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RAV4, as virtudes do SUV híbrido

Dianteira encorpada e agressiva marca a imagem de um SUV que não será consensual nas formas (Foto Toyota Newsroom)
Proporções são equilibradas e potenciam a ideia de robustez (Foto Toyota Newsroom)
Traseira contribui para afirmação de uma postura de bom pisar (Foto Toyota Newsroom)
Fora de estrada, o RAV 4 permite algumas liberdades, mesmo na versão 4x2 (Foto Toyota Newsroom)
Design limpo, tudo muito simples e evidentes sinais de qualidade (Foto Toyota Newsroom)
Fundo verde para a instrumentação digital quando se circula em modo ECO; computador de bordo "rola" no interior do velocímetro (Foto Toyota Newsroom)
Ecrã tátil de 8 polegadas, estilo tablet suspenso, pode mostrar a distribuição do fluxo de energia do sistema híbrido (Foto Toyota Newsroom)
Volante multifunções em pele tem boa pega (Foto Toyota Newsroom)
Comandos dos modos de condução foram integrados na consola, junto do travão de parque elétrico (Foto Toyota Newsroom)
Ar condicionado automático e bancos aquecidos à frente integram o equipamento (Foto Toyota Newsroom)
Almofadado onde deve ser, o tablier é uma justaposição de elementos que incluem prática prateleira (Foto Toyota Newsroom)
Cuidado nos acabamentos e boa escolha de materiais destaca-se no forro das portas (Foto Toyota Newsroom)
Bancos cómodos, revestidos a pele e com bom apoio na versão Square Collection (Foto Toyota Newsroom)
Boa habitabilidade atrás, com muito espaço para as pernas (Foto Toyota Newsroom)
Bagageira de boa capacidade (580 litros), plano de carga algo elevado (Foto Toyota Newsroom)
Rebatimento dos bancos traseiros (60X40) eleva a capcidade de carga para os 1690 litros (Foto Toyota Newsroom)
Não falta a proteção inferior e as entradas de ar "recebem" as luzes de nevoeiro (Foto Toyota Newsroom)
Defletor traseiro foi bem integrado e passa quase despercebido nas soluções bitom com tejadilho preto (Foto Toyota Newsroom)
Jantes de 18 polegadas com acabamento em preto robustecem a imagem do SUV nipónico (Foto Toyota Newsroom)
Assinatura original para a iluminação dianteira que conta com projetor LED na versão ensaiada (Foto Toyota Newsroom)
Bem "preenchido" o comportamento motor do híbrido RAV4 (Foto Toyota Newsroom)

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O brilho dos bons híbridos, incluindo os consumos, robustez e uma imagem de confiança foi quanto guardei da condução do novo Toyota RAV4, na versão de 2.5 Hybrid Dynamic Force com tração dianteira. Também boa habitabilidade e mala à altura. Esperava mais da informação disponibilizada e continuo a não gostar da caixa CVT que a marca japonesa vende aos milhões… Preço a partir dos 39 595 euros é aceitável mas, já se sabe, falta sempre alguma coisa nas versões de base.

Ver o RAV4 da quinta geração é admitir que as coisas continuam a mudar muito depressa no automóvel. Mas não vale a pena ir por aí. Os SUV hoje são o que são e nas muitas variações sobre um estilo, ou mais uma ideia, esta, pelo que constatei, agrada mais às mulheres. Para mim, não é dos Toyota mais felizes na imagem, mesmo não lhe faltando agressividade nem equilíbrio nas proporções de automóvel avantajado que até parece maior – tem 4,60 m de comprimento. Pisa bem e as jantes de 18 polegadas da versão ensaiada (podem ser 17) ajudam à ideia de peso na virtude da robustez.

No interior, respira-se alguma austeridade pela simplicidade do estilo. O design é limpo, linear e aquilo que mais marca é afinal importante, a qualidade – dos materiais, dos acabamentos o rigor das combinações de materiais. O tablier, espécie de justaposição de três placas, é almofadado onde deve ser, não dispensa a pele, ainda que sintética, e a consola alta cria dois ambientes, neste caso sem haver a preocupação de destacar o posto de condução.

Um SUV que aproveita muito bem as capacidades dos híbridos, bem construído e com evidentes sinais de qualidade, espaçoso, confortável, condução agradável e prestações honestas. A escolha é alargada e propõe muito para gastar dinheiro no carro “à medida”.

Apoio de braços com grande caixa, como para minimizar a exiguidade do espaço para arrumos nas portas, e dar importância às úteis prateleiras criadas no tablier, sempre uma boa ideia. A consola é um modelo de arrumação: integra os interruptores dos modos de condução – Eco, Normal, Sport – e, à parte, o EV. Além disso, travão de parque elétrico com auto-hold, e, claro, o seletor da caixa e-CVT, que permite também ele a opção Sport e o suporte das patilhas no volante. Obviamente, tudo muito “virtual” dada a natureza da transmissão. O carregador por indução também não falta, como as portas USB.

Informação deixa a desejar

O ecrã central tátil (8 polegadas), ao estilo do tablet suspenso, está na projeção da consola, sobre os comandos do ar condicionado. A informação disponível, mesmo sem ser adepto dos “fundos” a lembrar videojogos, deixa a desejar. O grafismo, além do mais, é medíocre, tão difícil se torna a leitura que nos permite avaliar da economia e do funcionamento em modo elétrico. Será o princípio de que importante são os resultados…

O painel de instrumentos, TFT de 7 polegadas, legível e este com grafismo mais adequado, é vivo, muda de cor – verde, branco e vermelho – consoante o modo e “instala” o computador de bordo ao centro, onde também exibe o fluxo de alimentação e carregamento da bateria que pode igualmente acompanhar-se no ecrã, como é vulgar.

Em matéria de habitabilidade – valorizada pelo aumento da distância entre eixos (3,3 cm) da nova plataforma – desafogo à frente, muito espaço atrás, com as condicionantes normais para quem for ao centro.. O banco rebate na proporção 60×40 e as costas podem assumir duas posições na inclinação, sem penalizar muito o conforto e dando mais algum espaço à mala, razoável nos 580 litros de capacidade que podem chegar aos 1690. Assinalável para um híbrido. O plano de carga é elevado.

Bem mandado, obediente e seguro

Fiz parte da condução sob chuvada intensa, em estrada apertada e a surpresa foi a sensação de conduzir um carro mais pequeno, pela agilidade evidenciada. A direção ajuda, a travagem também, a nova plataforma e um centro de gravidade mais baixo fazem o resto. Há uma ligeira diferença no comportamento se utilizarmos o modo Sport, outra vivacidade, mas o RAV não é especialmente dado a esse “feitio” e ganha então relevo excessivo a musicalidade da caixa e-CVT, cujo “arrasto” também pode notar-se no arranque – o peso conta… e são 1750 quilos.

De todo o modo, luzes amarelas só perante travagem forçada, forçada mesmo, já que o ESP mantém-se “sossegado” ou, pelo menos, despercebido, quando se pede ao RAV4 que mostre a sua capacidade para resistir às transferências de massas nos ziguezagues mais exigentes. A inclinação nunca é muita, o que pode notar-se é algum deslizamento. Mas basta levantar o pé para alimentar a convicção de que estamos ao volante de um carro bem mandado, obediente e seguro.

As patilhas no volante servem de pouco; o som “ambiente” e o indicador no painel de instrumentos não mentem, há alterações, mas as vantagens a retirar parecem insignificantes face ao efeito virtual de utilizar uma caixa manual.

Consumos interessantes

Em termo de consumo, os resultados são convincentes, sobretudo tendo em conta que estamos face a um motor com 2.5 litros e uma potência combinada de 218 cv. Na autoestrada, quatro pessoas a bordo e cruise-control inteligente nos 120 km/h, o computador de bordo registou 6,6. Por estrada nacional, na mesma distância e andamento tão comedido como o da maioria dos automobilistas, cheguei aos 4,4 com aumento para 5,1 incluindo mais um troço de autoestrada. Em cidade, o consumo variou entre os 5,7 e os 6,6. Dosear o acelerador e “aprender” a recarregar a bateria nas descidas, continua a ser importante neste tipo de motorização.

Guiei uma versão Square Collection, oferta média na gama, a qual acrescenta argumentos importantes a uma base razoável em termos de equipamento. Todos contam com ar condicionado automático, cruise control adaptativo, assistência de condução inteligente, sistema pré-colisão e reconhecimento de sinais. Neste caso, acrescem, designadamente, detetores de ângulo morto e da aproximação traseira de veículos, jantes de 18 polegadas pretas, sensores de luz, chuva, e estacionamento, câmara traseira, sistema smart entry e botão de arranque, faróis automáticos com projetor LED, luzes diurnas e traseiras na mesma tecnologia, faróis de nevoeiro, bancos em pele sintética, aquecidos à frente e com regulações elétricas para o condutor, tejadilho night sky, vidros traseiros escurecidos. São quase mais seis mil euros sobre a base que, claro, fazem muita diferença…

Em linhas gerais, um SUV que aproveita muito bem as capacidades dos híbridos, bem construído e com evidentes sinais de qualidade, espaçoso, confortável, condução agradável e prestações honestas. A escolha é alargada e propõe muito para gastar dinheiro no carro “à medida”.

É assim que a Toyota Portugal promove o RAV4

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FICHA TÉCNICA

Toyota RAV4 2.5 Hybrid Dynamic Force Square Collection 4×2

Motor: 2487 cc, injeção direta, gasolina

Potência: 178 cv/5700 rpm

Potência combinada: 218 cv

Binário máximo: 221 Nm/3600-5200 rpm

Transmissão: caixa de variação contínua controlada eletronicamente

Bateria: hidretos metálicos de níquel (34 módulos), 244,8V

Motor elétrico: síncrono, magneto permanente

Potência: 88 cv

Aceleração 0-100: 8,4 segundos

Velocidade máxima: 180 km/h

Consumos: combinado – 5,6 litros/100

Emissões C02: 126 g/km

Bagageira: 580/1690 litros

Preço: versão Square Collection, 45 395 euros: desde, 39 595 euros