Raptor SE ganha imagem ainda mais agressiva (Foto Ford)

Dominadora a "assinatura" Ford na grelha (Foto Ford)

Jantes de 18 polegadas muito bem "calçadas" (Foto Ford)

Lista em preto mate com rebordo vermelho chega ao portão (Foto Ford)

Procura de mais conforto e requinte na Stormtrack, um veículo de lazer (Foto Ford)

Pick-up à medida dos grandes espaços e últil para quem pratica desportos radicais (Foto Ford)

Pespontado vermelho no volante, bancos e tablier, onde é aposta a designação (Foto Ford)

Divisão da área de carga é um dos pormenores a reter (Foto Ford)

Designação sob o largo e prático estribo (Foto Ford)

Wolltrack assume-se como pick-up de trabalho (Foto Ford)

Tudo mais simples, na versão mais barata (Foto Ford)

É  um trabalho de maquilhagem simples mas vistoso numa família de pick-ups que deixam claro como os americanos dominam “o estado da arte” destes veículos. A Ford Ranger, com três novas novas versões – Raptor SE, Stormtrak e Wolftrak – torna-se mais apelativa e uma tentação para quem se revê nestes TT muitos especiais. E que voltam a ser bastantes. Preços entre os 44 800€ e os 68 900€.

A reputação é conhecida num êxito europeu – nos EUA as dimensões são outras… – e daí a Ford Ranger dispensar grandes apresentações. As três novas versões são desenvolvidas sobre a emblemática Raptor, a Wildtrak e a XLT, mantêm chassis e motorizações e as caraterísticas que as têm feito notadas, entre elas um nível de conforto assinalável a juntar àquela capacidade de “subir paredes” e de grande desembaraço nos caminhos difíceis.

Estrela da companhia

A Raptor SE (Special Edition), sem surpresa, é a estrela da companhia. Para fazer a diferença, além de novas cores, há duas faixas em preto mate, com um contrastante rebordo vermelho, no capô, tejadilho, laterais inferiores da carroçaria, guarda-lamas traseiro e portão da caixa de carga. É como o recuperar das “listas racing” populares nos anos 60/70, então símbolo de desportividade.

A grelha é dominada com uma imponente assinatura Ford em preto mate, como os guarda-lamas, para-choques e puxadores das portas; os ganchos de reboque são vermelhos. O acabamento do aro de proteção é preto.

Depois, no interior, chama a atenção o pespontado vermelho nas costuras do volante, dos bancos desportivos em pele e nos painéis das portas, com outro toque de exclusividade num painel de instrumento específico.

Interessante esta aposta Ford no enriquecimento da imagem com toque desportivo e no equipamento da família de pick-ups bem recebida em Portugal e êxito europeu. Uma mais valia para os adeptos destes veículos muito especiais

É uma imagem que assenta bem na pick-up desenvolvida pela Ford Performance com a sua suspensão especial de curso longo: triângulos duplos em alumínio à frente, multibraços atrás, amortecedores FOX e pneus General Grabber AT3 para garantir o melhor desempenho em condições de pouca aderência. Vias mais largas 15 cm (!) são outro pormenor a considerar, além de uma maior distância ao solo (+5,1 cm do que a XLT), a contribuir para o melhor ângulo de ataque deste trio, 32 graus contra 28 nas outras (27 graus na saída como as restantes).

Debaixo do capô continua o EcoBlue 2.0 biturbo Diesel a debitar 213 cv e 500 Nm de binário, geridos por uma transmissão automática com dez velocidades (a mesma do Mustang), que lhe garantem prestações à altura, mesmo que não as mais brilhantes da família: 170 km/h em velocidade de ponta de 70 km/h e 10, 5 na aceleração 0-100. O consumo anunciado é de 10,6 l/100.

A  tração às quatro rodas é selecionável e neste caso inclui sistema Terrain Managemente de seis vias.

Aposta no requinte para potenciar o conforto

A Stormtrak é a versão apontada para o luxo e requinte admissíveis numa pick-up. Apresenta design frontal único com elemento red race na grelha, faróis LED, e o preto domina no para-choques traseiro, aro desportivo e estribos. Destacam-se ainda os emblemas tridimensionais Stormtrak, símbolo bordado no bancos em couro também com pesponto vermelho e aposto no tablier que inclui um painel de instrumentos com decoração em grafite.

Mais valia a destacar é a oferta de série da nova cobertura elétrica das versões de cabina dupla, a Power Roller Shutter, espécie de persiana retrátil, que é complementada por uma prática divisão da área de carga.

A motorização é a mesma da Raptor (curiosamente é mais veloz na velocidade de ponta: 180 e mais rápida na aceleração 0-100, 9 segundos) e a tração continua a ser selecionável. Entre os opcionais, a assistência ao parqueamento.

A mais simples das versões  dá outra vida à versão de trabalho, a XLT aqui denominada Wolftrak e que se destaca pela pintura em negro mate da exclusiva barra tubular desportiva, acabamento que também usado na grelha, para-choques e proteção inferior da carroçaria. Pretas também são as jantes, neste caso mais pequenas, 17 polegadas.

No habitáculo não falta como equipamento de série o sistema de navegação do SYBNC 3 da Ford, ainda que comum ecrã mais pequeno (8 polegadas).

Outra forma de olhar o veículo de trabalho

A Wolftrack, proposta mais virada para o veículo de trabalho, conta com o mesmo bloco 2.0 EcoBlue, mas neste caso com turbocompressor simples, pelo que debita 170 cv e o binário de 240 Nm. A tração continua a ser selecionável, tem também diferencial traseiro de bloqueio eletrónico e caixa é manual de seis velocidades. Em termos de prestações: 180 km/h em velocidade de ponta; 11,4 segundos na aceleração 0-100. Quanto a consumo; 8,7 l/100 é o valor anunciado.

 

A experiência de condução revela-se, sem surpresa, mais impressiva ao volante da Raptor SE, o conforto é mesmo potenciado na Stormtrack, um “mimo” no alcatrão e a mais simples Wolftrack não desmerece neste trio, apesar da sua simplicidade.

A capacidade no fora-de-estrada atinge patamares elevados, sobretudo nas versões mais potentes, nas quais a caixa de dez velocidades e a eletrónica tornam simples as situações mais complicadas. E com as redutores ligadas, por caminhos exigentes e escorregadios, é impressionante o que estas pick-ups fazem com um cheirinho de acelerador e algumas vezes com o bloqueio eletrónico do diferencial traseiro e, por segurança, a assistência na descida ligada.

Verdade que não falamos de novidades, esta é a realidade que transformou o mundo do todo-o-terreno e simplificou a vida a uma legião de novos adeptos do fora de estrada. Mas é um pacote tecnológico que a Ford utiliza com rigor de uma grande experiência na família Ranger.

Interessante esta aposta Ford no enriquecimento da imagem com toque desportivo e no equipamento  da família de pick-ups bem recebida em Portugal e êxito europeu. Uma mais valia para os adeptos destes veículos muito especiais.

As novas versões da família Ranger já estão disponíveis e os preços são os seguintes: Raptor SE, 68 900€; Stormtrak, 56 000€: Wolftrak, 44 800€. Exceção feira à Raptor SE, as outras duas são propostas em cabina dupla mas também em Super Cab.