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T-Cross, três cilindros bastam…

Dimensões mais reduzidas não impedem frente vigorosa (Foto Newsroom SIVA)
Compacto, musculado, proporções equilibradas (Foto Newsroom SIVA)
Barra com refletor une os grupos óticos (Foto Newsroom SIVA)
Laranja Energetic, traz a cor exterior para tablier e consola (Foto Newsroom SIVA)
Solução familiar na instrumentação, já digital (Foto Newsroom SIVA)
Consola tem espaços para pequenos arrumos (Foto Newsroom SIVA)
Habitabilidade razoável, espaço à medida de dois... (Foto Newsroom SIVA)
Banco traseiro rebate (60X40) e pode ser movido (Foto Newsroom SIVA)
A capacidade de carga pode chegar aos 1281 litros (Foto Newsroom SIVA)
Com o banco armado, a capacidade de carga varia entre os os 385 e os 455 litros (Foto Newsroom SIVA)
Escolha de cores variada também contempla a opção bitom (Foto Newsroom SIVA)

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Um pequeno SUV à medida de uma família jovem, o novo VW T-Cross. Estilo apelativo, ousadia na decoração, habitabilidade e espaço, caraterísticas a ter em conta numa proposta equilibrada com o motor tricilíndrico 1.0 de 115 cv. Economia assinalável e um preço competitivo desde 18 711 euros.

Por fora, temos uma colagem curiosa e conseguida de formas conhecidas na cada vez maior família de SUV VW. Proporções conseguidas em 4,10 de comprimento por 1,84 de largura, compacto e robusto inspira confiança, até por, indiferente à altura (1,76), assentar muito bem na estrada. Frente vigorosa, perfil musculado, cintura alta, traseira marcada pela barra refletora que une os grupos óticos: interessante!

Por dentro, design simples, também ele imagem do ambiente familiar dos mais pequenos da marca. Uma grande moldura na cor exterior, raiada a cinza escuro, a envolver o tablier dá o toque de irreverência num autêntico “festival” de plástico, que só admite superfícies ligeiramente almofadas nos apoios de braços das portas e da consola. Passou a ser normal neste segmento inferior da VW e a verdade é que, passe a surpresa, não fica em causa a construção nem o acabamento e sobra a sensação de uma razoável imagem de qualidade percebida. Eles lá sabem e os resultados falam por si.

Um SUV interessante este VW T-Cross na versão 1.0 três cilindros de 115 cv. Vistoso e compacto, espaço razoável, boa dinâmica assente na tradicional firmeza alemã, despachadinho e económico, está bem equipado e tem um preço competitivo

Na versão Life com o pack Laranja Energetic que conduzi – e com muita vida na cor laranja que nem as jantes de 17 polegadas poupa – os bancos dianteiros têm por exemplo apoio lombar regulável, o que ajuda a afinar a boa posição de condução, ligeiramente elevada, claro, face a um volante bem dimensionado e a um painel de instrumentos dotado do necessário e completado pelo ecrã central “encaixado” no meio do tablier.

Bagageira adaptável

O espaço é o que pode esperar-se a este nível da oferta, possibilidade de algum “conflito” de cotovelos à frente, o suficiente atrás para dois, os quais não contam com apoio de braços central o que nem assim, pela possibilidade de menor dureza no recosto, torna mais cómodo o transporte de um quinto passageiro. Importante pode ser a possibilidade de mover o banco traseiro, potenciado a capacidade da bagageira. Talvez as crianças não se queixem… Registe-se a capacidade: 385 ou 455 litros, segundo a posição do banco traseiro; 1281 litros com este rebatido (60×40). Tem fundo falso, o plano de carga alinha com a base da moldura da porta mas a altura é considerável. A chapeleira está articulada com o portão.

Em termos de dinâmica este T-Cross equipado com o conhecido tricilíndrido da VW é marcado pela escolha de uma caixa manual de seis velocidades com relações longas. É a solução óbvia para valorizar os consumos de um motor reconhecido pela honestidade neste capítulo face aos seus pares – é o menos guloso de quantos conheço!7

Despachadinho e muito composto

A opção, como é natural, faz-se sentir na condução. O T-Cross nesta versão de 115 cv (também há só com 85 cv…) é despachadinho, mas quem tiver pretensões a uma condução mais viva vai ter de recorrer com frequência ao seletor das velocidades. As recuperações são honestas para os 200 Nm de binário máximo, mas não surpreendem – nem podiam… As prestações estão de acordo com as expetativas: 10,2 segundos de 0 a 100 e 193 km/h em velocidade de ponta.

Quanto ao comportamento em curva nada a dizer. Um SUV muito composto este T-Cross. A altura é muito bem compensada pela suspensão com aquela filosofia de firmeza muito germânica. A direção está bem trabalhada e a frente segura-se bem naquelas zonas onde se exige mais do T-Cross, o qual nessas situações dá nota de um desembaraço merecedor de nota positiva e ajuda a ganhar confiança e a pensar que seria sempre possível um nadinha mais… houvesse mais potência.

A filosofia da suspensão, assente na plataforma do Polo (…do Arona e do Kamick também), implica que o conforto atrás não seja referencial; os próprios bancos são pouco “absorventes”.

Consumos interessantes

No que respeita aos consumos, em autoestrada registei 5,9 litros aos 100, respeitando os 120 km/h, em utilização normal o computador de bordo andou entre os 6,2 e os 6,4 e próximo dos 7 litros quando exigi mais do motor e houve mais recurso à caixa. No final da minha jornada, eram indicados 6,8! A média de longo prazo registada para mais de dois mil quilómetros e muitos tipos de condução era de 6,1.

A versão Live tem equipamento interessante, incluindo cruise-control adaptativo, faróis de nevoeiro, travagem autónoma de emergência, sensor de ângulo morto e sistema de manutenção na faixa de rodagem. O pacote Laranja Energetic (730 euros), além da roupagem acrescenta os referidos bancos dianteiros desportivos com apoio lombar regulável, jantes de 17 polegadas e vidros traseiros escurecidos. Como extras, havia ar condicionado automático (357 euros), retrovisores exteriores rebatíveis eletricamente (161 euros), sensores de estacionamento à frente e atrás (466 euros), assistente de máximos (147 euros) navegação Discover Media (524 euros). Faz diferença, é claro, mas tudo somado dá 2 386 euros e leva o preço para os 25 695 euros.

Um SUV interessante este VW T-Cross na versão 1.0 três cilindros de 115 cv. Vistoso e compacto, espaço razoável, boa dinâmica assente na tradicional firmeza alemã, despachadinho e económico, está bem equipado e tem um preço competitivo.

FICHA TÉCNICA

Motor: 999 cc, três cilindros, injeção direta, turbo, intercooler, start/stop

Potência: 115 cv/5500 rpm

Binário máximo: 200 Nm/2000-3500 rpm

Transmissão: caixa manual de seis velocidades

Aceleração 0-100: 10,2 segundos

Velocidade máxima: 193 km/h

Consumo: média – 5,9 l/100

Emissões CO2: 133 g/km

Bagageira: 385/455/1281 litros

Preço: 25 695 euros, versão ensaiada; Life, 23 308 euros; desde 18 711 euros.