Sabia que mais de 100 mil automobilistas recebem todos os anos formação nas academias BMW/MINI? Não se trata de formar pilotos, antes de umas horas de divertimento e, para alguns, certamente também de surpresa sobre especificidades da condução e das capacidades do automóvel atual. Treinam-se algumas manobras que ajudam a vencer situação vulgares, as quais contribuem, inequivocamente, para um aumento da segurança. E também se fazem habilidades de cinema…
O projeto que hoje anda mesmo sobre rodas nasceu em 1977 e tem por “quartel-general”, uma antiga base aérea, em Maisach, nos arredores de Munique. E foi aí que participei numa ação básica do programa intitulado Mini Driving Experience, que utiliza os atrativos John Cooper Works, com os seus respeitáveis 231 cv e a caixa automática.
Aquilo que os instrutores transmitem num curso básico não constitui novidade para a maioria dos apaixonados da condução – nem introduz nada de novo face ao que é ensinado noutras escolas do género –, mas é o suficiente para corrigir muitos dos comportamento incorretos presenciados tão vulgarmente no quotidiano que somos levados a pensar poderem vir da própria formação.
A BMW tem um monte de propostas – drift, gelo, pista –, mundo fora, e até já chega ao TT Na Namíbia. Todas as máquinas, automóveis, elétricos e híbridos, autónomos, até as motos tudo está previsto. Um bom serviço, muito profissional, transformado também, parece-me, num bom negócio.
Tudo começa, como não podia deixar de ser, pela posição de condução, pelo ajuste da mecânica do corpo de forma a permitir a melhor utilização das pernas, fundamentalmente, no ato de travagem, e dos braços de modo a fazermos uma correta utilização do volante. E, claro, da posição das costas.
Travar é mesmo… travar!|
Estas “balelas”, para uns, “vulgaridades” para outros, encarregam-se os instrutores de provar serem de capital importância. Porque travar é mesmo aplicar toda a força possível sobre o pedal, o que não se consegue com as pernas esticadas; e rodar o volante tem de ser um movimento tão natural que, constata-se, nem todos conseguem fazer bem… Para virar à direita, usa-se o braço esquerdo e o outro “segura” o anel formado por polegar e indicador que deixa correr o volante. No sentido contrário, é o inverso, óbvio. O movimento com as duas mãos fica para as manobras em que é mais reduzido o raio de viragem. Qualquer das ações implica que os cotovelos fiquem praticamente a 90 graus? Já viu como senta um piloto de ralis? Não é por acaso… Com os braços esticados até corre o risco de se lesionar seriamente em caso de abertura do airbag! Ah, e esqueça a teoria das “dez para duas” como pega do volante. Registe: 3 e 9 horas. Se quiser, um–quarto–para –as– três! É assim qie se ensina na Academia BMW/Mini.
A Mini Driving Experience proporciona mesmo muitos momentos para sorrir
Para tudo isto, o banco tem de estar regulado e sabe qual é o primeiro ajuste a fazer? A altura! A visibilidade não deve ser descurada. Os instrutores aconselham que deixe uma mão fechada entre o tejadilho e a cabeça e explicam que o facto de se regular primeiro a altura tem a ver com a extensão do banco, já que a primeira regulação condiciona a segunda. Experimente! Enfim, o recosto é um apoio natural e para que tudo quanto fica dita faça sentido, as costas devem estar quase direitas. Reclinado é para dormir…
Depois de tudo isto, a mensagem é a importância da travagem e a sua relação com a velocidade. Como aviso, pois ninguém tem dúvidas de que quanto mais depressa, mais distante fica o ponto de imobilização. Aviso: travar é um ato decidido. O que eles se encarregam de nos mostrar ao volante. E se não havia dúvidas, o que a prática releva, com ajuda dos pinos, leva muitos a pensar duas vezes. Parar numa curta distância não é assim tão simples. Mas travar tem de ser um ato decidido sempre, porque hoje o ABS permite continuar a controlar a direção do carro, e essa é outra situação que se experimenta e treina. Também para aprender que o exagero pode ser comandado, mesmo em piso bem molhado, com a tal travagem decidida, decidida mesmo, uma ação daquelas a fazer pensar que a violência da ação vai empurrar o pedal para fora do carro… “Travar, é isso mesmo”, dizia Saladin Karl, o líder dos instrutores que nos acompanhou ao longo de uma tarde cinzenta em Maisach. E na curva de 180 graus entre pinos e sobre a pista constantemente regada, o crescendo de velocidade provava que, acima dos 60 Km/h e dos limites, bastava uma travagem bem forte para recolocar o Mini nos eixos e ir “agarrar” com naturalidade a frente em perda por subviragem e sair do aperto com os 231 cv na mão…
Estilo James Bond
A despedida guarda o mais divertido: aquela manobra de evasão muito usada no cinema: arrancar em marcha atrás, meio pião e saída “natural” de frente… A habilidade ao estilo James Bond, feita sobre água é claro, nem é muito difícil mas tem que se lhe diga. A torção decidida no volante, feita com a mão esquerda a agarrar por baixo o braço direito do volante, para permitir um movimento rápido de 180 graus, é feita com a caixa automática em Neutral e é essa a dificuldade maior: pressionar o unlock do seletor e dar o toque ligeiro no sentido do “N” e esperar aqueles centésimos da resposta… tudo isto enquanto de vira o volante. Ora, aí, as mais das vezes, já se engrenou o “D” antes de tempo e a saída não é tão perfeita e rápida como se espera. Há quem faça à primeira… mas com treino vai lá. Para experimentar, arranje espaço e alcatrão bem molhado se tem amor aos pneus…
É uma tarde bem passada. Para programas que vão além do básico, a BMW tem um monte de propostas – drift, gelo, pista entre 50 cursos –, 30 países mundo fora, entre os quais Estados Unidos, Coreia do Sul, e mais perto, por exemplo Suécia e Holanda. E até já chega ao todo-o-terreno na Namíbia e na África do Sul. Todas as máquinas, automóveis, elétricos e híbridos, autónomos, até as motos tudo está previsto. Um bom serviço, muito profissional, transformado também, parece-me, num bom negócio.
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