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Nissan Juke tem novos galões

Outro rosto, expressão melhorada com nova filosofia para a iluminação (Foto Nisssan Newsroom)
Proteções plásticas reforçam a imagem de um crossover que parece mais coupé (Foto Nisssan Newsroom)
Mais composto, o Juke "aceita bem" a solução da pintura bitom (Foto Nisssan Newsroom)
Questões da aerodinâmica chegaram à finalização do tejadilho (Foto Nisssan Newsroom)
Outro estilo, a mesma jovialidade e um toque high-tech sem "futurices" (Foto Nisssan Newsroom)
Caixa automática disponível; na consola a ignição e, na base do seletor, o comando dos modos de condução (Foto Nisssan Newsroom)
Patilhas no volante para a gestão manual da caixa automática (Foto Nisssan Newsroom)
Colunas de som nos recostos de cabeça para as versões topo de gama (Foto Nisssan Newsroom)
Premiere Edition tem bancos desportivos com a identicação Juke (Foto Nisssan Newsroom)
Nova lógica para a iluminação inclui o recurso aos LED (Foto Nisssan Newsroom)
Portão esculpido tem efeito curioso mas eleva o plano de carga (Foto Nisssan Newsroom)
Luzes salientes e com formas vincadas, destacam os ombros (Foto Nisssan Newsroom)
Edição limitada conta com jantes de 19 polegadas, disponíveis na gama (Foto Nisssan Newsroom)
Uma designação que está para ficar (Foto Nisssan Newsroom)

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Uma grande evolução, outro automóvel este novo Nissan Juke. A imagem é mais conseguida e o interior mais sóbrio. Ganhou ainda o espaço que lhe faltava, agora vivido com melhor nível de conforto também. Está limitado ao 1.0 de três cilindros turbo de 117 cv, o suficiente para cumprir. Sem grandes explosões, claro, mas com consumos a levar em conta. Tem preços desde 19 990 euros e uma oferta muito alargada de equipamento e personalização.

Agora assente na plataforma usada pelos Renault Clio e Captur, ligeiro e ágil, o Nissan Juke que guiei numa versão Premiere Edition (500 exemplares numerados) com a caixa automática de dupla embraiagem de sete velocidades, mexeu-se sempre muito bem, sem ser um exemplo de rapidez. A diferença é significativa quando se liga o modo Sport no interruptor na base do seletor de velocidades, especialmente na comparação com o modo ECO que faz-se realmente sentir. É a diferença entre uma vivacidade, mesmo que moderada, que assenta bem ao crossover nipónico, e os valores da razão de quem se rege por outros critérios. O modo Standard estabelece uma ponte equilibrada entre os extremos das escolhas.

Tudo isto à custa de um três cilindros conhecido que não merece reparos em termos de vibrações ou sonoridade e que se revela muito generoso na entrega da potência. As prestações, penalizadas na aceleração pela caixa automática (11,1 s contra 10,4 de 0 a 100) deixam perceber que não podem pedir-se milagres. No que respeita a consumos, considero razoáveis os 6,3 em auto-estrada com o cruise-control inteligente nos 120 km/h e os 6,4 no percurso urbano. A média geral, com alguns exageros, ficou-se nos 6,8. Pareceu-me capaz de melhor!

crossover bem interessante este Nissan Juke, mais espaçoso, confortável, vivo q.b para os 117 cv do três cilindros 1.0 e que com a caixa automática de sete velocidades permite consumos razoáveis. Os preços são competitivos e as escolhas muitas

Curva muito bem e a direção revela o “peso” adequado para manter na linha um eixo dianteiro obediente. E marca pontos a resposta da suspensão que nos transmite confiança. Diferente  daquelas  “tábuas” mais desportivas, o Juke agarra-se à estrada com afinco e resiste bem às bruscas mudanças de direção. Isto significa sem que a macieza da suspensão nos faça sentir aos baldões no habitáculo quando se usa um andamento mais exigente. Os bancos desportivos dão uma ajuda nesse particular.

Outro ambiente e mais espaço

A caixa automática de sete velocidades não prima pela rapidez se a ideia for utilizar as patilhas no volante à procura de outro envolvimento na condução. De todo o modo, a gestão é muito criteriosa e com mais travão ou acelerador consegue-se um bom compromisso, até porque não se notam hesitações e a relação certa “aparece” engrenada. Indiscutivelmente, e sem surpresa, é outro conforto na condução num carro já de si agradável de manobrar, daqueles com os quais se cria uma relação quase imediata.

A posição de condução é agradável, os bancos desportivos, repito, contribuem para isso, a exemplo do volante, boa pega, bem dimensionado e achatado no bordo inferior. Não faltam regulações, a ergonomia dispensa comentários.

Tudo isto vive-se num ambiente bem diferente, para mim menos futurista, ainda que moderno, jovial e, no caso desta versão topo de gama, com uma escolha de materiais –  alcantara, pele sintética, piano black – que potenciava a qualidade percebida.

Design simples mas elaborado, o conjunto, do meu ponto de vista evolução significativa, não dispensa o painel digital e o ecrã central ao estilo tablet, assente sobre as saídas de ar, com os comandos associados, sete teclas o bastante para complemento da função tátil. O botão de ignição está associado à consola.

Em matéria de espaço, o suficiente na dianteira, onde mexemos bem os cotovelos. Atrás, salto considerável na habitabilidade que nem é prejudicada pele inclinação do tejadilho, quando sentados ou nos momentos de entrar e sair. Obviamente, o conforto é para quatro, mesmo que se possa sentar um terceiro passageiro… que talvez exija um sorteio.

A bagageira, que permite jogar com um fundo falso, tem 422 litros de capacidade e com os bancos rebatidos pode chegar aos 797 litros, se nos ficarmos pelo nível dos bancos. O plano de carga é alto e grande o desnível para o fundo, logo penalizador da movimentação das cargas mais pesadas. A chapeleira é cartonada e articulada com a abertura do portão.

Os mesmos traços para um Juke diferente

Para finalizar, a estética, até porque as últimas impressões são, regra geral, as que perduram. O novo Juke é mais consensual e o aspeto marcante é o desaparecimento daquelas luzes dianteiras, grandes bolhas plásticas, de que nunca gostei. Sem perder os traços que lhe continuam a marcar a personalidade, o novo crossover da Nissan está mais composto, a frente ganha outro peso e as influências do novo design da marca – Micra e até Leaf – estão bem patentes na silhueta, que parece mais coupé, e na traseira onde as formas angulosas das óticas estabelecem contraste interessante com a forma esculpida do portão. Reconhecidamente, o novo Juke, é também, e sem dúvida, um Juke bem diferente.

Em termos gerais, um crossover bem interessante este Nissan Juke, mais espaçoso, confortável, vivo q.b para os 117 cv do três cilindros 1.0 e que com a caixa automática de sete velocidades permite consumos razoáveis. Os preços são competitivos e as escolhas muitas.

A Premiere Edition que guiei com 7 300 euros de extras para a versão base, reúne uma rica parafernália de equipamento. Só para se ter uma ideia: Pro-Pilot, com sistema de manutenção em faixa, cruise-control inteligente e assistência no para-arranca no trânsito; navegação; sistema de som Bose com colunas nos encostos de cabeça dos bancos dianteiros; chave inteligente; câmara de 360 graus com deteção de objetos em movimento; jantes de 19 polegadas; pintura bitom; faróis em LED; estofos em pele e forros de portas em alcantara; bancos desportivos Monoform; ar condicionado automático. E tudo o mais próprio de um carro bem equipado do segmento.

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FICHA TÉCNICA

Nissan Juke 1.0 DIG-T A/T Premiere Edition

Motor: 999 cc, três cilindros, turbocompressor, injeção direta, start/stop

Potência: 117 cv/5 250 rpm

Binário máximo: 200 Nm/1 750- 3 750 rpm

Transmissão: caixa automática de dupla embraiagem com sete velocidades; patilhas no volante

Aceleração 0-100: 11,1 s

Velocidade máxima: 180 km/h

Consumos: média WLTP – 6,4 L/100

Emissões CO2: média – 145 g/km

Bagageira: 442/797 litros

Preço: versão ensaiada – 27 200 euros; desde – 19 900 euros