Um segmento B representa como que uma descida à terra na gama Lexus. Mas é o que a marca nipónica faz com o LBX, um SUV compacto anunciado para o primeiro trimestre de 2024. Híbrido, claro, nascido de um 1.5 três cilindros, 136 cv, enriquece a escolha premium ao nível de uma escolha limitada. Terá preços a partir de 38 500 e até 47 950€. Há coisas que é preciso pagar…
Bem parecido, capô rebaixado e côncavo, nova interpretação do estilo fusiforme habitual na marca, o novo SUV do emblema de luxo das Toyota tem personalidade e elegância. O novo design dos faróis traduz-se numa forte assinatura visual, com as luzes diurnas e indicadores de direção integrados em unidades bifuncionais. Com esta nova composição, o formato em L característico das luzes foi alterado para ficar voltado para fora e não para dentro, de forma a corresponder à direção de cada luz indicadora.
Cintura bem vincada, músculo elaborado e bem proporcionado (os pilares dianteiros foram puxados para trás) é um SUV conseguido para os 4,19 m de comprimento. A traseira apresenta a robustez habitual e a imagem ganha com a colocação da chapa de matrícula nos para-choques. Cavas das rodas alargadas permitem usar Jantes de 18 polegadas o que lhe dá outra peso e contribui para uma imagem de pisar “decidido”. Bom exercício de estilo num compacto cujo desenvolvimento foi liderado a partir da Europa e a pensar nos compradores deste Continente.
O LBX é uma aposta interessante da Lexus num SUV do segmento B, oferta pouco esperada na filosofia premium da marca japonesa, e na continuada convicção da importância das motorizações full-hybrid num futuro ainda alargado
Sem surpresa bem construído, com 2,58 m de distância entre eixos e uma plataforma moderna, o Lexus LBX, num primeiro e breve olhar, revela apenas um aspeto inesperado: é algo acanhado, menos espaçoso do que poderia esperar-se ao nível de uma oferta marcada pelo peso da diferença – pormenor: o banco traseiro é mais elevado para melhor visibilidade dos ocupantes, de preferência dois. O pouco ângulo de abertura das portas traseiras, também parece reduzido. Mas estivemos face a um pré-serie e há sempre pormenores revistos até chegarmos aos modelos de produção.
Elevado nível de qualidade
O que não muda é a qualidade percebida, a escolha criteriosa de materiais, o cuidado com o detalhe, a finalização. Neste aspeto, o LBX está pronto para as comparações com os melhores. Nota-se alguma influência do estilo dos maiores da família, o que, para o caso, só abona em favor do mais pequeno dos SUV. Um ambiente sóbrio, menos exuberância sem quebra do requinte, no fundo a diferença premium!
Painel de instrumentos com 12,3 polegadas, com uma curiosa “orelha” para o botão de arranque, ecrã central de imagem quadralizada no prolongamento da consola de efeito flutuante, um volante bem dimensionado contribuem para valorizar o cockpit servido por bons bancos que podem ser de pele sintética pespontada (de várias cores) ou tecido, conforme os níveis de acabamento, neste caso Atmosferas que são quatro (Elegant, Relax, Emotion e Cool) e pretendem expressar diferentes temas: refinado, dinâmico ou desportivo através de detalhes de estilo, cores, texturas e acabamentos.
No que respeita à máquina, o LBX é eletrificado por um sistema híbrido de nova geração, com um motor compacto e leve de três cilindros e 1.5 litros. Os principais elementos do sistema híbrido, explica a marca, passaram por uma remodelação substancial, incluindo a transmissão e a unidade de controlo de potência, para melhorar a eficiência, reduzir perdas, economizar peso e reduzir o tamanho. Há também uma nova bateria bipolar de hidretos metálicos de níquel (NiMH) de baixa resistência e alto rendimento (capacidade não revelada), que permite uma potência extra ao motor elétrico na aceleração e amplia o tempo de condução EV totalmente elétrica.
Estes desenvolvimentos, combinados com uma transmissão híbrida, garantem uma potência de 136 cv e o binário de 185 Nm. Esta caixa foi ajustada para permitir uma sensação de aceleração linear mais alinhada com a pressão que o condutor exerce no pedal.
Quanto a prestações, foi apenas divulgada a capacidade de aceleração: 9,4 segundos de 0 a 100 km/h. As emissões são de 120 g/km e não foram ainda revelados números de consumo, apenas que a condução totalmente elétrica pode ser desfrutada a velocidades mais altas e em distâncias mais longas.
Está prevista uma versão de quatro rodas motrizes com motor elétrico no eixo traseiro.
O LBX é uma aposta interessante da Lexus num SUV do segmento B, oferta pouco esperada na filosofia premium da marca japonesa e na continuada convicção da importância das motorizações full-hybrid num futuro ainda alargado.
Resta esperar por 2024 para ver.