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Vitara também é só gasolina

Nova grelha cromada e embelezadores a condizer em torno dos faróis de nevoeiro, as diferenças quase impercetíveis (Foto Suzuki)
Jantes de 17 polegadas com novo desenho combinam bem com estilo do Vitara (Foto Suzuki)
Os materiais que transmitem uma melhoria da qualidade percebida marcam um tablier de conceção simples (Foto Suzuki)
LCD a cores de 4,2 polegadas no painel de instrumentos, uma das novidades (Foto Suzuki)
Ecrã central tátil de 7 polegadas faz mirrorlink e é compatível com sistemas IOS e Android (Foto Suzuki)
Mantém-se a apresentação dos menus do sistema de infoentretenimento (Foto Suzuki)
AllGrip, com quatro modos de condução, continuado a ser comandado na consola (Foto Suzuki)
Versões topo de gama não dispensam o sistema de arranque sem chave (Foto Suzuki)
Oferta generosa em termos de habitabilidade, o Vitara não passa da vulgaridade na capacidade da bagageira (Foto Suzuki)
Teto de abrir panorâmico também não falta nas versões GLX (Foto Suzuki)
Médios são em LED nas versões topo de gama (Foto Suzuki)
Embelezadores cromados também servem de moldura aos LED diurnos (Foto Suzuki)
Grupos óticos traseiros são novos e recorrem à tecnologia LED (Foto Suzuki)

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Alvo de uma ligeiríssima cosmética, melhorias ao nível da qualidade percebida e enriquecido em termos de equipamento de segurança, o Suzuki Vitara é mais uma proposta limitada à gasolina. No caso, recebe o três cilindros 1.0 Boosterjet de 111 cv e o 1.4 com igual designação e 140 cv. Ambos podem dispor das quatro rodas motrizes e transmissão automática de seis velocidades. Com preços a partir dos 17 100 euros, aí está uma proposta a ver com atenção pelos adeptos dos SUV.

O Vitara é um carro com história, ainda hoje, ao fim de quatro gerações, o “best-seller” da Suzuki em Portugal. Reconhecer a nova oferta vai pouco além do pormenor. Mudou a grelha cromada, há uns pequenos embelezadores no mesmo material em torno dos faróis de nevoeiro e que envolvem os luzes diurnoas, cresceram os grupos óticos traseiros, em LED, pois claro. E há jantes de 17 polegadas, duas escolhas com design simpático.

Até custa falar em restyling numa operação ao estilo daquele princípio segundo o qual em equipa que ganha não se mexe… Mais importante para mim é a melhoria da qualidade percebida no interior, onde a preponderância dos plásticos surge amenizada pelo recurso a materiais mais agradáveis ao tato. O estilo continua a ser muito simples e banal, com as aplicações em cinza a quebrarem a monotonia, para o que também contribuem os novos revestimentos dos bancos de desenho misto. Nada de luxos, verdade, mas melhor, mais cuidado e agradável à vista, até por ser possível a personalização.

O retocado Vitara traz um conjunto de propostas interessantes para um SUV que se assume como um compromisso muito concorrencial em termos de preço, agora mais valorizado pelo acréscimo de equipamento e uma melhoria na qualidade…  Vale a pena ver!

Um ecrã de 4,2 polegadas, a cores, no painel de instrumentos e um relógio digital entre as saídas de ar no topo do tablier, trazem mais modernidade e um toque de outro nível ao ambiente de um habitáculo luminoso e honesto no que respeita ao espaço. A meio, dominador, o ecrã de 7 polegadas, mirrorlink e compatível com os smartphones, sejam Android ou IOS. Continua a enquadrar a consola que, nas versões 4×4, recebe o comando dos quatro modos de condução.

No que respeita à bagageira, a capacidade continua a passar por números vulgares, entre os 375 e os 710 litros, com o banco traseiro (60X40) rebatido.

Segurança privilegiada

A segurança é dos aspetos que sai a ganhar com a renovação e conta com três novidades na Suzuki: sistema de reconhecimento de sinais, detetor de ângulo morto e alerta de tráfego posterior (velocidades inferiores a 8 km/h). Além disso, Dual Sensor Brake Support, controlo de travagem de emergência, com reconhecimento de peões, cruise-control adaptativo, alerta e assistente de mudança de faixa e aviso anti-fadiga.

A conjugação de tudo isto com as novas motorizações propõe compromissos diferentes e interessantes. Como se espera, o motor 1.4 tem outra desenvoltura e “encaixa” muito bem binário e potência no conjunto. O três cilindros de 111 cv cumpre a ponto de, às vezes, até superar as expetativas, sobretudo depois de vencida alguma vulgaridade a baixa rotação. Vibrações e ruído estão bem camuflados. Para quem faz contas ao consumo, posso dizer que, com duas pessoas a bordo, em percursos semelhantes e a velocidades idênticas, no respeito dos limites, o mais potente deixou registada a média de 7,4 litros aos 100 no computador de bordo, enquanto o três cilindros se ficou pelo 6,7, valor interessante quando se sabe que, de um modo geral, estas motorizações não costumam ser exemplo de economia.

O Vitara continua a ter um excelente pisar e a curvar muito bem, com uma suspensão que gere bem o binómio eficácia-conforto. É agradável de guiar e a altura da carroçaria não causa preocupações. Fora de estrada, num curto trajeto, ficou provado o que já se sabe: este é um SUV que, dotado do sistema 4WD AllGrip e com o controlo de descida, permite algumas “habilidades” longe do alcatrão. Disponibiliza quatro modos de condução (Auto,Sport, Snow e Lock) para uma escolha que, no momento, fará sobretudo sentido para quem tem de enfrentar situações climatéricas com gelo e neve…

Três níveis de escolha

A Suzuki vai dividir a oferta por três níveis: GL, GLE e GLX.  O primeiro limita-se ao 1.0 4X2 numa oferta basicamente para apresentar um preço baixo, os tais 17 100 euros. A proposta intermédia, faz jus ao posicionamento da “virtude”: jantes de 17 polegadas, retrovisores exteriores aquecidos, câmara traseira, cruise-control e limitador de velocidade, vidros escurecidos, faróis de nevoeiro, luzes diurnas em LED e nas versões 4WD cruise-control adaptativo e controlo de descida de pendentes. A versão GLX acrescenta os médios em LED, regulação da altura dos faróis, jantes polidas, sensores de luz, chuva e estacionamento, navegação, arranque sem chave e teto solar panorâmico na versão 4WD de caixa automática e cruise-control adaptativo também no 4×2.

No que respeita a preços, e com uma campanha de 1300 euros até final do ano (+1400 com plano de crédito), o 1.0 GLE 4×2 custa 19 569 euros com caixa manual de cinco velocidades e 21 503 com transmissão automática; o 4×4, 22 090 e 23 908, respetivamente. Para o 1.4, a oferta mais barata é de 22 713 euros (GLE manual); depois só GLX – 24 916 euros (manual); 27 142 e 29 430 euros (4WD manual de 6 velocidades ou automático).

O retocado Vitara traz um conjunto de propostas interessantes para um SUV que se assume como um compromisso muito concorrencial em termos de preço, agora mais valorizado pelo acréscimo de equipamento e uma melhoria na qualidade, e carrega uma história que fala por si…  Vale a pena ver!

FICHA TÉCNICA

Suzuki Vitara 1.0 Boosterjet 4X2

Motor: 3 cilindros, 998 cc, injeção direta

Potência: 111 cv/5500 rpm

Binário máximo: 170 Nm/2000-3500 rpm

Transmissão: caixa manual de cinco velocidades ou automática de seis relações

Aceleração 0-100: 11,5 (12,5)*

Velocidade máxima: 180 km/h

Consumos: misto – 5,3 litros 100; estrada – 4,8; urbano – 6,2 (5,7/5,1/6,6) *

Emissões CO2: (121 g/km NEDC (129)*

Bagageira: 375/710 litros

Preço: desde 17 910 euros com campanha de 1300 euros até final do ano

*Valores com caixa automática

Suzuki Vitara 1.0 Boosterjet 4X2

Motor: 1373 cc, injeção direta

Potência: 140 cv/5500 rpm

Binário máximo: 170 Nm/5500 rpm

Transmissão: caixa manual ou automática, ambas  de seis velocidades;

Aceleração 0-100: 9,5 s

Velocidade máxima: 200 km/h

Consumos: misto – 5,8 litros 100; estrada – 5,1; urbano – 6,9

Emissões CO2: 131 g/km NEDC

Bagageira: 375/1710 litros

Preço: desde 22 173 euros, com campanha de 1300 euros até final do ano