opção três volumes.

Qualidade evidente

O interior é um exercício de minimalismo bem conseguido. Curiosa a forma do tablier feito de sobreposições e rematado por uma espécie de ”tampa” que deixa um espaço para receber numa “bolsa” o ecrã central de 8,8 polegadas, horizontalizado e sempre comandado pelo prático botão na consola. Esta disponibiliza muito espaço para arrumação e inclui uma grande caixa sob o apoio de braços. Registo para o facto de não haver plástico no tablier, apenas no forro das portas. E boa nota para a qualidade percebida e para a construção.

A instrumentação é simples, só o velocímetro é digital, mas nesta versão não falta o head-up display por projeção no para-brisas. O grafismo do ecrã central é vulgar e o sistema não impressiona do ponto de vista da intuitividade.

Habitabilidade em plano razoável, bancos dianteiros com bom apoio, todas as regulações e boa posição ao volante fácil de conseguir. Atrás, sem surpresa, tudo é melhor para dois.

Quanto à bagageira, pena o grande desnível para o fundo e a altura de entrada. Os bancos rebatem na proporção 60×40 através de dois puxadores na parte superior da moldura da bagageira. Prático!

Em termos e equipamento, a versão Evolve conta, designadamente, com ar condicionado automático, volante multifunções em pele, travão de mão elétrico, activa driving display projetado no para-brisas, radar cruise control, sistema de manutenção em faixa, detetor de ângulo morto, reconhecimento de sinais, compatibilidade Android/CarPlay, navegação, retrovisores automáticos, sensores de luz e de estacionamento traseiro, jantes em liga de 16 polegadas. Os LED diurnos são um inesperado extra, numa lista que pode propor câmara de estacionamento, chave inteligente e luzes adaptativas em LED.

Um salto significativo este Mazda 3 Sedan com o Skyactiv 1.8 Diesel. Dinâmica convincente, despachado q.b. e económico, habitabilidade razoável e boa mala conta ainda com um pacote de equipamento interessante e um preço competitivo.

FICHA TÉCNICA

Mazda 3 CS 1.8 Skyactiv-D 116 cv

Motor: 1759 cc, diesel, injeção directa, start/stop

Potência: 116 cv/4000 rpm

Binário máximo: 270 Nm/1600-2600 rpm

Transmissão: caixa manual de seis velocidades

Aceleração 0-100: 10,3 segundos

Velocidade máxima: 199 km/h

Consumos: combinado – 6 l/100; média velocidade – 4,8; baixa velocidade – 5,1

Emissões CO2: 130 g/km

Bagageira: 405/1105 litros

Preço: 30 306 euros