A entrada da sul-coreana KGM em Portugal, com quatro SUV e uma pick-up, é uma das novidades anunciadas pela Astara, no ano em que comemora 25 anos com o vigor de um volume consolidado de vendas superior e 13 mil veículos em 2023 e que estima aumentar para 17 mil já em 2024.
A KGM, sucessora da SsangYong, é a sexta marca do portefólio da Astara – Kia, Mitsubishi, Fuso, Isuzo, Maxus, Piaggio Comercial. Desde 2022 propriedade do KG Group, tem uma gama alargada de SUV, Tivoli, Korando e Rexton, aos quais acrescenta a pick-up Musso.
A grande novidade é a estreia do Torres, outro SUV posicionado entre os segmentos C e D. Está disponível para já, com uma versão de motor térmico mas ainda este ano contará com uma versão 100% elétrica com 204 cv e uma autonomia anunciada de 500 km. A comercialização da KGK está prevista para Junho e a previsão de vendas anda na ordem das 800 unidades, como referiu Francisco Geraldes, director-geral da Astara.
Vendidos mais de sete mil KIA
Pérola da empresa, a KIA continuou a ser o emblema com maior volume de vendas no grupo e ultrapassou as sete mil unidades, o que lhe garantiu a entrada no TOP 5 das vendas a clientes particulares.
É um resultado que espelha o trabalho empenhado no desenvolvimento da marca sul-coreana em Portugal e, também, como não podia deixar de ser, uma gama que tem produtos à medida do mercado nacional, com destaque para o Stonic, XCeed e Sportage. A oferta elétrica, em que pontifica o EV6, Carro do Ano internacional, prémio que foi afirmação do reconhecimento da notável evolução da marca, e agora também o inovador EV9, a par com a oferta de eletrificados é também importante para que o emblema agora aponte à marca histórica de oito mil unidades.
A regressada Mitsubishi, de momento tendo como pontas de lança os clones dos Renault Clio e Captur, respectivamente Colt e ASX, e à espera da nova geração do Outlander PHEV está a fazer o seu caminho com resultados interessantes, com um talvez inesperado, para muitos, sucessoem Janeiro, mês em que foi a marca de maior crescimento no mercado nacional.
Quanto à Fuso está a preparar o lançamento da versão 100% elétrica da eCanter, modelo produzido em Portugal, e reforçou a sua posição no segmento dos camiões ligeiros.
A chinesa Maxus pioneira entre nós nos veículos elétricos para o segmento comercial, liderou nos subsegmentos de furgões médios e grandes, e lançou a primeira pick-up 100% elétrica (T90) e também um camião totalmente elétrico (EH300).
A Piaggio, por sua vez, manteve a comercialização do Porter NP6, comercial ligeiro bifuel, configurável e de vocação citadina. É um mercado de nicho.
“Varias marcas, uma só equipa” é o conceito
É um conjunto de resultados significativo e que levou Francisco Geraldes a considerar que “decorridos 25 anos sobre o arranque das operações” a Astara está certa “de ter deixado já uma marca muito relevante na atividade de distribuição automóvel em Portugal, contribuindo para a sua transformação e para uma crescente proximidade às reais necessidades de pessoas e empresas”.
Sobre o futuro, o gestor da operação portuguesa da Astara é claro: “Queremos levar ainda mais longe o nosso profundo compromisso com a inovação, fruto do momento especialmente entusiasmante em todas as nossas marcas, assim como pela dinâmica de novos negócios que estamos a imprimir em toda a operação, para o que reforçámos os nossos recursos humanos e alargámos as nossas instalações.” As celebrações do quarto de século da empresa em Portugal foram assinaladas com a renovação total e alargamento do seu espaço de escritórios em Lisboa, desenhado sob uma aura de inovação e tecnologia e sem postos de trabalho fixos, de forma a promover o conceito de “várias marcas, uma só equipa”.
As novas instalações têm espaço para cerca de 300 pessoas.
Recorde-se que a companhia foi fundada em 1979 sob o nome Bergé Auto, passando a designar-se Astara em Novembro de 2021. Opera em Portugal desde 1998.