Publicidade Continue a leitura a seguir

Astra, três cilindros basta

Grelha dianteira tem cortina ativa que permite melhorar o consumo e baixar as emissões (Foto Opel Media)
Menos altura ao solo contribuiu para otimização aerodinâmica e melhor desempenho ambiental (Foto Opel Media)
Braços da suspensão traseira e painel isolador do depósito são usados para otimização do fluxo de ar sob o automóvel (Foto Opel Media)
Estilo e boa construção pediam alguns plásticos de maior qualidade (Foto Opel Media)
Digitalização chegou ao painel de instrumentos (Foto Opel Media)
Ecrã central de oito polegadas é compativel com Android Auto e Apple CarPlay (Foto Opel Media)
Chamada de emergência está disponível e é acionada na barra de comandos do tejadilho (Foto Opel Media)
Ar condicionado automático bizona com os controlos tradicionais (Foto Opel Media)
Consola, além do porta copos,tem encaixe para telemóvel e uma carteira - prático (Foto Opel Media)
Bancos ergonómicos são mais valia da versão Ultimate (Foto Opel Media)
Habitabilidade dispensa críticas neste Astra renovado (Foto Opel Media)
Bagageira não está entre os pontos fortes: 370 litros de capacidade (Foto Opel Media)
Bancos aquecidos também atrás e duas entradas USB (Foto Opel Media)
Luzes de matriz LED IntelliLux são de série no Ultimate (Foto Opel Media)

Publicidade Continue a leitura a seguir

Se há casamentos felizes, o Opel Astra e o novo três cilindros 1.2 de 130 cv que agora o move são bom exemplo. Equilibrado, cómodo, construção sólida até consegue despachar-se e ser económico, combinação que nem sempre é fácil.

Relação antiga com o Astra, companheiro de muitas horas, achei agora o hatchback que conduzi, chassis reafinado, senhor de uma suspensão mais ”adocicada”, menos seca do que é tradição nos alemães e na Opel. Bem sentado, com apoio correto, aquele ambiente conhecido, “entrei” depressa e com naturalidade neste renovado Astra. E parece-me que a empatia com este automóvel será fácil para a maioria.

Adepto dos tricilíndricos descobri até que este 1.2 Turbo – made in Germany, cabeça e bloco em alumínio, filtro de partículas – sem ser dos mais geniquentos pareceu-me entre aqueles que permitem bons resultados de consumo, pecha para muitos dos críticos destas motorizações.

Consegui 5,3 litros aos 100 no chamado percurso suburbano, andamento normal, e na autoestrada, aos regulamentares 120 km/h geridos pelo cruise-control, o computador de bordo marcou 5,5. Quando o sujeitei à “prova dos nove” e imprimi andamentos menos normais para o condutor de um familiar, é verdade que os números subiram para os 7,5. Ainda assim, a média geral final ficou-se pelos 6,3 litros aos 100. Honesto!

Escolha equilibrada este Astra 1.2 Turbo com o motor de três cilindros e 130 cv. Não é um velocista, mas tem coração de corredor de meio-fundo valoroso. Confortável e muito eficaz a curvar, ágil e bom de guiar, é despachado o suficiente e pode ser económico sem grande esforço

Sem ser, de facto, dos mais nervosos do género – faz 10,7 de 0 a 100, marca pouco impressiva –, o motor deste Astra está longe de não cumprir e importa sublinhar que responde bem às solicitações do acelerador, chegando com relativa facilidade às velocidades na casa dos três dígitos. E não se faz rogado em ir por ali acima… É o resultado de uma escolha de relações muito judiciosa para a caixa de seis velocidades, também ela Opel e com um toque muito agradável. É uma transmissão que permite aquilo que se chama um motor redondo, sem capacidade explosiva mas em que as rotações sobem com naturalidade. Impõe-se não esquecer que estamos ao volante de um familiar, automóvel adaptado a um compromisso que deve primar pelo equilíbrio. E faz isso muito bem. (Há outras escolhas para os mais nervosos…)

Direção mais direta e eficácia em curva

Em curva a “doçura” da suspensão voltou a surpreender por não penalizar a eficácia. Uma direção agora mais direta, com um tato invulgar para um automóvel deste tipo, contribui para uma condução viva, talvez mais do que se espera, nas zonas sinuosas, onde o Astra revela agilidade e transmite aquele sensação que se traduz em confiança.

A frente respeita a direção, a subviragem não vai além do que é natural e, depressinha, o Astra curva sem de descompor e dispensando grande trabalho do ESP, ou pelo menos aqueles repelões sentidos quando se pisa o risco. Muito bem! Não é fácil esta relação tão equilibrada entre a eficácia, com alguma assertividade em curva, e o conforto.

O resto é o que se sabe do Astra. Espaço à medida na dianteira e bem medido na traseira, com acesso fácil e sem qualquer penalização da altura apesar da inclinação do tejadilho.

Já a bagageira é que não surpreende. Sobra algum espaço sob o fundo falso – no caso desta versão penalizado pelas necessidades da aparelhagem Bose – mas a capacidade fica-se pela vulgaridade, nos seus 370 litros. Mantém-se a modularidade, com o banco traseiro a rebater nas proporções 60×40, o que pode permitir chegar aos 1210 litros.

Boa construção, muito plástico

O interior, pese o rigor da construção, pedia um nadinha mais de qualidade nalguns plásticos, mesmo que haja um toque de pele sintética pespontada na consola e uns apontamentos de piano black a amenizar algumas superfícies mais frias.

Elemento valorizador é a semi digitalização do painel de instrumentos – velocímetro, voltímetro e termómetro do óleo – com grafismo conseguido, mesmo nos instrumentos analógicos – conta-rotações, temperatura de água e nível da gasolina.

O ecrã central de oito polegadas é compatível com o Android Auto e o Apple CarPlay e utiliza a lógica habitual na Opel. Há um novo grafismo apara a navegação.

Equipamento merece atenção

Os bancos ergonómicos, forrados a pele e alcantara valorizam a versão Ultimate que guiei, com um toque desportivo dado pelo negro dos forros interiores, incluindo o tejadilho. A fazer a diferença no equipamento estão os faróis IntellliLuz de matriz de LED, fecho mãos livres, manutenção de faixa com correção automática, alerta de colisão dianteira e travagem automática de emergência. No caso, havia algum enriquecimento, com o sistema de alta fidelidade Bose (790 euros), câmara dianteira, com reconhecimento de sinais (250), carregador de telemóveis por indução (150), Pack inverno – bancos e volante aquecidos, entrada dupla USB atrás – (610) pintura metalizada (700) e jantes de 18 polegadas bicolores (600),

A oferta de série contempla em todos os Astra sensores de luz e de chuva, fecho centralizado, ar condicionado, apoio de braços regulável entre os bancos dianteiros, rádio IntelliLink Multimedia compatível com Apple CarPlay e Android Auto, programador de velocidade com limitador, sensores de estacionamento, espelhos retrovisores exteriores com regulação elétrica e aquecimento, e jantes em liga leve, entre muitos outros.

Escolha equilibrada este Astra 1.2 Turbo com o motor de três cilindros e 130 cv. Não é um velocista, mas tem coração de corredor de meio-fundo valoroso. Confortável e muito eficaz a curvar, ágil e bom de guiar, é despachado o suficiente e pode ser económico sem grande esforço.

Para ler toda a informação sobre o Opel Astra renovado, clique aqui

FICHA TÉCNICA

Opel Astra 1.2 Turbo Ultimate

Motor: 1.2 Turbo, três cilindros, gasolina, start/stop

Potência: 130 cv/5500 rpm

Binário máximo: 225 Nm/2000-3500 rpm

Transmissão: caixa manual de seis velocidades

Aceleração 0-100: 10,7 s

Velocidade máxima: 215 km/h

Consumos: WLTP – 5,5-6,2  L/100

Emissões CO2 : WLTP – 125-119 g/km

Bagageira: 370/1210 L

Preço: versão ensaiada, 29 940 euros; desde 24 690 euros