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ProCeed tem Diesel divertido

Original, o ProCeed tem boa presença e não passa despercebido (Foto Kia Media Center)
Compromisso entre o coupé e a carrinha, junta estilo de um e a versatilidade da outra (Foto Kia Media Center)
Traseira tem formas marcantes e promove imagem de robustez (Foto Kia Media Center)
Jovem, desportivo, qualidade assinalável, o interior é transversal à família Ceed (Foto Kia Media Center)
Pedaleira em alumínio para favorecer a feição desportiva (Foto Kia Media Center)
Logótipo GT Line no volante bem dimensionado e com pega ajustada (Foto Kia Media Center)
Curvatura do tejadilho é o aspeto mais penalizador da habitabilidade traseira (Foto Kia Media Center)
Bagageira com 594/1545 litros tem muita espaço para arrumação no fundo falso (Foto Kia Media Center)
Caixa automática de dupla embraiagem e sete velocidades, com patilhas no volante, custa 1500 euros (Foto Kia Media Center)
Retrovisores incluem luzes de mudança de direção (Foto Kia Media Center)
Pequena "saia" remata um perfil suavemente "musculado" (Foto Kia Media Center)
Defletor traseiro prolonga o tejadilho e inclui a luz de travagem (Foto Kia Media Center)
Faróis dianteiros são Full-LED e têm máximos automáticos (Foto Kia Media Center)
Jantes de 18 polegadas enriquecem a imagem; custam 400 euros (Foto Kia Media Center)
Assinatura luminosa inconfundível com a barra transversal que liga as óticas traseiras ecrã de 10,25 polegadas,

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O facto de ser um “diabolizado” Diesel começa a pesar, mas a verdade é que para quem não teme o futuro imediato destes  motores, o ProCeed 1.6 CRDI 7DCT GT Line merece o rótulo de proposta tentadora, além de honesta. Ao estilo arrojado da shooting-break, acrescenta um equilíbrio notável e, não sendo uma máquina com os seus 136 cv, revela-se mesmo divertido de guiar. O preço é simpático e até os consumos já parecem mais frugais.

A minha imagem do ProCeed era a do 1600 GT com os seus 204 cv (ler ensaio aqui), uma das jóias da Kia. E, confesso, não esperava que este motor a gasóleo que nem passa por ser referência, fosse capaz de me deixar tão agradado. Mas a minha primeira nota era esclarecedora: muito interessante para um Diesel. É mesmo!

Com a caixa automática de dupla embraiagem e sete velocidades acoplada ao bloco 1.6 e um acréscimo de binário razoável face ao manual, este ProCeed consegue melhores recuperações do que estava à espera, mesmo que seja menos brilhante se o deixarmos “cair” em demasia. Ainda assim, desperta sem dificuldades e a verdade é que pode fazer-se tudo depressinha, com uma diferença notória se usarmos o modo Sport (Normal é a única alternativa).

Diferente, arrojado no estilo, o Kia ProCeed é uma boa surpresa na versão com motor Diesel e caixa automática. Divertido de guiar, revela-se eficaz ao ponto de os 136 cv garantirem proposta equilibrada. Parece mais comedido nos consumos e tem  preço simpático para um nicho de mercado com pouca oferta

Para um andamento tão vivo quanto os 136 cv permitem – e as prestações até são interessantes – 9,9 s de 0 a 100 e 200 Km/h em velocidade de ponta – os adeptos da adrenalina ao volante vão dizer que, com uma transmissão manual, as coisas podem ser diferentes. Serão, porque como se sabe a caixa automática do grupo sul-coreano não é um modelo de rapidez nem vibrante quando se opta por usar as patilhas. Mas facto é que a conhecida DCT gere muito bem aquilo que se pede ao ProCeed, não se baralha, não se lhe percebem hesitações e garante, podem crer, outro conforto ao volante.

Compromisso de suspensão bem conseguido

Tudo isto ganha expressão devido ao facto de o ProCeed ter um excelente chassis – com o dedo de Albert Biermann que trocou a divisão M da BMW pela Kia – suspensões mais baixas e trabalhadas, num compromisso interessante entre firmeza e conforto.

Ora, este apuramento, aliado a uma direção modelar a este nível da oferta, precisa e direta q.b. permite que o ProCeed revele uma agilidade credora de elogios. “Aponta-se” a frente, a traseira parece ajudar e mesmo que se pise o risco, haja algum resvalamento e seja preciso levantar o pé ou mesmo um toque no travão, o menino bonito da Kia nunca se descompõe naquele balanceamento suave entre curva e contra-curva e, se o controlo de estabilidade funcionar, quase nem se dá por ele. É um automóvel que inspira confiança e até nos deixa sempre aquela dúvida: não seria possível mais depressa?

Consumos parecem mais moderados

Outra surpresa, para mim, foram os consumos, aspecto que considero aquele em que o grupo Hyundai/Kia tem progredido mais lentamente. Menos “guloso”, este ProCeed fez 5,5 litros aos 100 em autoestrada com o cruise-control “cravado” nos 120 km/h; no percurso suburbano, com alguma filas fez quase o mesmo: 5,6. No acumulado para 148 km/h com os exageros necessários, o computador de bordo marcou 6,9 em 150 quilómetros. Consegue-se seguramente menos, num andamento normal.

O resto é o que se sabe, um nível de qualidade percebida a bordo que não para de evoluir, mesmo que o material preponderante seja o plástico, de qualquer forma dúctil ao ponto de não ser agressivo e permitir mesmo um ambiente agradável. O GT Line, além do mais, vem bem equipado, tem uma imagem moderna, seja pelo design como pelo facto de o digital marcar agora presença também no interessante painel de instrumentos que conhecemos de toda a família Ceed.

Estilo arrojado penaliza espaço

Em matéria de estética já foi tudo dito sobre este compromisso entre a carrinha e o coupé, um estilo que a Kia teve o arrojo de assumir, quando a Mercedes era dona e senhora da solução. A traseira é outro atrevimento, com a barra de luz traseira a ligar as óticas, ao estilo que então era exclusivo do Porsche Panamera…

No que toda a espaço, já se sabe que há alguma penalização nos lugares traseiros, em função da curvatura do tejadilho e da redução da altura do habitáculo, pormenor a ter também em conta no acesso. Quanto à mala, sem a capacidade da carrinha, fica-lhe pouco atrás e acaba por não perder muito em versatilidade.

Diferente, arrojado no estilo, o Kia ProCeed é uma boa surpresa na versão com motor Diesel e caixa automática. Divertido de guiar, revela-se eficaz ao ponto de os 136 cv garantirem proposta equilibrada. Parece mais comedido nos consumos e tem  preço simpático para um nicho de mercado com pouca oferta.

Recheio muito completo

O equipamento de série é considerável e contempla a chave inteligente e o botão de arranque, bancos desportivos em pele e alcantara, painel de instrumentos digital, ecrã tátil de 10,25 polegadas com navegação e bluetooth, ar condicionado automático, sensores de luz e chuva, câmara de estacionamento, cruise-control, alerta de colisão frontal faróis, assistente de manutenção em faixa, Full-LED com máximos automáticos e luzes diurnas neste tecnologia, faróis de nevoeiro, forro do tejadilho em preto, jantes de 17 polegadas e pneu sobresselente de emergência.

Se juntar as jantes de 18 polegadas, gasta mais 400 euros; o sistema de som JBL vale 650 euros e o pacote ADAS mais simples, com detetor de ângulo morto, deteção de peões e alera de tráfego à retaguarda obriga a gastar mais 1 100 euros. A caixa automática encarece o carro em 1 500 euros.

A Kia continua a oferecer os sete anos de garantia que se revelaram um bom exemplo!

FICHA TÉCNICA

Kia ProCeed 1.6 CRDI ISD 7DCT GT Line

Motor: 1598 cc, turbodiesel, injeção direta, intercooler, start/stop

Potência: 136 cv/4 000 rpm

Binário máximo: 320 Nm – 2 000/2 250 rpm

Transmissão: caixa automática de dupla embraiagem com sete velocidades

Aceleração 0-100: 9,9 s

Velocidade máxima: 200 km/h

Consumo: combinado (WLTP) – 5,1/5,3 L/100 Km

Emissões CO2: 133/138 g/km (WLTP)

Bagageira: 594/1 545 litros

Preço: 38 590 euros; com campanha, 32 290 euros.