Dianteira pode marcar um novo rumo no design do emblema nipónico (Foto Lexus)

Boa postura, elegante e bem proporcionado (Foto Lexus)

Robustez e simplicidade numa traseira bem elaborada (Foto Lexus)

Rigor no design e qualidade percebida a fazer a diferença (Foto Lexus)

Seletor de estilo conhecido e tecnologia By Wire (Foto Lexus)

Ecrã quadralizado encaixa na consola bem arrumada (Foto Lexus)

Atenção ao detalhe e cuidado nos acabamentos (Foto Lexus)

Bancos confortáveis e com bom apoio (Foto Lexus)

Pespontado dos bancos serve também de elemento decorativo (Foto Lexus)

Espaço no banco traseiro, um dos aspetos menos brilhantes (Foto Lexus)

Bagageira com 332 litros não passa da vulgaridade (Foto Lexus)

Óticas dianteiras muito bem trabalhadas (Foto Lexus)

Rasto luminoso 3D com estilo original (Foto Lexus)

Símbolo discreto "cravado" no capô (Foto Lexus)

Jantes de 18 polegadas parecem a medida exata (Foto Lexus)

O Lexus LBX vem provar a existência de uma nova realidade no segmento dos B SUV, as marcas premium não querem perder a oportunidade de descer à terra e abrir a porta aos tentadores parâmetros da sua qualidade a uma clientela mais vasta. Não deixa de haver um ónus a pagar, mas até nisso se percebe um esforço de adequação a outro panorama. O preço de entrada é de 34 950€, caro, sim, mas…

O “mas” tem a ver com a indiscutível qualidade percebida do LBX, o segundo Lexus com três letras na designação – Lexus Breakthrough X-over – e o primeiro a dar prioridade ao seu desenvolvimento na Europa, com certeza na perceção de que é no Velho Continente que um SUV com este apelo parece fazer mais sentido. Tem presença, irradia estatuto, exibe requinte, tem classe e favorece aquela empatia fácil que se estabelece com os produtos capazes de inspirarem confiança. Para mim, conseguido e bem feito.

Bem parecido, capô rebaixado e côncavo, nova interpretação do estilo fusiforme habitual na marca, grelha muito estilizada, o novo SUV do emblema de luxo da Toyota tem personalidade e elegância. O novo design dos faróis traduz-se numa forte assinatura visual, com as luzes diurnas e indicadores de direção integrados em unidades bi-funcionais. Com esta nova composição, o formato em L característico das luzes foi alterado para ficar voltado para fora e não para dentro, de forma a corresponder à direção de cada luz indicadora.

Cintura bem vincada, músculo bem elaborado é bem proporcionado (os pilares dianteiros foram puxados para trás) e um SUV conseguido para os 4,19 m de comprimento. A traseira apresenta a robustez habitual e a imagem ganha com a colocação da chapa de matrícula nos para-choques. Cavas das rodas alargadas permitem usar Jantes de 18 polegadas o que lhe dá outra peso e contribui para uma imagem de pisar “decidido”.

Boa presença, imagem conseguida, qualidade percebida própria de um premium, bem construído, confortável mas não muito espaçoso, bom rolador e despachado q.b. o Lexus LBX, também brilha enquanto híbrido eficiente e é um SUV que justifica aquilo que custa, mesmo não sendo pouco… Desde 34 950€ e até 47 750€

No interior, sóbrio ambiente a condizer, exuberância comedida e sem quebra do requinte, a acentuar a imagem de qualidade. Na escolha dos materiais, os poucos plásticos, por exemplo, no cuidado com o pormenor – os fechos das portas são elétricos –, no acabamento e na construção, enfim: o selo premium.

Painel de instrumentos de 12,3 polegadas nas versões superiores, com uma curiosa “orelha” para o botão de arranque, ecrã central quadralizado encaixado no prolongamento da consola de efeito flutuante, um volante bem dimensionado contribuem para valorizar o cockpit servido por bons bancos, os quaispodem ser revestidos com pele sintética pespontada (de várias cores) ou tecido, conforme os níveis de acabamento, neste caso Atmosferas, que são quatro (Elegant, Relax, Emotion e Cool) e pretendem expressar diferentes temas: refinado, dinâmico ou desportivo através de detalhes de estilo, cores, texturas e acabamentos.

Cores não faltam numa gama que não dispensa a solução bitom com tejadilho preto (Foto Lexus)

Com 2,58 m de distância entre eixos, o Lexus LBX, merece reparo num aspeto: é algo acanhado, menos espaçoso do que deveria esperar-se. O banco traseiro é mais elevado também por via da colocação da bateria, o que até ajuda, ainda assim o espaço para as pernas não é desafogado. Dois passageiros será a lotação menos penalizadora do conforto – normal. O ângulo de abertura das portas traseiras, também é puco generoso. Tal como a bagageira, 332 litros de capacidade.

A Lexus fez tudo isto sobre a plataforma modificada de um Yaris Cross, mas não deixou de aumentar as vias nem de alterar a suspensão dianteira e modificar a traseira. Ficou mais Lexus e menos Toyota sore a estrada, seguramente o objetivo.

O LBX é eletrificado por um sistema híbrido de nova geração, com um motor compacto e leve de três cilindros e 1.5 litros, o mesmo do Yaris. Os principais elementos do sistema híbrido, explica a marca, passaram por uma remodelação substancial, incluindo a transmissão e a unidade de controlo de potência, para melhorar a eficiência, reduzir perdas, economizar peso e reduzir o tamanho.

Há também um aspecto diferenciador, a nova bateria bipolar de hidretos metálicos de níquel (NiMH) de baixa resistência e alto rendimento (1 kWh), que permite uma potência extra ao motor elétrico na aceleração e amplia o tempo de condução EV totalmente elétrica.

Estes desenvolvimentos, combinados com uma transmissão híbrida CVT, com patilhas no volante para gerir seis velocidades “virtuais”, garantem uma potência de 136 cv e o binário de 185 Nm. Esta caixa foi ajustada para permitir uma sensação de aceleração linear mais alinhada com a pressão que o condutor exerce sobre o acelerador. Há uma posição “S” no seletor (by wire) que permite ter comando total sobre a transmissão, usando as patilhas.

O tratamento da transmissão não passa despercebido, a subida de regime é mais natural, e diminuiu, principalmente, a sensação de arrasto das CVT; em termos de ruído, este parace “chegar” mais tarde e continua a ser cada vez mais e melhor filtrado. Mas “está lá”! E já que se fala de ruído, os três cilindros passam praticamente despercebidos.

Rolamento suave e silencioso aos ritmos normais, direção de bom tato, pedal de travão bem afinado, o LBX tem toda a personalidade de um Lexus. Guia-se com prazer, é ágil e bem comportado, não é muito sensível a balanceamentos provocados pela altura, despachado q.b. sem ser dado a explosões. Não é um automóvel para conduções desportivas ou que obriguem a ultrapassagens constantes. Acelera de 0 a 100 em 9,2 segundos e a velocidade máxima é de 170 km/h.

O sistema híbrido continua a ser um modelo no funcionamento. A capacidade de regeneração é notável e, num primeiro contacto, continuei a ver a indicação da bateria constantemente perto do meio da capacidade ou acima, o que valeu índices de aproveitamento elétrico entre os 65 e os 70% e consumos na casa dos 5 litros/100 km. Sempre com uma naturalidade quase desconcertante. Para mim: referencial!

Os preços vão dos 34 450€ aos 47 750€ e, excetuando a oferta base, a restante gama já está disponível. O nível de equipamento faz a diferença dos preços, mas para se ter uma ideia, a partir da versão Elegant (38 750€), já se dispõe de jantes 18”, sensor de chuva, bancos em tahara aquecidos, ajuste lombar, smart entry, carregador wireless, volante e alavanca em pele, sistema de navegação, ar condicionado bizona e câmara de estacionamento.

Boa presença, imagem conseguida, qualidade percebida própria de um premium, bem construído, confortável mas não muito espaçoso, bom rolador e despachado q.b. o Lexus LBX, também brilha enquanto híbrido eficiente e é um SUV que justifica aquilo que custa, mesmo não sendo pouco… Desde 34 950€ e até 47 750€.

FICHA TÉCNICA

Motor: 1490 cc, 3 cilindros, injeção direta (91 cv) + motor elétrico (94 cv)

Potência combinada: 136 cv

Binário máximo: 185 Nm

Bateria: 1 kWh, bipolar, hidretos metálicos de níquel

Transmissão: automática, CVT híbrida, seis velocidades “virtuais”, patilhas no volante

Aceleração 0-100 km/h: 9,2 s

Velocidade máxima: 170 km/h

Consumo: misto – 4,5/4,8 L/100 km

Emissões: 104 g/km

Dimensões: c/l/a – 4,190/1,825/1,560 m

Peso: 1 280 kg (mínimo, variável com a versão)

Bagageira: 332 litros

Preço: entre 34 950€ e 47 750€