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Kia Stonic vivaço e guloso

"Nariz de Tigre" envolve placa plástica em vez de grelha (Foto Kia Motors)
Silhueta equilibrada num SUV de 4,14 m de comprimento e 1,5 de altura (Foto Kia Motors)
Proteção traseira destaca-se no para-choques e integra a saída de escape (Foto Kia Motors)
Imagem jovem e desportiva para tablier e painel de instrumentos (Foto Kia Motors)
Grafismo simples para a instrumentação que inclui computador de bordo digital (Foto Kia Motors)
À chave inteligente junta-se o botão de arranque e paragem do motor (Foto Kia Motors)
Versão TX conta com caixa manual de seis velocidades e a opção automática (Foto Kia Motors)
Na consola, portas AUX e USB e ficha de 12V (Foto Kia Motors)
Computador de bordo e cruise-control comandam-se no braço direito do volante (Foto Kia Motors)
À esquerda: comandos de voz, rádio e telefone (Foto Kia Motors)
Espaço razoável à frente, separado por apoio de braços sobre caixa de arrumos (Foto Kia Motors)
Conforto para dois e espaço razoável para as pernas de quem viaja atrás (Foto Kia Motors)
Bancos em tecido com bandas em pele cozidas a pesponto (Foto Kia Motors)
Passageiros da traseira dispõem de ficha para carregar telemóveis ou utilizar outros dispositivos (Foto Kia Motors)
Bagageira tem 332 litros de capacidade; a moldura do portão não alinha com o fundo (Foto Kia Motors)
Bancos rebatem na proporção 60X40 e a capacidade de carga pode chegar aos 1135 litros (Foto Kia Motors)
Fundo falso é solução que muitas vezes se mostra útil (Foto Kia Motors)
Pequeno defletor sob a grelha tem a cor cinzenta da proteção traseira (Foto Kia Motors)
Barras no tejadilho são de série (Foto Kia Motors)
Luzes diurnas em LED envolvem os faróis de halogéneo bifuncionais que podem ter máximos automáticos (Foto Kia Motors)
Tecnologia LED também para as luzes traseiras, com efeito 3D (Foto Kia Motors)
Jantes em liga com 17 polegadas reforçam a imagem da versão TX (Foto Kia Motors)
Saída de escape está integrada na proteção traseira (Foto Kia Motors)
Identificação do três cilindros 1.0 de 120 cv está estampada no portão traseiro (Foto Kia Motors)

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Gosto do Kia Stonic desde a primeira hora, para que não sobrem dúvidas. Ao volante da versão a gasolina, 1.0 de 120 cv, aquela que agora começa a fazer mais sentido, fui encontrar um pequeno SUV equilibrado. Do lado das virtudes, pesa a relação preço/equipamento/qualidade. Entre os defeitos, aponto os consumos, afinal “feitio” comum aos motores de três cilindros. O preço começa nos 19 610 euros

Vistoso e personalizado, imagem jovem e robusta é aquilo que o Kia Stonic me transmite ao olhar. Bem proporcionado (tem 4,14 metros de comprimento; 1,76 de largura;1,5 de altura) e conseguido do ponto de vista estético, na linha dos recentes produtos do construtor sul-coreano, muito europeu vejo nele um pequeno SUV à medida de um casal jovem, mas basta não ser velho de espírito para admitir alguém de idade mais madura ao volante.

A dianteira com o tradicional “nariz de tigre” a envolver uma placa plástica em vez da grelha, limitada à grande entrada de ar que rasga o para-choques é pormenor tão distintivo quanto atrás o revestimento de proteção cinzento que integra a saída de escape. As jantes de 17 polegadas transmitem a força suficiente ao conjunto e ligam muito bem ao solo um SUV que ganha frescura nas tão em voga opções bitom.

Em termos de espaço, a proposta prima pela honestidade. À frente não há grande conflitos de cotovelos, atrás, a medida, claro, é para dois, ainda que seja de cinco a lotação, e o espaço para as pernas garante conforto ao nível da média do segmento.

Um pequeno SUV a ver com atenção pelos adeptos do género. Vistoso e jovem, equilibrado, espaçoso q.b., despachado e bem comportado. O motor de três cilindros a gasolina faz-se ouvir e tem de ser domado sob pena de se tornar guloso

Sem surpresa, o plástico manda no interior, mas a escolha de materiais foi criteriosa – há plásticos dúcteis no sítio certo, elementos decorativos q.b, os revestimentos são bons e alegres – e os níveis de qualidade, até pela montagem, estão em muito bom plano, afinal fazendo jus à reconhecida valorização da imagem da marca.

Ambiente interessante

O tablier “encaixa” na perfeição na jovialidade que respiramos no Stonic. Simples e desportivo, no imediato, base de um conjunto completo com o indispensável tablet central tátil, volante multifunções rombo com dimensões certas e boa pega, consola projetada na linha dos comandos da climatização, ergonomia a dispensar reparos. Um ambiente interessante.

A capacidade da bagageira é limitada a 332 litros – há melhor na concorrência – mas o rebatimento dos bancos (60×40) permite chegar aos 1135 litros e jogar com a modularidade habitual, capaz de resolver algumas dificuldades. O fundo falso é ajuda em algumas situações, mas o plano de carga não alinha com a moldura do portão o que é sempre menos prático. A chapeleira funciona em articulação com o portão.

Ao volante assumimos, com conforto razoável, a tradicional posição elevada. As afinações de banco e volante ajudam a encontrar na regulação certa para uma empatia fácil com a condução do Stonic. Ágil, tudo à mão, é um daqueles automóveis que consideramos fáceis de guiar, primeiro pela manobrabilidade, depois por ser bem mandado e bem comportado. Curva com desenvoltura e sai-se bem naquelas zonas mais “trabalhosas”.

Assente sobre a plataforma do Rio – nada a ver com o “primo” Hyundai Kauai –,o Stonic não acusa especialmente a altura e revela um compromisso interessante entre o conforto e a eficácia. Pode notar-se alguma secura na suspensão, mais sensível para quem viajar atrás.

Motor despachado

Tudo isto com um motor três cilindros, como é timbre destas modernas propostas, muito vivo e despachado, prestações interessantes. Mais reconhecível pelo ruído de funcionamento (sobretudo a baixa rotação) do que pelas vibrações, caixa de seis velocidades bem doseada, é do tipo “vaidoso”, gosta de mostrar o que vale, reagindo prontamente ao acelerador. Ora, este comportamento, se por um lado tem graça, por outro pede cuidado a quem faz contas aos consumos. Estas motorizações são sempre menos económicos do que se espera e este não foge à regra. Em autoestrada, com quatro pessoas a bordo, cruise-control nos 120 andou entre os 7 e os 7,3 litros aos 100. A média geral cifrou-se até neste último valor. Ao ritmo do passeio domingueiro, algumas filas e nada de excessos, consegui 6,8. Pareceu-me difícil ir abaixo disto.

A versão que guiei foi um TX, o topo de gama que inclui um pacote de equipamento considerável: chave inteligente e botão de arranque, bancos em pele e tecido, ar condicionado automático, volante multifunções em pele perfurada, ecrã tátil de 7 polegadas com navegação, rádio, Bluetooth, câmara traseira, sensores de luz e chuva, luzes diurnas em LED, projetores de halogéneo bifuncionais e faróis de nevoeiro, vidros escurecidos e jantes em liga leve de 17 polegadas. No caso, acrescia o Pack ADAS Plus (1000 euros), que inclui travagem de emergência, sistema de manutenção em faixa, máximos automáticos, detetor de ângulo morto. Faz diferença…

Outra opção é a pintura bitom, disponível apenas no TX, a qual custa mais 500 euros.

Enfim, um pequeno SUV a ver com atenção pelos adeptos do género. Vistoso e jovem, equilibrado, espaçoso q.b., despachado e bem comportado. O motor de três cilindros a gasolina faz-se ouvir e tem de ser domado sob pena de se tornar guloso.

Como é norma na Kia, o Stonic beneficia daquele que continua a ser grande argumento da marca: sete anos de garantia.

 

FICHA TÉCNICA

Kia Stonic 1.0 T-GDI TX

Motor: 998 cc, três cilindros, turbo, gasolina, start/stop

Potência: 120 cv/6000 rpm

Binário máximo: 172 Nm/1500-4000 rpm

Transmissão: caixa manual de seis velocidades

Aceleração 0-100: 10,3 s

Velocidade máxima: 184 km/h

Consumos: média – 5,5 litros/100; estrada – 4,9; urbano – 6,5

Emissões de CO2: 115 g/km

Bagageira: 332/1135 litros

Preço: 23 910 euros*; desde 19 610 euros; versão com caixa automática de 7 velocidades – 25 210 euros

*Está em vigor uma campanha de apoio direto à compra no valor de 3200 euros e que pode chegar aos 4000 com financiamento