Publicidade Continue a leitura a seguir

Kia Sportage, Diesel “correto”…

Design sugestivo ganha com a expressão das ópticas incluindo os quatro ice-cubs (Foto Kia Media Center)
Perfil elegante, proporções ajustadas e o músculo suficiente: as jantes de 19 polegadas dão uma ajuda à expressão de robustez (Foto Kia Media Center)
Proteção inferior incluindo os escapes encaixa bem na traseira com grande portão (Foto Kia Media Center)
Design simples, boa construção, ambiente agradável, mas menos plástico caía bem (Foto Kia Media Center)
Volante multifunções em pele perfurada recebe acabamento especial na versão GT Line (Foto Kia Media Center)
Bem resolvida a consola, incluindo travão de mão elétrico e comandos do controlo de descida, modo Sport e auto-hold. Não faltam entradas USB, AUX e 12 V (Foto Kia Media Center)
Piano black e pele sintética almofadada nos apoios de braços das portas (Foto Kia Media Center)
Ecrã de oito polegadas no GT Line, que tem 48 botões no tablier e pode chegar aos 70 no total (Foto Kia Media Center)
Não faltam funções para acionar por botão (Foto Kia Media Center)
Um sistema áudio JBL enriquece o equipamento do topo de gama (Foto Kia Media Center)
Bancos em pele perfurada com excelente apoio garantem conforto a condutor e "pendura" (Foto Kia Media Center)
Espaço atrás não pode penalizar-se, nem na altura (Foto Kia Media Center)
Duas pessoas viajam atrás com todo o conforto (Foto Kia Media Center)
Ar condicionado e fichas de 12 volts também para quem se senta no banco traseiro (Foto Kia Media Center)
Bagageira perde capacidade (-52 litros) devido à bateria; bancos rebatem na proporção 60x40 (Foto Kia Media Center)
Bem composta a traseira, onde as luzes são ligadas por uma barra (Foto Kia Media Center)
Tecnologia full-LED com máximos automáticos e conceção sugestiva para as óticas dianteiras (Foto Kia Media Center)
Luzes de nevoeiro recorrem também aos ice-cubs e as jantes são de 19 polegadas (Foto Kia Media Center)

Publicidade Continue a leitura a seguir

Um carro interessante o Kia Sportage Eco-Hybrid, 1.6 Diesel com ajuda elétrica, solução a generalizar pela marca sul-coreana e que torna mais “correta” a utilização do combustível diabolizado nos últimos tempos. Os resultados práticos são mais ao nível das emissões do que dos consumos neste SUV a que nos afeiçoamos facilmente pelo indiscutível equilíbrio da oferta. Tem estilo, qualidade razoável, é confortável e espaçoso, ágil quanto baste sem ser uma máquina e concorrencial no preço!

E para começar pelo que preocupa quem opta por um híbrido vamos a resultados e, neste caso, sugestionados ainda pelo Diesel. Ora com quatro pessoas a bordo, em viagem de passeio, o computador de bordo registou 5,6 litros aos 100. Na autoestrada, cruise-control nos 120 km/h a média foi de 6 litros exactos. No balanço de duzentos e muitos quilómetros, com um pouco de tudo, até alguns exageros, a marca alcançada foi de 7,3!

Bom ou mau, para uma “base” Diesel?

Ora bem, este Sportage é um Mild-Hybrid com bateria de 48 volts e isso não é um híbrido convencional. A Kia até batiza a tecnologia de MHSG (Mild-Hybrid Start Generator), um sistema em que um motor e gerador elétrico substitui o alternador convencional e assiste o diesel 1.6 CRDI. A diferença para os híbridos convencionais é que o motor elétrico não transmite a potência às rodas e funciona antes como auxiliar do motor de combustão através de uma correia de transmissão. Daí, o efeito ser obter a mesma potência com maior eficácia, menos emissões e melhor consumo.

O motor elétrico funciona essencialmente nos arranques e nas subidas e em descida, desaceleração ou travagem a bateria, colocada sob a bagageira, é recarregada. Abaixo dos 30 km/h o motor de combustão desliga.

A Kia promete reduções de 15 por cento nas emissões e quatro por cento nos consumos. No que toca aos consumos anuncia 5.8 litros aos 100 e acordo com as regras WLTP.

Imagem impressiva, qualidade em alta, confortável e espaçoso, mas penalizado na mala, bem equipado, sobretudo na versão GT Line, o Sportage que estreia a motorização 1.6 CRDI semi-híbrida defende bem a ideia do diesel “correto”. Os 136 cv não são explosivos, os consumos são aceitáveis. E o preço continua a marcar pontos…

A condução é agradável e passa ao lado de qualquer efeito especial da tecnologia MHSG. No computador de bordo é possível, no entanto, ver como tudo está a funcionar.

Este GT Line, disponível apenas com a conhecida caixa automática de dupla embraiagem e sete velocidades do Grupo Hyundai está longe de ser uma máquina, como as prestações deixam claro: 11,8 segundos de 0 a 100 e 180 km/h em velocidade de ponta. Tem um binário razoável e recupera com a naturalidade de um carro com 136 cv e algum peso.

Relacionamento fácil

De todo o modo, relacionamo-nos facilmente com ele, depressa aprendemos que as patilhas no volante servem mais para passar a caixa no sentido da relação superior. No modo Sport, nota-se outra rapidez na transmissão, mas a filosofia é, decididamente, a de um familiar honesto, à altura do que espera o comum dos mortais que se senta ao volante.

Nota, porém, para o excelente comportamento em curva. Forçando a nota, é bem mandado, respeita as ordens de uma direção equilibrada e deixa perceber um controlo de estabilidade muito permissivo, resultado de o Sportage, apesar da altura (1,65 m), resistir muito bem às transferências de massas e não revelar tendência para enrolar ou “cair” em grandes inclinações. Uma agradável surpresa, até por a suspensão fazer acompanhar a eficácia de uma capacidade de absorção das irregularidades que torna o conforto um facto.

Maquilhagem bem conseguida

A novidade da Kia surge numa retocada quarta geração do Sportage, que até parece ganhar robustez com as alterações habituais nos facelift. E bem conseguido este, tornado ainda mais expressivo no GT Line, o topo de gama enriquecido com pormenores vistosos como os LED diurnos na forma dos ice-cubs agora integrados nas óticas, ao estilo dos Porsche… O Sportage, decididamente, não passa despercebido. Moderno e sóbrio, é um daqueles SUV para que se olha e remira!

O ambiente é também ele simpático. Pena que seja tanto o plástico, a merecer pelo menos outra macieza, toque mais esponjoso, solução apenas utilizada nos apoios de braços das portas, onde também surge o piano black, o qual, a par com alguns frisos prateados – saídas de ar, volante, consola – dão toque muito ligeiro de requinte. A construção convence e o design, consola incluída, ajudam a minimizar a ideia de que o Sportage merecia mais…

A instrumentação ainda é analógica, exceptuando, claro, o computador de bordo e o ecrã digital tátil, neste caso com oito polegadas,  encastrado sobre a consola e bloco de comandos do ar condicionado automático. Como é costume, há muitos botões: 48 nas contas mais simples, 70 se incluirmos os “acessórios”… Começa a ser incomum.

Espaço em recheio sugestivo

Nesta versão, há uns excelentes bancos em pele perfurada, como o volante multifunções, espaço suficiente e um nível de conforto assinalável, seja porque existe lugar para os pequenos arrumos ou por não faltarem apoio de braços à frente, tampa da grande caixa da consola, que não interfere com a mobilidade, e atrás, através da reclinação das costas do lugar central, numa prova de que dois vão sempre melhor… Cabem cinco no Sportage, o túnel é baixo, a consola, que integra o ar condicionado para a traseira, nem é muito intrusiva, mas já se sabe, não há milagres. Quem se senta atrás beneficia de acesso fácil e também de considerável distância ao tejadilho, o melhor, no entanto, é o espaço para as pernas, até por os pés passarem com facilidade sob os bancos dianteiros.

Quanto à bagageira, é penalizada pela colocação da bateria, fica limitada a 439 litros, menos 52 em relação às versões não eletrificadas. O plano de carga, sem surpresa, é alto, mas a plataforma alinha com a moldura da porta o que sempre facilita as operações de carga e descarga. Os bancos rebatem na proporção habitual (60×40) e a chapeleira é do tipo cortina extensível.

Em termos de equipamento, uma oferta muito rica: detetor de ângulo morto, controlo de descida, alerta de colisão frontal, faróis de nevoeiro, manutenção em faixa, sensores de chuva, luz e estacionamento, bancos em pele, ar condicionado automático, ecrã tátil de oito polegadas compatível com Android Auto e Car Play, câmaras de estacionamento de 360 graus e traseira, cruise control, retrovisor eletrocromático, porta bagagens automático, chave inteligente e botão start, volante multifunções em pele, pedais em alumínio, sistema de som JBL, travão de mão elétrico, faróis dianteiros full-LED, jantes de 19 polegadas, barras no tejadilho, piscas nos retrovisores, vidros escurecidos.

Imagem impressiva, qualidade em alta, confortável e espaçoso, mas penalizado na mala, bem equipado, sobretudo na versão GT Line, o Sportage que estreia a motorização 1.6 CRDI semi-híbrida defende bem a ideia do diesel “correto”. Os 136 cv não são explosivos, os consumos são aceitáveis. E o preço continua a marcar pontos…

A garantia, como de costume, é de sete nos e 150 mil quilómetros e há uma campanha que facilita a compra com um desconto que chega aos 4750 euros.

FICHA TÉCNICA

Kia Sportage 1.6 CRDI ISG 7DCT MHEV GT Line

Motor: 1598 cc, diesel, injeção directa, start/stop, Mild-Hybrid

Potência: 136 cv/4000 rpm

Binário máximo: 320 Nm/2000-2250 rpm

Bateria: 48 Volts

Transmissão: caixa automática de dupla embraiagem e sete velocidades

Aceleração 0-100: 11,8 segundos

Velocidade máxima: 180 km/h

Consumos: média WLTP – 5,8 litros/100 km

Emissões CO2: 153 g/km

Mala: 439 litros

Preço: 38 556 euros, GT Line; desde 28 739; versão frotas, 24 990 euros – preços com campanha que oscila entre os 4500 e os 4750 euros.