Personalidade e originalidade para um SUV com lugar especial na gama sul-coreana (Foto KIA)

Perfil elegante para um carro que assenta bem na estrada (Foto KIA)

Traseira bem resolvida promove imagem de robustez (Foto KIA)

Ambiente high tech com retoques desportivos (Foto KIA)

Bancos em alcantara recebem monograma GT (Foto KIA)

Bagageira mais volumosa do que o HEV, com 562 litros de capacidade (Foto KIA)

Grelha ostenta o símbolo da diferença (Foto KIA)

A família KIA Sportage também conta com uma versão mild Hybrid, com 180 cv. No fundo, refinamento da opção a gasolina que permite outro preço em relação ao Full Hybrid, mas sem comparação na eficiência em termos de consumos e emissões. Uma proposta muito semelhante a um automóvel a combustão normal e com um preço adequado e concorrencial: 44 145€

Os mild hybrid  têm um pequeno motor elétrico, no caso alimentado por uma bateria de 48 V, capaz de garantir algum acréscimo de potência e melhorando a eficiência em termos de consumos e emissões. Também regeneram energia pela travagem para alimentar a bateria.

Tudo isto acresce a um motor 1.6 turbo e permite a potência de 180 cv e o binário de 265 Nm, gerido por uma caixa de dupla embraiagem com sete velocidades, o que leva a performances mais impressivas do que as do Full Hybrid: 8,8 segundos de 0 a 100 e 201 km/h.

Os consumos não deixam de ser honestos. O acumulado do computador de bordo indicava 7,5 l/100 para 650 km, um valor aceitável num automóvel com esta potência. Eu consegui 7,8 num misto de auto-estrada, a 120 km/h, e cidade com muita via rápida, cumprida nos limites 80/90. A caixa de velocidades cumpre com o exigível, mas é muito audível no modo Sport que desperta a alma de um motor que não impressiona, especialmente nas subidas de regime, mesmo revelando o desembaraço necessário para um SUV de veia familiar. Isso significa que, do ponto de vista dinâmico, se comporta de acordo com as formas e não é muito fadado para ousadias em estradas muito sinuosas, onde a altura de faz sentir. De todo o modo, previsível, direção adequada, travões idem. Enquanto rolador, convincente, confortável.

Versão apurada do motor a combustão com solução mild hybrid de 48 V, 180 cv de potência, prestações interessantes para um familiar, este KIA Sportage GT LINE, cómodo e espaçoso, agradável de guiar, acrescenta boa imagem e muito equipamento a um preço concorrencial

Marcante na ousadia do estilo, a filosofia dos “opostos unidos” estreada no EV6, é um SUV vistoso, moderno. Tem o dom da originalidade e da mudança. Grelha expressiva e liberta das formas habituais do nariz de tigre, ainda assim reivindicadas, surpreende pelas luzes em losango encaixadas numa expressiva seta muito bem ligada às formas arredondadas lançadas pelo capô. Não há sequer parecido.

O perfil, bem musculado, é discreto mas vincado pela linha cromada que acentua a cintura elegante e é descontinuado para uma segunda linha a meio da custódia, num efeito bem conseguido.

A traseira, na linha atrevida do EV6, apresenta uma concavidade que nasce na base do óculo e acaba por ser um segundo defletor num portão simples, bem resolvido que não dispensa a barra cinza nos para-choques, um reaproveitamento dos triângulos no extremo inferior e um rasto luminoso personalizado com luzes em forma de lâmina ligadas por fina linha horizontal.

Boomerang nas luzes em losango constitui pormenor distintivo do Sportage (Foto KIA)

Bem assente em jantes de 19 polegadas, proporções equilibradas o novo KIA Sportage é daqueles automóveis que fixam o olhar e revelam uma postura convincente em estrada.

O interior é a resposta ajustada a esta imagem de modernidade. Desde logo, também ao EV6, o grande ecrã curvo com dois módulos – painel de instrumentos e infoentretenimento – e um terceiro ecrã intermutável para controlar os atalhos da informação ou o ar condicionado. Mesmo não tendo teclas ou botões físicos, é prático, ainda que melhor para a climatização.

Esta solução “condiciona” da melhor forma o tablier, que alberga um eficiente sistema de saídas de ar e se resume a uma lição de bom gosto no casamento dos materiais, plásticos de qualidade, em cima a imitar a pele até com pesponto, inserções ao estilo de fibra de carbono, finas molduras tipo crómio e piano black. Este, o material que predomina na consola, com o selector de marcha circular e, entre outros, os botões da ignição e dos modos de condução, e ainda muito espaço para arrumação (incluindo o carregador wireless) até na caixa sob o apoio de braços bem posicionado. O travão de parque elétrico foi levado para a parte inferior do tablier, ao lado do corte do ESP.

O volante multifunções em pele tem pega e dimensões adequadas e inclui as patilhas da caixa. Liga bem com o ambiente high-tech que se vive a bordo e que inclui cómodos bancos em pele com monograna GT; apoio lateral e suporte lombar são reguláveis para o condutor.

Bom acesso e espaço atrás, tanto para as pernas como em altura. O túnel é baixo mas penaliza sempre quem se sentar ao meio, que tem a garantia de um recosto menos absorvente, por via da existência de um cómodo apoio de braços com porta copos. Não falta a saída de ar condicionado a partir da consola, nem as entradas USB-c, colocadas nos flancos dos bancos dianteiros.

O banco traseiro tem a inclinação das costas regulável, o rebatimento é tripartido (40x20x40) e pode ser acionado por patilhas na mala. Solução que joga a favor da modularidade e potencia uma mala de boa capacidade 562 litros.

A versão que guiei foi um GT Line, topo de gama e, claro, bem equipado. A saber: faróis Full LED (incluindo nevoeiro) com máximos automáticos, painel de instrumentos supervision, compatibilidade Android Auto e Apple CarPlay, navegação, Bluetooth, carregador wireless, três portas USB, bancos em alcantara com ajustes elétricos e aquecidos também atrás, arranque sem chave, volante desportivo, achatado, multifunções em pele com patilhas, travão de parque elétrico, sensores de luz e chuva, seletor de modos de condução, smart cruise control com assistência ao limite de velocidade, detetor de ângulo morto, assistência à manutenção na faixa de rodagem, câmara de estacionamento traseira, sensores de luz e chuva, ar condicionado trizona, retrovisores aquecidos e retráteis eletricamente, portão da mala elétrico, barras no tejadilho, jantes em liga de 19 polegadas.

Versão apurada do motor a combustão com solução mild hybrid de 48 V, 180 cv de potência, prestações interessantes para um familiar, este KIA Sportage GT Line, cómodo e espaçoso, agradável de guiar, acrescenta boa imagem e muito equipamento a um preço concorrencial.

FICHA TÉCNICA

Motor: 1 598cc, turbo, injeção direta + sistema mild hybrid de 48 V

Potência: 180 cv/5 500 rpm,

Binário máximo: 265 Nm/1 500-4 000 rpm

Transmissão: caixa automática de dupla embraiagem com sete velocidades

Aceleração 0-100: 8,8 segundos

Velocidade máxima: 201 km/h

Consumo: média – 6,5 l/100 km

Emissões CO2: 148 g/km

Dimensões: c/l/a –4,515/1,865/1,645 –

Peso: 1 580 kg

Mala: 562/1 751 litros

Preço: 44 145€ (35 890€ s/IVA)